Da Redação   |   14/12/2021 12:48
Atualizada em 14/12/2021 13:30

Investimentos, retomada e recuperação, por Murilo Pascoal

Em artigo, o CEO do Beach Park pontua a importância dos parques na retomada do Turismo


PANROTAS / Emerson Souza
Murilo Pascoal, presidente do Conselho de Administração do Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas (Sindepat) e CEO do Beach Park
Murilo Pascoal, presidente do Conselho de Administração do Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas (Sindepat) e CEO do Beach Park
O presidente do Conselho de Administração do Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas (Sindepat) e CEO do Beach Park, Murilo Pascoal, escreveu sobre como os parques e atrações turísticas continuaram firmes e investindo em novidades mesmo diante de um cenário instável. Além disso, falou sobre a importância de parques para a retomada do Turismo e finaliza o artigo com perspectivas otimistas para 2022.

Confira o artigo na íntegra:

Investimentos, retomada e recuperação

O setor de Parques e Atrações Turísticas mostrou durante o ano passado toda sua resiliência. Mesmo com nossos empreendimentos fechados durante boa parte de 2020, muitos investimentos foram mantidos e, em um cenário de completa instabilidade, parques e atrações continuaram pensando em suas novidades. O Sindepat viu aumentar seu número de associados, mostrando que os players do nosso setor buscaram união no enfrentamento de um problema sem precedentes. O mesmo aconteceu na indústria turística como um todo, com a união de associações de Turismo em defesa de pleitos comuns. Dessa união, tivemos importantes conquistas, fundamentais para a manutenção de empregos e de investimentos, que, por sua vez, também representam empregos.

No final do ano passado, tivemos a inauguração da roda-gigante de Balneário Camboriú (SC) e da passarela de vidro de Canela (RS), por exemplo. Essas inaugurações só foram possíveis porque os investimentos continuaram sendo realizados em meio ao cenário de incertezas da pandemia. Neste ano, as aberturas continuaram, com a inauguração do primeiro parque aquático de Gramado (RS), do BioParque do Rio, da passarela de vidro da cidade de São Paulo e a previsão de abertura em dezembro de um novo parque aquático em Andradina, no interior paulista. Sempre que mencionamos alguns, deixamos outros de fora, mas quero com esses exemplos mostrar que os investimentos no setor não pararam – seja para manutenção que garante a segurança de todos, seja para novidades, que são o DNA do nosso setor –, mesmo quando houve a necessidade de fechar todos os parques e atrações.

Sempre reafirmamos que os parques e as atrações turísticas são indutores do Turismo. São eles que atraem visitantes, que aumentam o número de pernoites, que combatem a sazonalidade de muitos destinos. A pandemia nos possibilitou comprovar o que já imaginávamos: se os parques e atrações fechassem, o Turismo cessaria. Vivemos isso no ano passado, com o início da pandemia. Vou citar o exemplo dos municípios da Serra Gaúcha. As reaberturas começaram pela hotelaria, mas os turistas não visitavam a região. Depois, veio a gastronomia, com a oferta de restaurantes e bares voltando a funcionar. E os turistas ainda não chegavam. Foi somente quando parques e atrações turísticas puderam reabrir que a Serra Gaúcha voltou a receber seus visitantes. O mesmo aconteceu em uma série de destinos pelo Brasil.

2021 mostrou-se um ano de retomada, possível graças ao avanço da vacinação contra a covid e à consequente flexibilização das medidas de iso- lamento social. Dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostram que entre este mês e fevereiro próximo o setor de Turismo deve contratar quase meio milhão de trabalhadores. No mais recente Índice de Atividades Turísticas, apurado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o volume de receitas do Turismo apurava avanço mensal positivo pelo quinto mês seguido.

Embora muitos parques e associações já registrem números próximos – e em alguns casos, até superiores – aos índices pré-pandemia, entendo que 2021 foi um ano de retomada e que 2022 poderá ser o ano, de fato, da recuperação. A retomada começou com o grande mercado consumidor doméstico que o Brasil possui, um diferencial nosso em relação a tantos outros países, e a recuperação deve ser completa quando o Turismo internacional também voltar aos índices anteriores à pandemia. Como associação, atuamos com nossa parceira Adibra (Associação Brasileira de Parques e Atrações) na elaboração dos protocolos para reabertura das operações, que pautou o Ministério do Turismo para o selo Turismo Responsável para parques temáticos.

Fomos também atrás da chancela do WTTC de parques e atrações seguras, com o selo Safe Travels, de reconhecimento internacional, para que nossos visitantes estrangeiros saibam que cumprimos aqui os mesmos protocolos de biossegurança dos destinos de origem. Nosso otimismo em relação a 2022 vem da retomada que estamos vivendo em 2021.

Entre os dias 6 e 10 de dezembro, realizaremos a comemoração do Dia Nacional da Pessoa com Deficiência (DNPD). Será a 11a edição de um evento no qual parques e atrações abrem suas portas para pessoas com deficiências e seus acompanhantes viverem momentos únicos.

Não pudemos realizar o evento em 2020, mas ele volta agora com grande engajamento dos nossos associados. Em outubro, realizamos a Assembleia Geral Ordinária do Sindepat de forma presencial, no Rio de Janeiro, incluindo visitas aos associados cariocas. Foi um novo formato, possível graças à retomada. Agora, em 2022, teremos a terceira edição do Sindepat Summit, dias 23 e 24 de março, em Gramado (RS). Esperamos que seja um marco nessa trajetória rumo à recuperação.


Confira outras matérias e artigos da revista edição especial 18º Fórum PANROTAS, distribuída no Fórum PANROTAS 2021:


Quer receber notícias como essa, além das mais lidas da semana e a Revista PANROTAS gratuitamente?
Entre em nosso grupo de WhatsApp.

Tópicos relacionados