Intenção de consumo das famílias tem pior ano da série histórica
Apesar de registar o menor nível desde 2010, queda foi menos acentuada do que a de 2020
Pelo segundo mês consecutivo, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) apresentou queda de 0,8%, considerando o ajuste sazonal e alcançando 74,4 pontos em dezembro de 2021. Apesar de ter ficado abaixo do nível de satisfação (100 pontos), o indicador, apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), registrou a maior pontuação desde maio de 2020 (81,7 pontos). Com esse resultado, o ICF encerrou o ano de 2021 com retração de 9,9% e uma média de 71,6 pontos, o menor nível da série histórica iniciada em 2010.
A redução, no entanto, foi menor do que a observada em 2020 (-15,9%). Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, os números reforçam a moderação das famílias em consumir. “O ano de 2020 apresentou grandes obstáculos para o consumo. Já 2021 foi marcado pela incerteza e consequências das medidas do ano anterior. Os consumidores enxergaram uma recuperação gradual e desaceleraram a cautela, mas ela permanece”, observa.
Na avaliação por faixa de renda, as famílias com orçamento acima de dez salários mínimos revelaram nível de insatisfação de 86,9 pontos no ano, com recuo de 5%. Já para as famílias com renda abaixo de dez salários mínimos, o indicador atingiu 68,4 pontos, demonstrando uma queda mais intensa, de 11,2%. Esse perfil de retração também foi observado no ano anterior, entretanto com uma discrepância menor entre as categorias analisadas.
Pessimismo menor do que de 2020
Com exceção de Acesso ao Crédito, todos os outros componentes avaliados tiveram recuos com taxas menores do que as de 2020. O item Acesso ao Crédito teve queda de 7,0% em 2021, enquanto no ano anterior a retração foi de apenas 0,1%. Segundo a economista responsável pela pesquisa, Catarina Carneiro da Silva, essa variação pode ser explicada pelo aumento da taxa Selic ao longo de 2021.
A economista avalia que o movimento do Banco Central (BC) foi necessário para conter os efeitos da alta inflacionária. “A inflação é um dos fatores que dificultam a recuperação econômica, pois reduz o poder de compra. Além de levar a um aumento dos juros, o que encarece o crédito, que é um artifício utilizado pelos consumidores para aumentar renda e manter o padrão de consumo.” Ainda segundo Catarina, o impacto pôde ser percebido principalmente no item Renda Atual, com 40,6% das famílias considerando a situação em 2021 pior do que em 2020.
A percepção em relação ao consumo futuro também se destacou negativamente, com 53,5% das famílias acreditando na redução, em comparação ao ano anterior. O componente Perspectiva de Consumo atingiu 69,9 pontos, seu menor patamar desde 2016.
Por outro lado, os principais destaques positivos foram componentes relacionados ao mercado de trabalho: Emprego Atual e Perspectiva Profissional, apresentando 89,3 e 83,3 pontos, respectivamente. Contudo, mesmo registrando os melhores indicadores, os itens também contaram com retrações (9,5% e 4,8%).
Composição do índice Nacional:
A redução, no entanto, foi menor do que a observada em 2020 (-15,9%). Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, os números reforçam a moderação das famílias em consumir. “O ano de 2020 apresentou grandes obstáculos para o consumo. Já 2021 foi marcado pela incerteza e consequências das medidas do ano anterior. Os consumidores enxergaram uma recuperação gradual e desaceleraram a cautela, mas ela permanece”, observa.
Na avaliação por faixa de renda, as famílias com orçamento acima de dez salários mínimos revelaram nível de insatisfação de 86,9 pontos no ano, com recuo de 5%. Já para as famílias com renda abaixo de dez salários mínimos, o indicador atingiu 68,4 pontos, demonstrando uma queda mais intensa, de 11,2%. Esse perfil de retração também foi observado no ano anterior, entretanto com uma discrepância menor entre as categorias analisadas.
Pessimismo menor do que de 2020
Com exceção de Acesso ao Crédito, todos os outros componentes avaliados tiveram recuos com taxas menores do que as de 2020. O item Acesso ao Crédito teve queda de 7,0% em 2021, enquanto no ano anterior a retração foi de apenas 0,1%. Segundo a economista responsável pela pesquisa, Catarina Carneiro da Silva, essa variação pode ser explicada pelo aumento da taxa Selic ao longo de 2021.
A economista avalia que o movimento do Banco Central (BC) foi necessário para conter os efeitos da alta inflacionária. “A inflação é um dos fatores que dificultam a recuperação econômica, pois reduz o poder de compra. Além de levar a um aumento dos juros, o que encarece o crédito, que é um artifício utilizado pelos consumidores para aumentar renda e manter o padrão de consumo.” Ainda segundo Catarina, o impacto pôde ser percebido principalmente no item Renda Atual, com 40,6% das famílias considerando a situação em 2021 pior do que em 2020.
A percepção em relação ao consumo futuro também se destacou negativamente, com 53,5% das famílias acreditando na redução, em comparação ao ano anterior. O componente Perspectiva de Consumo atingiu 69,9 pontos, seu menor patamar desde 2016.
Por outro lado, os principais destaques positivos foram componentes relacionados ao mercado de trabalho: Emprego Atual e Perspectiva Profissional, apresentando 89,3 e 83,3 pontos, respectivamente. Contudo, mesmo registrando os melhores indicadores, os itens também contaram com retrações (9,5% e 4,8%).
Composição do índice Nacional: