Da Redação   |   15/12/2010 17:13

Três milhões de passageiros migram para transporte aéreo

O presidente da Abetar, Apostole Lazaro Chryssafidis, abriu a quinta edição do Congresso Abetar, que tem como tema “A Nova Aviação Regional – Crescimento e Desafios”. O evento começou esta tarde, na sede da Confederação Nacional do Transporte (CNT), em Brasília, com a apresentação do Estudo para Ade

O presidente da Abetar, Apostole Lazaro Chryssafidis, abriu a quinta edição do Congresso Abetar, que tem como tema “A Nova Aviação Regional – Crescimento e Desafios”. O evento começou esta tarde, na sede da Confederação Nacional do Transporte (CNT), em Brasília, com a apresentação do Estudo para Adequação da Infraestrutura Aeroportuária nas Regiões de Interesse Turístico. O trabalho foi desenvolvido para identificar os aeroportos com potencialidade turística para direcionar identificar a necessidade de investimentos.

“Não queremos subsídios, mas investimentos do governo e melhoramentos no arcabouço regulatório do setor”, afirmou o presidente em seu discurso. Segundo ele, a aviação regional obteve um crescimento de 340% nos últimos oito anos na sua participação no mercado nacional, saindo de 1,25% para os atuais 5,5%.

Já o secretário nacional de Transportes do Ministério dos Transportes, Marcelo Perrupato e Silva, responsável pela revisão do Plano Nacional de Logística Transportes (PNLT), mostrou preocupação quanto a esse crescimento. Segundo ele, de 2005 para cá o transporte rodoviário sofreu uma queda de três milhões de passageiros, que foram deslocados para o transporte aéreo.

“Em se tratando de planejamento de transporte, estamos atentos observando todas as tendências, procurando não tomar partidos por nenhuma modalidade, para enxergar o pais com suas necessidades, com a questão ambiental em foco”, afirmou, ressaltando a necessidade de uma revisão urgente no arcabouço regulatório do transporte rodoviário e defendendo que o setor também tenha isenção de ICMS, como ocorre com a aviação regional.

“A aviação regional está competindo com ônibus em rotas de 300 e 500 quilômetros. O mesmo mercado precisa ser atendido por modalidades diferentes. Confio que o crescimento da aviação regional é benéfico para o País. É algo que nasce com visão de competição que é tudo que a população quer”, afirmou o secretário.

Para Chryssafidis, a avaliação do secretário é justa “Só quem ganha com isso é o passageiro. Somos favoráveis à concorrência sadia. Queremos que o setor rodoviário tenha a oportunidade de se rededesenhar como a aviação regional fez”, afirmou.


*Fonte: Martha Mendes, de Brasília, especial para o Portal PANROTAS

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