Maria Izabel Reigada   |   23/09/2014 13:59

Fundos tentam atrair investidores para aviação executiva

O escritório da Presidência da República, em São Paulo, recebeu ontem o seminário A Aviação geral no Brasil: desafios para o desenvolvimento, com a presença do ministro

O escritório da Presidência da República, em São Paulo, recebeu ontem o seminário A Aviação geral no Brasil: desafios para o desenvolvimento, com a presença do ministro de Aviação Civil, Moreira Franco. O objetivo foi apresentar a um grupo de 16 investidores dois fundos que o governo federal colocará à disposição daqueles interessados em investir em novos aeroportos para a aviação executiva.

Trata-se do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS) e do Caixa FIP Integração Logística. O primeiro é um agente facilitador de políticas de investimentos em infraestrutura, enquanto o Caixa FIP é um novo fundo de investimento do banco estatal, com capital de R$ 1,04 bilhão. Os eventuais aportes ocorrerão em troca de participação acionária nos empreendimentos e visam suprir a carência de financiamento atrativo a esses aeroportos. “São investimentos de maturação de longo prazo e risco muito baixo. Uma área adequada para quem pretende investir com retorno alto”, afirmou Moreira Franco, que na manhã de ontem participou de visita ao Aeroporto de Guarulhos, para apresentação do plano de obras de modernização dos Terminais 1 e 2.

Segundo a Secretaria de Aviação Civil, o principal objetivo dos fundos de investimentos é permitir disponibilidade maior de capital para que o empreendedor dê início à obra, construa o aeroporto e o opere nos primeiros anos até que o empreendimento se viabilize como negócio. A aviação executiva é um ramo novo de negócios aeroportuários no Brasil. A possibilidade de investir no setor foi aberta em dezembro de 2012, com um decreto que criou a modalidade de outorga por autorização. Por ela, aeroportos privados podem operar como aeródromos civis públicos, mediante cobrança de tarifa.

O Brasil tem a segunda maior frota de aviação geral do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. A frota tem quase 14 mil unidades entre jatinhos, turboélices, helicópteros e aviões agrícolas. Segundo o ministro Moreira Franco, essa frota precisa de aeroportos modernos e bem estruturados, mas esse tipo de empreendimento encontra-se numa espécie de hiato de apoio.

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