Conheça algumas startups e suas soluções para o Turismo
Já é uma tradição na Phocuswright Conference a apresentação de starups no primeiro dia de evento. Este ano, 24 delas foram selecionadas para mostrarem diferenciais
FORT LAUDERDALE – Já é uma tradição na Phocuswright Conference a apresentação de starups no primeiro dia de evento. Este ano, 24 delas foram selecionadas para mostrarem seus diferenciais e tentarem conquistar a plateia (composta por profissionais de Tecnologia e Viagens, muitos de empresas que investem em startups). Segundo a Phocuswright, 456 inovadores já passaram pelo evento, levantaram um total de US$ 3,9 bilhões depois de suas apresentações e 78 delas foram compradas.
O público da Phocuswright Conference é composto por mais de 1,7 mil profissionais, 850 empresas e 52 países. Fo total, há 75 jovens líderes, entre eles Edmar Mendoza, da brasileira Copastur. Os distribuidores são 26% do total, os fornecedores de tecnologia 35%, fornecedores em geral 14% e 58% são executivos sêniores, com alto poder de decisão.
Na manhã das startups, divididas por categorias, quatro executivos do mercado (chamados de dragões) faziam a sabatina após cada apresentação. As startups Airalo, TroopTravel, 30SecondstoFly e Exosonic foram as premiadas do dia, que terminou com uma entrevista com Greg O’Hara, da American Express Business Travel e Certares, um dos maiores investidores em empresas de Turismo, que tem negócios como a própria Amex GBT, AmaWaterways, Travel Leaders Group e Nirvana Travel.
O'Hara disse ter no pipeline US$ 9 bilhões em investimentos (a maioria para aquisições) e que a Amex investiu US$ 600 milhões em tecnologia própria. Para os próximos anos, ele quer investir mais em bem estar (wellness) e ecoaventura, pois é onde os maiores de 55 anos e os menores de 30 (que não investem mais em carro ou casa própria) estão gastando seu dinheiro. Viagens com essas finalidades são tendência, garante.
STARTUPS
Na manhã das startups, os dragões (ou mentores jurados) foram bem assertivos nas perguntas: como seu projeto vai se sustentar? É uma boa ideia que deu certo no começo, mas e o próximo passo? Há viabilidade e sustentabilidade econômica? Poucos passaram nesse teste.
Outras três características estavam presentes na maioria das apresentações: suas empresas desenvolveram produtos e soluções baseados na personalização do serviço e da viagem; no consumidor digital; e com foco no lado de experiência das viagens.
A FlyMya, por exemplo, uma OTA que se adaptou às especificidades de Myanmar, quando crescer vai concorrer com as gigantes do Sudeste Asiático. Irá resistir?
Já a Pack up + Go vende viagens surpresa baseando-se em um formulário preenchido pelo cliente e em análises de dados na internet. Os passageiros vão atrás de bons preços ou de experiências?, perguntou uma jurada. Será que eles repetirão a viagem? Hoje esse índice é de apenas 10%.
A Gamitee é uma startup que abre a reserva para ser compartilhada por amigos ou familiares nas redes sociais. O grupo faz as escolhas junto... Mais uma vez, como manter a sustentabilidade econômica?
A Quessto tem um menu de games que os viajantes podem comprar e jogar durante a viagem, representando personagens (um PokemonGo com história). O viajante paga entre US$ 10 e US$ 20 por jogo (ou desafio) e vive essa história na viagem, quando e o quanto quiser.
A Occasion Genius vai atrás da experiência local, linkando o viajante com os eventos que estão acontecendo no período pré e pós e durante a viagem. Para evitar o “fear of missing out” (medo de perder os acontecimentos), há uma listagem de eventos baseados nos gostos do viajante, que escolhe ir mais cedo ou estender a viagem. Há curadores ara checar cada evento e as fotos dos mesmos exibidas no app.
NA PRAIA
Uma das startups mais populares foi a Beachy, que levou um prêmio de segundo lugar. O app permite que hóspedes reservem cabanas, barracas, cadeiras, espreguiçadeiras e lugares nas piscinas e praias dos resorts com antecedência. E também comida e bebida. Já o hotel gerencia com os dados do app o que pode oferecer ao cliente, pois sabe exatamente onde ele está. Segundo a empresa, o tíquete médio do cliente cai 50%, a receita do resort aumenta 40% e as gorjetas triplicam. Ou seja, todos ganham.
A startup Pilota prevê a disrupção em voos e envia alternativas aos clientes. Já a Timeshifter garante que se o viajante seguir as recomendações do app, baseadas em um perfil preenchido rapidamente, o jetlag diminuirá drasticamente. A primeira viagem é gratuita.
A premiada Exosonic tem um projeto ousado de voos supersônicos e a Flyiin quer distribuir passagens aéreas sem os GDSs e priorizando novos pontos de venda.
BAGAGEM
A NannyBag e a Stasher têm uma lista de locais para os viajantes deixarem sua bagagem por algum tempo. Ideal para quem está hospedado em casas e apartamentos, indo para eventos ou não pôde deixar no storage dos hotéis.
A também premiada Airalo vende chip de telefonia virtual, via QR Code. Ou seja, não há mais o chip físico. E a FlyMoney investiu em processos de pagamento adaptados à realidade de cada País (como os famosos boletos no Brasil).
A Setoo é uma startup que adianta problemas que merecerão um seguro, baseado nos medos e anseios do viajante. E a Bespoke facilita a comunicação com o viajante em casos de crises e disrupção.
A Snaptravel realiza reservas de hotel via aplicativos de mensagem. E a Mindsay garante ter chatbots desenhados especificamente para viagens, com custo bem baixo.
A 30SecondstoFly criou soluções tecnológicas para TMCs de pequeno e médio portes, que usam "tecnologias ultrapassadas", e a TravelStop tem ferramentas de gestão para o mesmo público. A TroopTravel é focada no uso de big data para ajudar o gestor e organizador de eventos a encontrar o melhor local e destino para seus congressos e encontros.
Em qual delas você investiria? Pesquise mais detalhes no site de cada uma delas, quem sabe a reposta para o que você precisa está em uma delas.
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