Karina Cedeño   |   21/01/2019 13:43

2018 registra 1,4 bilhão de chegadas internacionais

A OMT prevê que as chegadas internacionais cresçam de 3% a 4% no próximo ano

Pixabay
As viagens internacionais no planeta aumentaram 6% em 2018, no comparado com o ano anterior, resultando em 1,4 bilhão de chegadas.

Revelados no último Barômetro Mundial de Turismo da Organização Mundial do Turismo (OMT), os números consolidam os fortes resultados registrados em 2017 e fazem de 2018 o segundo ano mais forte desde 2010.

Vale ressaltar que a previsão de longo prazo da OMT emitida em 2010 indicava que a marca de 1,4 bilhão seria alcançada apenas em 2020, mas o notável crescimento das chegadas internacionais adiantou em dois anos esta meta.

Questões como o forte crescimento econômico, viagens aéreas mais acessíveis, modernizações tecnológicas, novos modelos de negócios e facilitação de vistos em torno do mundo aceleraram essa alta nos últimos anos.

Oriente Médio (+ 10%), África (+ 7%), Ásia e Pacífico e Europa (ambos a + 6%) lideraram o crescimento em 2018. Os desembarques para as Américas, por sua vez, ficaram abaixo da média mundial, com aumento de 3 %.

“O crescimento do Turismo nos últimos anos confirma que o setor é hoje um dos mais poderosos impulsionadores do desenvolvimento econômico. É nossa responsabilidade gerenciá-lo de maneira sustentável e traduzir essa expansão em benefícios reais para todos os países, particularmente para todas as comunidades locais, criando oportunidades de emprego e empreendedorismo e não deixando ninguém para trás”, salienta o secretário-geral da OMT, Zurab Pololikashvili.

Divulgação / OMT
Zurab Pololikashvili, secretário geral da OMT
Zurab Pololikashvili, secretário geral da OMT
RESULTADOS POR REGIÃO

As Américas (+ 3%) receberam 217 milhões de chegadas internacionais em 2018, com resultados variados entre destinos. O crescimento foi liderado pela América do Norte (+ 4%), seguido pela América do Sul (+ 3%), enquanto América Central e Caribe (ambos -2%) refletem o impacto dos furacões Irma e Maria de setembro de 2017.

As chegadas internacionais de turistas na Europa atingiram 713 milhões em 2018, um aumento notável de 6% em relação a um ano excepcionalmente forte em 2017. O crescimento foi impulsionado pela Europa Meridional e Mediterrânica (+ 7%), Europa Central e Oriental (+ 6%) e Europa Ocidental (+ 6%). Os resultados no norte da Europa ficaram estáveis devido à fraqueza das chegadas ao Reino Unido.

Ásia e Pacífico (+ 6%) registraram 343 milhões de chegadas de turistas internacionais em 2018. As chegadas no Sudeste Asiático cresceram 7%, seguidas pelo Nordeste da Ásia (+ 6%) e Sul da Ásia (+ 5%). Oceania apresentou um crescimento mais moderado, de + 3%.

Os dados da África apontam para um aumento de 7% em 2018 (Norte da África a + 10% e Subsaariana + 6%), alcançando 67 milhões de chegadas.

O Oriente Médio (+ 10%) apresentou resultados sólidos no ano passado, consolidando sua recuperação em 2017, com chegadas de turistas internacionais atingindo os 64 milhões.

PARA 2019
Com base nas tendências atuais, perspectivas econômicas e o Índice de Confiança OMT, a organização prevê que as chegadas internacionais cresçam de 3% a 4% este ano.

Como pano de fundo geral, a estabilidade dos preços dos combustíveis tende a se traduzir em viagens aéreas acessíveis, enquanto a conectividade aérea continua a melhorar em muitos destinos, facilitando a diversificação dos mercados de origem. As tendências também mostram força nos mercados emergentes, especialmente da Índia e da Rússia, mas também de mercados de origem asiáticos e árabes.

Ao mesmo tempo, a desaceleração econômica global, a incerteza relacionada ao Brexit, bem como as tensões geopolíticas e comerciais podem levar a uma atitude de “esperar para ver” entre investidores e viajantes.

"A digitalização, os novos modelos de negócios, as viagens mais acessíveis e as mudanças sociais devem continuar moldando nosso setor, de modo que tanto os destinos quanto as empresas precisam se adaptar se quiserem permanecer competitivos", acrescentou Pololikashvili.

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