Conheça MULHERES que pilotam jatos na Gol
Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, a Gol promoveu dez voos nesta sexta-feira (7), tripulados apenas por mulheres – sim, inclusive a comandante e a co-pilota.
Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, a Gol promoveu dez voos nesta sexta-feira (7), tripulados apenas por mulheres – sim, inclusive a comandante e a co-pilota. O Jornal PANROTAS embarcou no voo até Porto Alegre e conversou com a primeira comandante da companhia – que apresenta apenas 24 mulheres, sendo seis comandantes e 18 co-pilotas, em um mercado dominado por 1,5 mil pilotos.
A comandante Elisa Rossi fez um anúncio emocionado durante o voo, homenageando todas as mulheres. “Eu tenho uma mulher na família como exemplo de uma trabalhadora magnífica, é a minha mãe. Ela lava, passa, costura, faz a comida que eu gosto... Para mim, é uma das mulheres mais admiráveis do mundo”, disse. Elisa fechou a homenagem a bordo com uma constatação tocante, que rendeu aplausos. “Posso lhes garantir, voar é bastante fácil e prazeroso, mas cuidar de uma casa não é para qualquer um. Minha mãe está em outra luta hoje, infelizmente, mas sei que ela vai vencer esta doença, meu exemplo de mulher vai superar esta barreira. Gostaria de deixar um forte abraço e parabenizar as mulheres de todo o mundo por serem guerreiras”, finalizou.
A mãe de Elisa está tratando um câncer de mama e, para dar força à mãe, a filha usa um button da campanha Outubro Rosa o tempo todo. "Eu não poderia, pelo manual, mas não há regra que me faça tirar este button daqui", conta.
MERCADO
A chefe de cabine, Angélica Skolaude, diz não sofrer com machismo ou preconceitos na profissão, e garante que os salários não diferem entre os gêneros. “Sou muito realizada e nunca passei por situações desconfortáveis, em dez anos de profissão”, disse. Bem maquiada, de gestos delicados e voz serena, Angélica conta que o look faz parte do manual, criado para padronizar a maneira de se maquiar.
MULHERZINHA?
Para Elisa, o pejorativo pilotar fogão é mais complexo do que o enaltecedor pilotar um avião. “Tem um manual para pilotar avião, a gente treina tanto que acaba virando instintivo. Mas não tem manual para educar filho, muitas mulheres dizem que são ´só donas de casa´, como se fosse uma tarefa simples, mas é uma missão complicada. Voar na Gol é fácil, dureza é quando eu chego em casa, não tenho empregada, e preciso lavar, cozinhar, passar, cuidar do meu filho; é uma jornada tripla: sou mãe, pilota e dona de casa, é desgastante”, conta.
A falta de rotina e os horários incertos fisgaram as tripulantes. Elisa mora em Floripa, é casada e tem um filho, Giuseppe, de 10 anos. Ela passa as oito folgas mensais em casa, cuidando da criança, aproveitando o marido e arrumando o lar. Sua parceira, a co-pilota Jeniffer Lehmann, segue o mesmo tipo de rotina; é casada, mãe de Pietro, de três anos, e mora no Guarujá.
Elas assumem que o reconhecimento de que existem mulheres dentro da cabine de comando só veio recentemente. “É um cargo que calha bem para mulheres, porque exige muito gerenciamento, fazemos muitas coisas ao mesmo tempo”, disse Elisa. “É mais ou menos parecido com o cenário caseiro, onde fazemos muitas tarefas simultâneas”, complementou Jeniffer. O principal motivo por ser uma profissão predominantemente masculina é a desinformação, garantem. Para as duas, muitas mulheres sequer sabem que podem seguir esta profissão.
Essas guerreiras de jornadas, duplas, triplas, quiçá quádruplas, trabalham diariamente para cumprir com proeza o papel que lhes foi muito bem designado. São mulheres que não esmorecem facilmente e estão sempre a postos para pilotar um avião, caprichar no almoço, dar carinho para os filhos e, por que não, comandar o universo. Afinal, o mundo das pessoas que as rodeiam, certamente já comandam.
A comandante Elisa Rossi fez um anúncio emocionado durante o voo, homenageando todas as mulheres. “Eu tenho uma mulher na família como exemplo de uma trabalhadora magnífica, é a minha mãe. Ela lava, passa, costura, faz a comida que eu gosto... Para mim, é uma das mulheres mais admiráveis do mundo”, disse. Elisa fechou a homenagem a bordo com uma constatação tocante, que rendeu aplausos. “Posso lhes garantir, voar é bastante fácil e prazeroso, mas cuidar de uma casa não é para qualquer um. Minha mãe está em outra luta hoje, infelizmente, mas sei que ela vai vencer esta doença, meu exemplo de mulher vai superar esta barreira. Gostaria de deixar um forte abraço e parabenizar as mulheres de todo o mundo por serem guerreiras”, finalizou.
A mãe de Elisa está tratando um câncer de mama e, para dar força à mãe, a filha usa um button da campanha Outubro Rosa o tempo todo. "Eu não poderia, pelo manual, mas não há regra que me faça tirar este button daqui", conta.
MERCADO
A chefe de cabine, Angélica Skolaude, diz não sofrer com machismo ou preconceitos na profissão, e garante que os salários não diferem entre os gêneros. “Sou muito realizada e nunca passei por situações desconfortáveis, em dez anos de profissão”, disse. Bem maquiada, de gestos delicados e voz serena, Angélica conta que o look faz parte do manual, criado para padronizar a maneira de se maquiar.
MULHERZINHA?
Para Elisa, o pejorativo pilotar fogão é mais complexo do que o enaltecedor pilotar um avião. “Tem um manual para pilotar avião, a gente treina tanto que acaba virando instintivo. Mas não tem manual para educar filho, muitas mulheres dizem que são ´só donas de casa´, como se fosse uma tarefa simples, mas é uma missão complicada. Voar na Gol é fácil, dureza é quando eu chego em casa, não tenho empregada, e preciso lavar, cozinhar, passar, cuidar do meu filho; é uma jornada tripla: sou mãe, pilota e dona de casa, é desgastante”, conta.
A falta de rotina e os horários incertos fisgaram as tripulantes. Elisa mora em Floripa, é casada e tem um filho, Giuseppe, de 10 anos. Ela passa as oito folgas mensais em casa, cuidando da criança, aproveitando o marido e arrumando o lar. Sua parceira, a co-pilota Jeniffer Lehmann, segue o mesmo tipo de rotina; é casada, mãe de Pietro, de três anos, e mora no Guarujá.
Elas assumem que o reconhecimento de que existem mulheres dentro da cabine de comando só veio recentemente. “É um cargo que calha bem para mulheres, porque exige muito gerenciamento, fazemos muitas coisas ao mesmo tempo”, disse Elisa. “É mais ou menos parecido com o cenário caseiro, onde fazemos muitas tarefas simultâneas”, complementou Jeniffer. O principal motivo por ser uma profissão predominantemente masculina é a desinformação, garantem. Para as duas, muitas mulheres sequer sabem que podem seguir esta profissão.
Essas guerreiras de jornadas, duplas, triplas, quiçá quádruplas, trabalham diariamente para cumprir com proeza o papel que lhes foi muito bem designado. São mulheres que não esmorecem facilmente e estão sempre a postos para pilotar um avião, caprichar no almoço, dar carinho para os filhos e, por que não, comandar o universo. Afinal, o mundo das pessoas que as rodeiam, certamente já comandam.