Entenda quem é o viajante LGBT+ e saiba como atendê-lo
Confira dicas de como se comunicar e personalizar o atendimento ao viajante da comunidade
A questão da diversidade tem ganhado cada vez mais atenção no mercado global de viagens, não apenas pela necessidade de representatividade, mas também pelo potencial bilionário de consumidores que gastam mais que a média. Esse é o caso da comunidade LGBT, que faz parte de um nicho ainda com poucos produtos personalizados e atendimento que deixa a desejar, principalmente quando se trata do Brasil.
De acordo com a definição da International Gay & Lesbian Travel Association (IGLTA), o Turismo LGBT refere-se ao desenvolvimento e comercialização de produtos e serviços turísticos para a comunidade, mas é necessário saber com quem se está falando. A sigla LGBT inclui o grupo formado por lésbicas, gays, bissexuais e transexuais e seu poder de consumo é chamado de pink money.
No entanto, é comum encontrar outras variações da sigla como LGBTQ – incluindo os "queer", que não seguem um padrão de heteronormatividade e possuem características dos gêneros masculino e feminino, ou simplesmente de nenhum destes. Já LGBT+ é utilizada para simbolizar as variações de sexualidade e gênero que não estão representadas diretamente por esta variação de sigla, e LGBTI+ inclui os intersexuais, pessoas com características biológicas tanto do sexo feminino quanto masculino.
COMO SE COMUNICAR
De acordo com cartilha da Embratur, publicada em parceria com os ministérios da Justiça e Turismo, para atender bem ao turista LGBT há uma série de conceitos que precisam ser levados em consideração.
O primeiro deles é que discriminar é contra a lei, estabelecida na Constituição Federal de 1988, sendo que a homossexualidade não é doença, estando relacionada à orientação sexual, que define o modo como cada pessoa lida com a sua afetividade.
Já a identidade de gênero é como cada um se reconhece dentro dos padrões feminino e masculino, estabelecidos cultural e socialmente.
Como principais dicas, o material ressalta que é necessário mostrar respeito na mesma medida, tomar cuidado com referências e termos pejorativos, usados popularmente, e nunca utilizar as palavras “opção”, “escolha” e “preferência” sexual, muito menos “homossexualismo” – que antes representava um tipo de doença. Ao se dirigir ao cliente, é válido utilizar palavras como “pessoa acompanhante” ou “segunda pessoa” para evitar desconfortos. O material na íntegra está disponível por este link.
O QUE OFERECER
Os profissionais da indústria de viagens do Brasil não conseguem encontrar dados do viajante LGBT em território nacional, simplesmente porque não há estudos aprofundados. Por ser um mercado que começou a ser explorado no País apenas nos últimos anos, a referência de público, em geral, são turistas da Europa e Estados Unidos, regiões em que o nicho é mais desenvolvido.
De acordo com estudo do aplicativo Grindr, o foco nos millennials da comunidade LGBTQ, nascidos entre 1979 e 1995, pode ser um bom começo. Nesse grupo, 40% viajam por diversão a cada trimestre e 24% repetem esse tipo de viagem todos os meses. Os dez principais destinos que os entrevistados desejam visitar são Itália, França, Havaí, Nova York, Austrália, Reino Unido, Grécia, Espanha, Japão e Las Vegas. É importante ressaltar que alguns países foram apontados como desejo de viagem de maneira geral, não apenas por uma única cidade, o que deixa ao cargo do agente e operador montar um roteiro atrativo.
Além disso, 39% planejam sua viagem com 1 a 3 meses de antecedência e 35% levam 3 a 6 meses para se organizar. Entre os usuários do aplicativo Grindr, 41% viajaram para o Exterior. Vale lembrar que há diferentes perfis dentro do nicho, pois alguns preferem viagens de aventura, outros com foco em eventos, cruzeiros, e dessa maneira segue. Por esse motivo é importante perguntar sobre as necessidades e sempre garantir que esse viajante estará seguro.
PRODUTOS EM ALTA
Começando pela América do Sul, a nova sensação é a Argentina, que desenvolve uma série de políticas de incentivo ao Turismo LGBT por meio de mapeamentos de cidades, atrações e promoção turística, tendo como carro-chefe Buenos Aires. A cidade recebe mais de 500 mil turistas da comunidade por ano, sendo que 70% permanecem na capital e o restante viaja pelo país. Destinos brasileiros como o Rio de Janeiro, que está no imaginário do viajante estrangeiro, e São Paulo, com a maior parada LGBT do mundo, são as referências nacionais.
Já o México aposta nos destinos de Puerto Vallarta, Cancún, Riviera Maya e Cidade do México, e promove capacitações. Seguindo para a Europa, na Alemanha os melhores destinos, de acordo com o órgão Germany Travel, são Berlim, Munique, Colônia e Frankfurt.
O trio de destinos formado pelo Principado de Mônaco, Noruega e Ilhas Seychelles iniciaram trabalho com guias de viagens no aplicativo Sonder, em trabalho realizado pela representação na GVA - Global Vision Access. Nova York terá um 2019 histórico em comemoração aos 50 anos dos protestos de Stonewall, que deram início à luta pelos direitos LGBT em todo o mundo.
Para ler a matéria na íntegra, capa da PANROTAS desta semana, clique aqui.
De acordo com a definição da International Gay & Lesbian Travel Association (IGLTA), o Turismo LGBT refere-se ao desenvolvimento e comercialização de produtos e serviços turísticos para a comunidade, mas é necessário saber com quem se está falando. A sigla LGBT inclui o grupo formado por lésbicas, gays, bissexuais e transexuais e seu poder de consumo é chamado de pink money.
No entanto, é comum encontrar outras variações da sigla como LGBTQ – incluindo os "queer", que não seguem um padrão de heteronormatividade e possuem características dos gêneros masculino e feminino, ou simplesmente de nenhum destes. Já LGBT+ é utilizada para simbolizar as variações de sexualidade e gênero que não estão representadas diretamente por esta variação de sigla, e LGBTI+ inclui os intersexuais, pessoas com características biológicas tanto do sexo feminino quanto masculino.
COMO SE COMUNICAR
De acordo com cartilha da Embratur, publicada em parceria com os ministérios da Justiça e Turismo, para atender bem ao turista LGBT há uma série de conceitos que precisam ser levados em consideração.
O primeiro deles é que discriminar é contra a lei, estabelecida na Constituição Federal de 1988, sendo que a homossexualidade não é doença, estando relacionada à orientação sexual, que define o modo como cada pessoa lida com a sua afetividade.
Já a identidade de gênero é como cada um se reconhece dentro dos padrões feminino e masculino, estabelecidos cultural e socialmente.
Como principais dicas, o material ressalta que é necessário mostrar respeito na mesma medida, tomar cuidado com referências e termos pejorativos, usados popularmente, e nunca utilizar as palavras “opção”, “escolha” e “preferência” sexual, muito menos “homossexualismo” – que antes representava um tipo de doença. Ao se dirigir ao cliente, é válido utilizar palavras como “pessoa acompanhante” ou “segunda pessoa” para evitar desconfortos. O material na íntegra está disponível por este link.
O QUE OFERECER
Os profissionais da indústria de viagens do Brasil não conseguem encontrar dados do viajante LGBT em território nacional, simplesmente porque não há estudos aprofundados. Por ser um mercado que começou a ser explorado no País apenas nos últimos anos, a referência de público, em geral, são turistas da Europa e Estados Unidos, regiões em que o nicho é mais desenvolvido.
De acordo com estudo do aplicativo Grindr, o foco nos millennials da comunidade LGBTQ, nascidos entre 1979 e 1995, pode ser um bom começo. Nesse grupo, 40% viajam por diversão a cada trimestre e 24% repetem esse tipo de viagem todos os meses. Os dez principais destinos que os entrevistados desejam visitar são Itália, França, Havaí, Nova York, Austrália, Reino Unido, Grécia, Espanha, Japão e Las Vegas. É importante ressaltar que alguns países foram apontados como desejo de viagem de maneira geral, não apenas por uma única cidade, o que deixa ao cargo do agente e operador montar um roteiro atrativo.
Além disso, 39% planejam sua viagem com 1 a 3 meses de antecedência e 35% levam 3 a 6 meses para se organizar. Entre os usuários do aplicativo Grindr, 41% viajaram para o Exterior. Vale lembrar que há diferentes perfis dentro do nicho, pois alguns preferem viagens de aventura, outros com foco em eventos, cruzeiros, e dessa maneira segue. Por esse motivo é importante perguntar sobre as necessidades e sempre garantir que esse viajante estará seguro.
PRODUTOS EM ALTA
Começando pela América do Sul, a nova sensação é a Argentina, que desenvolve uma série de políticas de incentivo ao Turismo LGBT por meio de mapeamentos de cidades, atrações e promoção turística, tendo como carro-chefe Buenos Aires. A cidade recebe mais de 500 mil turistas da comunidade por ano, sendo que 70% permanecem na capital e o restante viaja pelo país. Destinos brasileiros como o Rio de Janeiro, que está no imaginário do viajante estrangeiro, e São Paulo, com a maior parada LGBT do mundo, são as referências nacionais.
Já o México aposta nos destinos de Puerto Vallarta, Cancún, Riviera Maya e Cidade do México, e promove capacitações. Seguindo para a Europa, na Alemanha os melhores destinos, de acordo com o órgão Germany Travel, são Berlim, Munique, Colônia e Frankfurt.
O trio de destinos formado pelo Principado de Mônaco, Noruega e Ilhas Seychelles iniciaram trabalho com guias de viagens no aplicativo Sonder, em trabalho realizado pela representação na GVA - Global Vision Access. Nova York terá um 2019 histórico em comemoração aos 50 anos dos protestos de Stonewall, que deram início à luta pelos direitos LGBT em todo o mundo.
Para ler a matéria na íntegra, capa da PANROTAS desta semana, clique aqui.