Filip Calixto   |   03/09/2019 15:51
Atualizada em 03/09/2019 16:11

Cursos livres crescem na preferência dos intercambistas, diz Belta

Segundo a pesquisa da Belta, em 2018, 365 mil estudantes deixaram o Brasil para fazer intercâmbio. Desses, 4,4% optaram pelos cursos livres.

Unsplash / Dylan Gillis
Belta mostra crescimento dos cursos livres entre os intercambistas
Belta mostra crescimento dos cursos livres entre os intercambistas
Associação que congrega agências de intercâmbio de todo o Brasil, a Belta divulgou uma pesquisa com alguns números que mostram o cenário dos intercâmbios de brasileiros em outros países. De acordo com a organização, os cursos profissionais/livres ganharam espaço na motivação desse tipo de viagem, que ainda tem o estudo de idiomas como principal razão.

Segundo a pesquisa da Belta, em 2018, 365 mil estudantes deixaram o Brasil para fazer intercâmbio. Desses, 4,4% disseram ter os cursos livres como principal motivação para a viagem. "É um número significativo quando comparamos com o ano anterior, em que os cursos livres responderam por 3,1%, em números absolutos 9.362 mil pessoas", aponta a coordenadora regional da Belta no Rio de Janeiro, Ana Beatriz Faulhaber.

A maior presença dos cursos, segundo a associação, está ligada à maior oferta de produtos do tipo. De acordo com a Belta, várias agências de intercâmbio perceberam essa tendência e promovem pacotes para cursos específicos, como: moda, gastronomia, pintura, enologia, canto, teatro etc. Além desses cursos, que são mais tradicionais, ganharam mais adeptos programas no Vale do Silício (maior polo de Tecnologia e Inovação do planeta) e cursos em filmagem, cinema, direito e profissionais da saúde. As opções são grandes e o mais curioso de alguns programas é que são ministrados em português e/ou acontece a tradução simultânea.

"Não é porque o intercambista escolheu uma modalidade de curso livre e que será desenvolvido em português que ele não terá contato com os outros idiomas nas cidades. O curso livre não impossibilita esse estudante de ter contato com a língua da cidade. Afinal terá contato com os comércios e momentos de lazer durante a estada para o curso", explica a presidente da Belta, Maura Leão.

RIO DE JANEIRO

A pesquisa da Belta ainda deu um destaque especial para o Rio de Janeiro, onde a procura por cursos livres aumentou 10% ano passado, e neste ano, até julho, a procura já tinha ultrapassado 15% de aumento. Segundo a organização, em 2017, 37 mil cariocas embarcaram para fazer intercâmbio, em 2018 esse número subiu para 48 mil.

A pesquisa que mostrou esses números é feita anualmente desde 2016. O alcance do levantamento é nacional e as entrevistas são feitas com estudantes que realizaram intercâmbio e estudantes que têm interesse em fazer intercâmbio.

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