Delta fala de Gol, parcerias e desencoraja Lufthansa
NOVA YORK – Ontem, ao falar do novo terminal 4 da Delta Air Lines no aeroporto JFK, em Nova York, que será inaugurado hoje, o CEO da companhia, Richard Anderson destacou a estratégia da empresa. “A Delta Air Lines está liderando o renascimento da aviação norte-americana”, disse
NOVA YORK – Ontem, ao falar do novo terminal 4 da Delta Air Lines no aeroporto JFK, em Nova York, que será inaugurado hoje, o CEO da companhia, Richard Anderson destacou a estratégia da empresa. “A Delta Air Lines está liderando o renascimento da aviação norte-americana”, disse diante de uma plateia formada por jornalistas de 23 países, que estão em Nova York para conhecer, a convite da companhia, sua nova estrutura em JFK. “O terminal 4 é a última peça em nossa estratégia de empresa global e a frente do mercado.”
Segundo ele, porém, esse novo posicionamento da Delta, que inclui fazer de Nova York o principal hub internacional da companhia, só é possível em função de sua estratégia de contar com parceiros regionais por todo o mundo. Entre eles, destaca a ligação com Air France-KLM e Alitalia, membros da Skyteam, aliança da Delta, na criação de uma rede transatlântica; a atuação na Ásia, especialmente em função do hub em Narita (Japão) e das parcerias com a China Eastern e a China Southern; e seu crescimento na América Latina suportado pelas alianças com Gol e Aeromexico – e mais recentemente com a Aerolíneas Argentinas, em escala ainda bem menor.
“Com as nossas parcerias, conquistamos o status de marca líder no mundo e esse fortalecimento regional é absolutamente estratégico em nossas pretensões globais”, garante o CEO. E vem mais por aí. Na Ásia, a companhia que é, segundo Anderson, a empresa com mais serviços para Tóquio entre as norte-americanas, quer novos destinos e mira grandes centros como Hong Kong. Na Europa, a Delta, que em dezembro adquiriu 49% das ações da britânica Virgin Atlantic, quer fortalecer a ligação entre os Estados Unidos e Londres – hoje liderada pela American e British, parceiras na One World. Na verdade, superar essa operação foi o grande estímulo da Delta na compra de parte da empresa de Richard Branson.
Na América Latina, depois de anunciar, no início do mês, a ampliação de sua parceria comercial com a Gol, a Delta, que tem uma operação semelhante com a Aeromexico, inclusive com membros nos conselhos das companhias latinas, pretende ampliar a atuação na Argentina – favorecida pela presença da Aerolíneas na Skyteam. O outro mercado para o qual a Delta olha na região é a Colômbia.
PREJUÍZOS DA GOL
E o momento difícil da Gol, que vem acumulando balanços negativos, não desanima a empresa. “Estamos muito próximos à Gol e vamos trabalhar ao lado da companhia na superação de seus desafios. Nós entendemos que o problema da Gol é muito ligado à questão do câmbio”, defendeu Richard Anderson. E continuou: “a companhia tem tomado boas decisões, admiramos muito tudo que ela conquistou em pouco mais de dez anos no mercado brasileiro e a liderança de Constantino Júnior e Paulo Kakinoff.”
NÃO À LUFTHANSA
Por conta disso, a Delta, que tem 3% da Gol, não gosta muito quando se desenham na região outras alianças da companhia brasileira com empresas não parceiras da Delta. Recentemente, o mercado começou a repercutir o interesse da Lufthansa em uma parceria com a Gol, assim como da Air France-KLM. “Estamos atentos e temos conhecimento dessas ações, mas estamos certos de que a Air France-KLM é uma melhor parceira para a Gol [que a Lufthansa] e encorajamos essa ligação”, conclui o CEO.
Segundo ele, porém, esse novo posicionamento da Delta, que inclui fazer de Nova York o principal hub internacional da companhia, só é possível em função de sua estratégia de contar com parceiros regionais por todo o mundo. Entre eles, destaca a ligação com Air France-KLM e Alitalia, membros da Skyteam, aliança da Delta, na criação de uma rede transatlântica; a atuação na Ásia, especialmente em função do hub em Narita (Japão) e das parcerias com a China Eastern e a China Southern; e seu crescimento na América Latina suportado pelas alianças com Gol e Aeromexico – e mais recentemente com a Aerolíneas Argentinas, em escala ainda bem menor.
“Com as nossas parcerias, conquistamos o status de marca líder no mundo e esse fortalecimento regional é absolutamente estratégico em nossas pretensões globais”, garante o CEO. E vem mais por aí. Na Ásia, a companhia que é, segundo Anderson, a empresa com mais serviços para Tóquio entre as norte-americanas, quer novos destinos e mira grandes centros como Hong Kong. Na Europa, a Delta, que em dezembro adquiriu 49% das ações da britânica Virgin Atlantic, quer fortalecer a ligação entre os Estados Unidos e Londres – hoje liderada pela American e British, parceiras na One World. Na verdade, superar essa operação foi o grande estímulo da Delta na compra de parte da empresa de Richard Branson.
Na América Latina, depois de anunciar, no início do mês, a ampliação de sua parceria comercial com a Gol, a Delta, que tem uma operação semelhante com a Aeromexico, inclusive com membros nos conselhos das companhias latinas, pretende ampliar a atuação na Argentina – favorecida pela presença da Aerolíneas na Skyteam. O outro mercado para o qual a Delta olha na região é a Colômbia.
PREJUÍZOS DA GOL
E o momento difícil da Gol, que vem acumulando balanços negativos, não desanima a empresa. “Estamos muito próximos à Gol e vamos trabalhar ao lado da companhia na superação de seus desafios. Nós entendemos que o problema da Gol é muito ligado à questão do câmbio”, defendeu Richard Anderson. E continuou: “a companhia tem tomado boas decisões, admiramos muito tudo que ela conquistou em pouco mais de dez anos no mercado brasileiro e a liderança de Constantino Júnior e Paulo Kakinoff.”
NÃO À LUFTHANSA
Por conta disso, a Delta, que tem 3% da Gol, não gosta muito quando se desenham na região outras alianças da companhia brasileira com empresas não parceiras da Delta. Recentemente, o mercado começou a repercutir o interesse da Lufthansa em uma parceria com a Gol, assim como da Air France-KLM. “Estamos atentos e temos conhecimento dessas ações, mas estamos certos de que a Air France-KLM é uma melhor parceira para a Gol [que a Lufthansa] e encorajamos essa ligação”, conclui o CEO.
*Fonte: O Portal PANROTAS viaja a convite da Delta Air Lines