Felipe Niemeyer   |   14/07/2009 10:38

"Assentos de aviões não atendem necessidades do pax"

Um estudo realizado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) revela que as poltronas dos aviões não atendem às necessidades de parte dos passageiros de voos domésticos no Brasil.

Um estudo realizado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) revela que as poltronas dos aviões não atendem às necessidades de parte dos passageiros de voos domésticos no Brasil. O levantamento é um dos passos para que agência crie um selo de qualidade para as empresas que oferecerem maior espaço entre assentos. O aumento do espaço foi uma das primeiras promessas do ministro Nelson Jobim (Defesa), quando assumiu o cargo, em 2007.

Segundo a agência, a questão do espaço entre assentos nos aviões “tem mostrado ser de
ordem econômica, conduzindo as empresas a praticarem uma maior densidade de assentos, por
consequência menores espaços, maior oferta e menores preços”. O objetivo deste estudo foi o de traçar um perfil da população brasileira que utiliza a aviação como meio de transporte e verificar que parcela desta população é atualmente atendida satisfatoriamente dentro das configurações de interior praticadas nas aeronaves.

Um dos pontos de maior desconforto é o encosto dos assentos. Os encostos têm, em média, 45 cm de largura, mas cerca de 70% dos passageiros pesquisados têm mais de 45 cm de largura entre os ombros. A distância entre as cadeiras mostrou menos diferença em relação às necessidades dos passageiros. Dos 22 tipos de poltronas avaliadas, 17 têm distância entre as poltronas maior ou igual a 73,6 cm. Esse comprimento atende a 95% dos passageiros. No entanto, se a distância fosse de 76,2 cm, todos os passageiros seriam atendidos, segundo o estudo.

A pesquisa avaliou aeronaves da Tam e da Gol, as duas maiores empresas aéreas do País. Foram analisadas as medidas de 5.305 homens nos 20 principais aeroportos do Brasil. As mulheres não entraram na pesquisa porque elas representam apenas 20% dos passageiros da aviação civil. Em relação a regras relativas à segurança, o espaço deve ser o suficiente para que, numa situação de emergência, os passageiros consigam deixar a aeronave em 90 segundos. Esse é o mesmo padrão seguido nos EUA.

Leia o estudo completo.

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