Beatriz Contelli   |   20/10/2021 14:30
Atualizada em 20/10/2021 14:54

Novo ranking de passaporte foge da metodologia tradicional

Índice leva em consideração mobilidade, oportunidades de investimento e qualidade de vida no destino

O índice leva em consideração mobilidade, oportunidades de investimento e qualidade de vida no destino
O índice leva em consideração mobilidade, oportunidades de investimento e qualidade de vida no destino
A Global Citizen Solutions acaba de lançar um ranking de passaportes com uma abordagem diferenciada. O Global Passport Index, ou Índice Global de Passaportes, é um ferramenta on-line que ajuda a entender e a classificar os passaportes, não apenas pelo número de países possíveis de se visitar sem precisar de um visto, mas por uma visão mais completa no quesito da mobilidade, e também pelas oportunidades de investimento e qualidade de vida oferecidas a quem possui aquela cidadania. É uma metodologia diferente de outros rankings existentes, mais ampla e multifatorial.

Para medir a atratividade de cada passaporte, a entidade apostou em uma nova metodologia de análise para elaborar o Índice Global, utilizando indicadores relacionados à mobilidade, investimento e qualidade de vida, originários de diversas fontes, como o Fórum Econômico Mundial, Gallup e o Centro de Yale para Legislação e Política Ambiental. No final, o Índice Global foi composto por três indicadores independentes: Índice Aprimorado de Mobilidade, Índice de Investimento e Índice de Qualidade de Vida. A junção destes três índices, com diferentes pesos, é o que forma o Índice Global.

Em cada índice os usuários podem filtrar os passaportes por região ou ordenar os resultados por diferentes parâmetros, além de acessar as classificações de países individualmente. É possível ainda comparar os passaportes escolhidos.

NO CONTINENTE AMERICANO, OS PASSAPORTES MAIS PODEROSOS SÃO:
  1. EUA
  2. Canadá
  3. Chile
  4. Brasil
  5. Argentina
  6. Bahamas
  7. México
  8. São Cristóvão e Nevis
  9. Costa Rica
  10. Uruguai
A diretora Geral da Global Citizen Solutions, Patricia Casaburi, afirma que havia a necessidade de desenvolver um novo ranking de passaportes que fosse além da mobilidade em viagens. “A partir do feedback obtido em anos de experiência trabalhando diretamente com nossos clientes, percebemos que, o que realmente importava para eles quando buscavam uma segunda cidadania, não era apenas a mobilidade, mas também o estilo de vida e as oportunidades de investimento oferecidas pelo novo passaporte. Rapidamente ficou claro que era o momento certo para desenvolver um Índice de Passaportes que levasse esses fatores em consideração, criando uma metodologia mais completa para comparar países e dar a essas pessoas o auxílio necessário para que façam uma escolha mais acertada.”

Nas Américas, os três passaportes mais poderosos são os dos EUA, Canadá e Chile. Um dos pontos curiosos, no entanto, ocorre ao analisar o Índice de Investimento, no qual São Cristóvão e Nevis aparece com uma pontuação bem mais alta do que, Brasil e Argentina, por exemlo, isso, em grande parte, devido à baixa tributação do país. Resultados como esse ajudam a explicar a popularidade de programas de cidadania por investimento deste e de outros países do Caribe, por exemplo.

OS TOP 10 DO GLOBAL PASSPORT INDEX
Os dez passaportes mais fortes do mundo são, respectivamente: EUA, Alemanha, Canadá, Holanda, Dinamarca, Suécia, Reino Unido, Finlândia, Noruega e Nova Zelândia.

Os Estados Unidos da América ficaram em 10º no Índice Aprimorado de Mobilidade, em 4º no Índice de Investimento e em 23º no Índice de Qualidade de Vida. Mas, com a pontuação total de 96,4, os EUA lideram no ranking Global de Passaportes.

Vale acrescentar que cada índice tem peso específico na composição do Índice Global, sendo: 50% para Mobilidade, 25% para Investimento e 25% para Qualidade de Vida.

Um dos analistas responsáveis pela metodologia do Índice Global de Passaportes, Vladimir Lopez-Bassols, comenta que "a nova metodologia fornece uma visão mais abrangente da mobilidade e da atratividade dos passaportes dos países, incluindo três dimensões amplas, cada qual resumida em um índice autônomo, utilizando-se de vários indicadores para avaliação. Tomamos cuidado especial ao criar o Índice Aprimorado de Mobilidade, pois classificar um passaporte apenas pela quantidade de destinos que se tem acesso, sem necessidade de visto, é uma visão muito simplista da questão, já que não é levado em conta a atratividade do destino".

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