Em artigo, Alexandre Sampaio reforça importância do Dia do Cliente
Presidente da FBHA expõe os desafios impostos pela pandemia e o papel decisivo do cliente
Desde o início da pandemia de covid-19, a hotelaria, que foi amplamente impactada pela redução de circulação de turistas, teve que se reinventar para manter as atividades. O consumo no País também foi afetado, ao lado da crise hídrica e o recuo do Produto Interno Bruto. Para o presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), Alexandre Sampaio, por essas e outras razões que o Dia do Cliente deste ano deve ser encarado com ainda mais importância.
Confira o artigo na íntegra:
Dia do Cliente: uma data que deve ser celebrada
* Alexandre Sampaio
"Na próxima quarta-feira (15), celebraremos o Dia do Cliente. A data busca homenagear o público consumidor que fortalece o comércio brasileiro e, consequentemente, fomenta a economia do país. Neste ano, faço um apelo para que os empreendedores valorizem, ainda mais, essa comemoração.
No início de agosto, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil recuou 0,1% no segundo semestre de 2021. Quando comparamos aos primeiros três meses do ano, verificamos que o nosso percentual econômico perdeu fôlego com os novos dados.
Entretanto, nesse contexto, o comércio se mostrou um dos destaques da avaliação, avançando 0,5% na composição do PIB. O setor de serviços também não ficou para trás: acumulou, de forma positiva, 0,7%. Diante da retomada de muitas atividades, com o alívio das medidas de contenção da Covid-19, vemos que o país busca a reconstrução do consumo.
Os resultados não são os melhores já vistos na história, todavia, quando analisamos o cenário em que estamos, é necessário comemorar as pequenas vitórias que obtemos. Não podemos ignorar os fatores externos que, atualmente, prejudicam o crescimento da economia brasileira. Sabe-se que, além da pandemia, o consumo de energia, por exemplo, está acompanhando a nossa retomada.
Com a crise hídrica, que trouxe o acionamento das termelétricas, acrescida da crise sanitária mundial, temos um impacto significativo no desenvolvimento do consumo no país, o que puxa o valor do PIB para baixo de uma forma considerável. Essas variantes moldam os resultados que temos, assim como o desemprego elevado e a alta da inflação.
Mesmo diante dessa realidade, vemos que inúmeros setores buscam sobressair à crise. Para exemplificar, pode-se verificar que a busca pela modernização se tornou uma estratégia inteligente para motivar o aumento do consumo no país. Dentro da Alimentação Fora do Lar, observamos o crescimento da automação dos processos, como a implementação de deliverys mais completos.
Já na hotelaria, é indiscutível o tanto de mudanças que tivemos desde a chegada do coronavírus ao país. Hotéis e similares adotaram medidas sanitárias para manter a atividade dos estabelecimentos, especialmente no que diz respeito aos serviços fixos, como o buffet. Foi necessária uma adaptação à situação que estamos, o que trouxe soluções inteligentes para que o café da manhã, que é muito conhecido nas hospedagens, não fosse afetado.
Em um espectro mais amplo, a modernização também está presente. De acordo com a pesquisa "O impacto da pandemia do coronavírus nos pequenos negócios", realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), 85% das empresas turísticas brasileiras se digitalizaram no último ano.
Nos setores gerais do comércio e serviços, essa mudança ocorreu em 67% dos negócios do país, sendo o WhatsApp, Instagram e Facebook as plataformas mais procuradas para esse processo, respectivamente. A situação do nosso setor é preocupante e, talvez, por essa razão, o turismo atingiu uma média geral superior aos demais avaliados, o que coloca o segmento na liderança dos setores que mais digitalizaram suas operações para atravessar a crise econômica do país.
Desde o ano passado, estamos sofrendo perdas progressivas com a redução de circulação de turistas no país. Diante desse cenário, foi necessário inovar. Por essa razão, estudamos formas de minimizar os prejuízos e, assim, a digitalização surgiu como uma forte aliada para muitos negócios.
Claro que, sem o nosso público, nada disso seria possível. Vimos que a maioria soube se adaptar às mudanças realizadas e isso é positivo. Por essa razão, reforço a importância de celebrar o Dia do Cliente. Nós, empresários, trabalhamos para oferecer os melhores negócios. Nisso, surgem serviços e produtos de excelência, que fazem diferença no mercado. Mas a verdade é que sem os nossos clientes, nada disso seria possível."
* Presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA)
Confira o artigo na íntegra:
Dia do Cliente: uma data que deve ser celebrada
* Alexandre Sampaio
"Na próxima quarta-feira (15), celebraremos o Dia do Cliente. A data busca homenagear o público consumidor que fortalece o comércio brasileiro e, consequentemente, fomenta a economia do país. Neste ano, faço um apelo para que os empreendedores valorizem, ainda mais, essa comemoração.
No início de agosto, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil recuou 0,1% no segundo semestre de 2021. Quando comparamos aos primeiros três meses do ano, verificamos que o nosso percentual econômico perdeu fôlego com os novos dados.
Entretanto, nesse contexto, o comércio se mostrou um dos destaques da avaliação, avançando 0,5% na composição do PIB. O setor de serviços também não ficou para trás: acumulou, de forma positiva, 0,7%. Diante da retomada de muitas atividades, com o alívio das medidas de contenção da Covid-19, vemos que o país busca a reconstrução do consumo.
Os resultados não são os melhores já vistos na história, todavia, quando analisamos o cenário em que estamos, é necessário comemorar as pequenas vitórias que obtemos. Não podemos ignorar os fatores externos que, atualmente, prejudicam o crescimento da economia brasileira. Sabe-se que, além da pandemia, o consumo de energia, por exemplo, está acompanhando a nossa retomada.
Com a crise hídrica, que trouxe o acionamento das termelétricas, acrescida da crise sanitária mundial, temos um impacto significativo no desenvolvimento do consumo no país, o que puxa o valor do PIB para baixo de uma forma considerável. Essas variantes moldam os resultados que temos, assim como o desemprego elevado e a alta da inflação.
Mesmo diante dessa realidade, vemos que inúmeros setores buscam sobressair à crise. Para exemplificar, pode-se verificar que a busca pela modernização se tornou uma estratégia inteligente para motivar o aumento do consumo no país. Dentro da Alimentação Fora do Lar, observamos o crescimento da automação dos processos, como a implementação de deliverys mais completos.
Já na hotelaria, é indiscutível o tanto de mudanças que tivemos desde a chegada do coronavírus ao país. Hotéis e similares adotaram medidas sanitárias para manter a atividade dos estabelecimentos, especialmente no que diz respeito aos serviços fixos, como o buffet. Foi necessária uma adaptação à situação que estamos, o que trouxe soluções inteligentes para que o café da manhã, que é muito conhecido nas hospedagens, não fosse afetado.
Em um espectro mais amplo, a modernização também está presente. De acordo com a pesquisa "O impacto da pandemia do coronavírus nos pequenos negócios", realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), 85% das empresas turísticas brasileiras se digitalizaram no último ano.
Nos setores gerais do comércio e serviços, essa mudança ocorreu em 67% dos negócios do país, sendo o WhatsApp, Instagram e Facebook as plataformas mais procuradas para esse processo, respectivamente. A situação do nosso setor é preocupante e, talvez, por essa razão, o turismo atingiu uma média geral superior aos demais avaliados, o que coloca o segmento na liderança dos setores que mais digitalizaram suas operações para atravessar a crise econômica do país.
Desde o ano passado, estamos sofrendo perdas progressivas com a redução de circulação de turistas no país. Diante desse cenário, foi necessário inovar. Por essa razão, estudamos formas de minimizar os prejuízos e, assim, a digitalização surgiu como uma forte aliada para muitos negócios.
Claro que, sem o nosso público, nada disso seria possível. Vimos que a maioria soube se adaptar às mudanças realizadas e isso é positivo. Por essa razão, reforço a importância de celebrar o Dia do Cliente. Nós, empresários, trabalhamos para oferecer os melhores negócios. Nisso, surgem serviços e produtos de excelência, que fazem diferença no mercado. Mas a verdade é que sem os nossos clientes, nada disso seria possível."
* Presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA)