Identidade digital global é fundamental para a retomada das viagens
Este foi o tema do segundo painel do webinar realizado pelo Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC)
Com o intuito de discutir como o setor de Viagens e Turismo vem confrontando os efeitos da crise e como os progressos no uso da tecnologia biométrica ajudaram a permitir o distanciamento físico e minimizar o contato com superfícies, assim como o papel da identidade digital na experiência de quem viaja, o Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) reuniu profissionais do setor em um webinar realizado hoje (28).
Intitulado “Os facilitadores de Viagens”, o segundo painel debateu como a biometria desempenhará um papel fundamental no reinício das viagens e restauração dos seus benefícios econômicos, assim como a necessária colaboração dos setores público e privado para tornar o perfil digital do viajante uma realidade, incluindo os certificados de saúde, que são cada vez mais importantes, como os registros de vacinas.
“A colaboração é fundamental em um setor que envolve tantos pontos de contato, como o de viagens. Para governos, é importante para ter inovação, rapidez, facilidade e investimento. Para o privado, é o estabelecimento de padrões, a validação, a proteção dos viajantes. Esse tipo de parceria é muito essencial no momento da entrega de serviços”, explica o ex-secretário interino de Segurança Interna dos Estados Unidos, Kevin McAleenan.
A colaboração entre governos e indústria aérea também é essencial e esta é uma tecla que a Iata vem batendo desde o início da pandemia. Segundo a líder de Processos de Passageiros e Facilitação da entidade, Celine Canu, é necessário discutir plataformas de colaboração entre os estados e padronização de tecnologias, além de regulações internacionais.
“Precisamos de mecanismos que permitam estados adicionar e remover alguns dos procedimentos adicionais, seja o preenchimento de formulários, identificação adicional de passaporte, certificados de vacinação, entre outros. É importante que países implementem medidas regulatórias para as prevenções da covid-19 e a tecnologia ajuda muito nisso. Por isso precisamos ter uma abordagem coordenada entre as nações, já que vemos que um elemento em comum para a pouca demanda é a falta de confiança por parte dos passageiros. Como indústria, devemos aumentar o nível de padronização”, diz.
Após o surgimento do coronavírus, surgiu também a necessidade de se criar uma espécie de “passaporte de saúde”, onde cada viajante apresenta seu histórico de saúde, de testes e comprovantes de vacina. Neste sentido, a proteção destes dados se torna ainda mais primordial, já que estamos falando de dados médicos e extremamente sigilosos.
“As informações de saúde vêm sendo um componente importante para facilitar as viagens. Se nós, como aéreas, temos acesso a cada informação médica, podemos criar uma solução que facilite, mas não é simples assim. Por isso precisamos saber qual é o nível de acesso que temos a esses dados. Há também a questão da autenticação e da padronização. Dependendo de cada país, nem todo documento será igual, portanto, enquanto não tivermos um padrão, seremos forçados a entender como traduzir, quais são os principais componentes... Esses são alguns dos novos desafios que enfrentamos”, aponta o diretor de Inovação da United Airlines, Sean Oxley.
DTC
O DTC – Digital Travel Credentials –, criado pela ICAO e atualmente em formato piloto, visa justamente isso: criar um padrão para uma identidade digital de viagens. Como uma das práticas recomendadas pelo próprio WTTC, o DTC poderá ter potencialmente 1 bilhão de pessoas ao redor do mundo utilizando o documento virtual.
“Não temos nada parecido com isso até hoje, algo que seja legível e confiável por várias partes. Ele pode ser feito por meio de um dispositivo móvel e apresentado em qualquer lugar, tornando-se uma identidade que é aceita globalmente. O conceito de uma viagem seamless tem a biometria e identidade digital como elementos-chave. Então, agora é a hora de fazer os pilotos para apoiar viagens seguras. É o momento que temos uma janela de tempo para implementar antes que o volume de viagens retorne”, conta o CEO da Worldreach, Gordon Wilson.
Para Celine, da Iata, o DTC será de grande ajuda para retomar a confiança do viajante. “Ele seria um substituto do passaporte, já que permite a introdução para o mundo digital. Passageiros serão capazes de introduzi-lo no celular e outros dispositivos e queremos que eles estejam prontos para voar e tenham todos os requerimentos para entrar nos destinos antes mesmo de embarcar. O recurso reduzirá o risco para as aéreas e trará a confiança que os viajantes estão procurando”, finaliza.
Intitulado “Os facilitadores de Viagens”, o segundo painel debateu como a biometria desempenhará um papel fundamental no reinício das viagens e restauração dos seus benefícios econômicos, assim como a necessária colaboração dos setores público e privado para tornar o perfil digital do viajante uma realidade, incluindo os certificados de saúde, que são cada vez mais importantes, como os registros de vacinas.
“A colaboração é fundamental em um setor que envolve tantos pontos de contato, como o de viagens. Para governos, é importante para ter inovação, rapidez, facilidade e investimento. Para o privado, é o estabelecimento de padrões, a validação, a proteção dos viajantes. Esse tipo de parceria é muito essencial no momento da entrega de serviços”, explica o ex-secretário interino de Segurança Interna dos Estados Unidos, Kevin McAleenan.
A colaboração entre governos e indústria aérea também é essencial e esta é uma tecla que a Iata vem batendo desde o início da pandemia. Segundo a líder de Processos de Passageiros e Facilitação da entidade, Celine Canu, é necessário discutir plataformas de colaboração entre os estados e padronização de tecnologias, além de regulações internacionais.
“Precisamos de mecanismos que permitam estados adicionar e remover alguns dos procedimentos adicionais, seja o preenchimento de formulários, identificação adicional de passaporte, certificados de vacinação, entre outros. É importante que países implementem medidas regulatórias para as prevenções da covid-19 e a tecnologia ajuda muito nisso. Por isso precisamos ter uma abordagem coordenada entre as nações, já que vemos que um elemento em comum para a pouca demanda é a falta de confiança por parte dos passageiros. Como indústria, devemos aumentar o nível de padronização”, diz.
Após o surgimento do coronavírus, surgiu também a necessidade de se criar uma espécie de “passaporte de saúde”, onde cada viajante apresenta seu histórico de saúde, de testes e comprovantes de vacina. Neste sentido, a proteção destes dados se torna ainda mais primordial, já que estamos falando de dados médicos e extremamente sigilosos.
“As informações de saúde vêm sendo um componente importante para facilitar as viagens. Se nós, como aéreas, temos acesso a cada informação médica, podemos criar uma solução que facilite, mas não é simples assim. Por isso precisamos saber qual é o nível de acesso que temos a esses dados. Há também a questão da autenticação e da padronização. Dependendo de cada país, nem todo documento será igual, portanto, enquanto não tivermos um padrão, seremos forçados a entender como traduzir, quais são os principais componentes... Esses são alguns dos novos desafios que enfrentamos”, aponta o diretor de Inovação da United Airlines, Sean Oxley.
DTC
O DTC – Digital Travel Credentials –, criado pela ICAO e atualmente em formato piloto, visa justamente isso: criar um padrão para uma identidade digital de viagens. Como uma das práticas recomendadas pelo próprio WTTC, o DTC poderá ter potencialmente 1 bilhão de pessoas ao redor do mundo utilizando o documento virtual.
“Não temos nada parecido com isso até hoje, algo que seja legível e confiável por várias partes. Ele pode ser feito por meio de um dispositivo móvel e apresentado em qualquer lugar, tornando-se uma identidade que é aceita globalmente. O conceito de uma viagem seamless tem a biometria e identidade digital como elementos-chave. Então, agora é a hora de fazer os pilotos para apoiar viagens seguras. É o momento que temos uma janela de tempo para implementar antes que o volume de viagens retorne”, conta o CEO da Worldreach, Gordon Wilson.
Para Celine, da Iata, o DTC será de grande ajuda para retomar a confiança do viajante. “Ele seria um substituto do passaporte, já que permite a introdução para o mundo digital. Passageiros serão capazes de introduzi-lo no celular e outros dispositivos e queremos que eles estejam prontos para voar e tenham todos os requerimentos para entrar nos destinos antes mesmo de embarcar. O recurso reduzirá o risco para as aéreas e trará a confiança que os viajantes estão procurando”, finaliza.