Nathalia Ribeiro   |   30/06/2022 11:49

Bruno Giovanni fala sobre Brasil perder posições para o México

O diretor da Emprotur falou sobre o relatório de Competitividade em Turismo do Fórum Econômico Mundial


PANROTAS / Emerson Souza
Bruno Giovanni, diretor da Emprotur
Bruno Giovanni, diretor da Emprotur
O último relatório de Competitividade em Viagens e Turismo do Fórum Econômico Mundial, lançado em 2019, ainda repercute entre as personalidades do Turismo brasileiro, devido ao Brasil perder a primeira posição para o México na única lista que até então ranqueava, a de Recursos Naturais.

Durante uma reflexão a respeito do tema, o diretor de Turismo do Rio Grande do Norte (Emprotur) e ex-executivo da Embratur, Bruno Giovanni, publicou em seu perfil no LinkedIn um texto que discute sobre a falta de políticas claras e estratégias do Turismo no Brasil.

Vale ressaltar que o País também perdeu posições nos rankings de ambiente para negócios, infraestrutura, segurança e outros, ficando na 32ª posição global de Viagens e Turismo, e em quarto nas Américas, atrás de Estados Unidos, Canadá e México. No entanto, ainda é o país com maior pontuação na América do Sul, destacando-se entre os vizinhos.

Um novo ranking de competitividade em Viagens e Turismo deve ser lançado pelo Fórum Econômico Mundial ainda em 2022.

Confira o texto na íntegra:

“Fiz uma trilha na Chapada dos Veadeiros esse final de semana e estava refletindo sobre o Brasil e seu potencial de atração de turistas para o turismo de natureza.

No auge da reflexão, realizei que estava desatualizado sobre a posição do Brasil no ranking de recursos naturais do World Economic Forum, e que não estamos mais em primeiro colocado, como estávamos até 2018. Por falta de políticas claras e de posicionamento estratégico de turismo no Brasil, caímos duas posições e agora estamos atrás de dois fortes concorrentes do Brasil no cenário de turismo mundial, diga-se de passagem recebem muito mais turistas internacionais que nós, que são a Austrália e o México.

Este pilar mede o capital natural disponível, bem como o desenvolvimento de atividades de turismo ao ar livre. O capital natural é definido em termos de paisagem, parques e riqueza da fauna. Países com recursos naturais ativos podem estar melhor posicionados para atrair turistas. Neste pilar, inclui-se diversas atratividades, incluindo a riqueza da fauna e da biodiversidade do país e do âmbito das áreas protegidas, o que indica a extensão dos parques nacionais e reservas naturais.

Além da demanda digital para a natureza e atividades relevantes, também é medido o quão conhecidos e efetivamente comercializados são os ativos naturais de um país.

Eu acredito e torço demais para que em um futuro próximo, o Brasil esteja melhor posicionado no cenário mundial e que possamos retomar nosso primeiro lugar nesse pilar, e também melhorar e muito em todos os pilares que raramente aparecemos.

Sugiro a leitura e uma reflexão sobre como podemos explorar todo nosso potencial de maneira profissional e estratégica.”

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