Artur Luiz Andrade   |   10/04/2013 06:30

IAG (Iberia/British) continua sem interesse na Tap

O CEO do International Airlines Group, que reúne a Bristish Airways e a Iberia, Willie Walsh, disse hoje, em Abu Dhabi, durante o Global Summit do WTTC, que o grupo continua não tendo interesse na privatização da portuguesa Tap.

ABU DHABI - O CEO do International Airlines Group, que reúne a Bristish Airways e a Iberia, Willie Walsh, disse hoje, em Abu Dhabi, durante o Global Summit do WTTC, que o grupo continua não tendo interesse na privatização da portuguesa Tap. “Analisamos e decidimos não entrar. Depois do adiamento, também não vimos alterações que nos façam mudar de ideia. Sabemos do projeto do German (Efromovich, da Avianca), ele deve fechar o negócio, mas isso não muda nossa posição”, disse ele ao Portal PANROTAS.

Segundo Walsh, o grupo se interessa por empresas que possam somar a seu negócio. “Fizemos uma oferta para comprar a low cost espanhola Vueling, baseada em Barcelona. Estamos aguardando”, afirmou.

Em sua participação no Global Summit, Walsh foi muito crítico aos governos europeus, que aumentaram os impostos sobre as empresas aéreas e seus produtos, vendo-as apenas como uma forma de gerar receita extra, sem pensar na estratégia. “Aqui no golfo vocês têm esse diferencial, o governo apoia as aéreas. Não queremos dinheiro de nossos governos na Europa, mas sim a queda de barreiras, como altos impostos e taxas, que impedem o bom desenvolvimento do setor. Há pesquisas que mostram que a economia de Londres, por exemplo, ganharia muito mais se a taxa de Heathrow (APD) fosse retirada do que com ela. Mas isso é uma questão política, infelizmente”, afirmou.

Questionado ainda sobre o modelo de alianças criticado por James Hogan, da Etihad, Willie Walsh foi direto: “as alianças aéreas cresceram porque as leis e regulações dos países impedem a consolidação efetiva das companhias aéreas”. Segundo ele, o modelo de alianças já evoluiu desde sua criação, tanto que vemos investimentos minoritários entre empresas, joint-ventures e até a consolidação quando o ambiente legal é propício. Ele acredita em um movimento mais acelerado da consolidação aérea a partir de agora. “Em cinco anos a indústria estará bem diferente. Mas em 20, irreconhecível”.


*Fonte: O Portal PANROTAS viaja a convite do WTTC, Tap e Etihad, com proteção GTA

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