Dia Mundial do Turismo: investimento que retorna
No Dia Mundial do Turismo, fica nosso apelo para mais investimentos em Viagens e Turismo e menos visões tóxicas dentro da própria comunidade do Turismo
Quem trabalha há quase três décadas com Turismo (com a indústria de Viagens e Turismo, para ser mais exato, e para que se tenha a exata noção de tudo que é englobado por ela) fica entre decepcionado e estupefato quando vemos empresários fora do setor, políticos, autoridades, influenciadores e formadores de opinião ainda com visões limitadas e sem o viés econômico do que está envolvido nessas duas palavras: Viagens, Turismo.
É desalentador, sim, vermos o Brasil ainda não olhar para essa indústria como uma indústria. A economia turística doméstica que temos é uma das maiores do mundo, mas parece que esses desavisados não ligam os pontos e não veem que dentro de um avião, em uma estrada, em um navio, descendo ou subindo uma serra...ou melhor, em uma viagem qualquer, há sempre um mix de interesses e objetivos que faz o País andar. Que faz a nação crescer. Que viabiliza. Estimula. Inspira. Liga. Une. Gera.
Não importa se em família a lazer, ou para fechar um negócios, se para aprender ou ensinar, para compartilhar ou rever um parente, para vender ou comprar, para pagar uma promessa ou buscar a cura para uma doença, não importa se por uma noite ou por uma longa temporada, se gastando muito ou pouco, a indústria de Viagens e Turismo é um dos pilares de qualquer nação.
Dessa forma, na hora de distribuir verbas oficiais, de fazer leis, de investir, de buscar urgências para melhorias regionais ou mesmo de toda a nação, Viagens e Turismo precisa ser pensado como estratégicos. Aviação, Hospitalidade, Agenciamento de Viagens, Seguro Viagem, Locação de Veículos, Organização de Eventos, Gestão de Aeroportos, Operação de Viagens, Tecnologia, Distribuição, Receptivo, Alimentação, Comércio, Entretenimento, Recursos Naturais, Atrações, Destinos... Pense em um país sem tudo isso. Agora pense em um país investindo em tudo isso e tendo retorno imediato e multiplicado.
Temos um Ministério do Turismo (e voltamos ao book one, lesson one a cada mudança de titular, que geralmente vem de outro setor), temos técnicos, temos boa vontade, temos até um novo governo que promete gastar direito depois de tanta usurpação do dinheiro público nas gestões anteriores (e tendo ou não votado nele, temos de dar o benefício de esperar e ver o que virá)... por que então o Turismo (no caso o MTur e a Embratur) continua sendo negligenciado na hora de vermos recursos aportados para investimentos que gerarão frutos certeiros e rápidos. Basta perguntar a Marco Ferraz, Magda Nassar, Roberto Nedelciu, Carlos Prado, Rodrigo Cezar, Alexandre Sampaio, Alexandre Gehlen, Estela Farina e outros líderes... eles têm os números na ponta da língua. Eles têm a matemática simples e eficaz para justificar os investimentos (e aqui cabe um parênteses que fazia tempo que não tínhamos um dream team de líderes como esses e alguns outros não mencionados).
Há uma ameaça de redução do orçamento do MTur para 2020. Há uma ameaça até de fim da pasta (negada pelo ministro Marcelo Álvaro, thanks God). Há uma ameaça de continuarmos sendo tratados com visões míopes e parciais, de que Viagens e Turismo é “apenas” ir para a Disney e de que ir para a Disney não gera emprego (no Brasil), renda (para brasileiros), impostos (para nossa nação) e memórias para a vida (de nossos viajantes). Já disse que Turismo é mais que isso. E põe “mais que isso” nisso.
No Dia Mundial do Turismo, fica nosso apelo para mais investimentos (bem geridos, bem direcionados, bem investidos como promete o novo governo) em Viagens e Turismo e menos visões tóxicas dentro da própria comunidade do Turismo. Ou #SomosTodosTurismo ou não seremos Turismo em maiúscula.
Por exemplo, se cada um defender apenas um lado não teremos mais agências de viagens (ah, a Thomas Cook fechou), nem venda on-line (ah, a Amoma fechou), nem companhia aérea (ah, a Avianca Brasil fechou), nem destinos talvez, afinal, quantos Estados e municípios falidos devido à má gestão temos espalhados pelo Brasil? E uma boa gestão vem também da união citada acima... Se defender apontando o problema do setor concorrente nunca será a melhor solução.
Somos Todos Turismo?
*Artur Andrade, editor-chefe e CCO da PANROTAS
É desalentador, sim, vermos o Brasil ainda não olhar para essa indústria como uma indústria. A economia turística doméstica que temos é uma das maiores do mundo, mas parece que esses desavisados não ligam os pontos e não veem que dentro de um avião, em uma estrada, em um navio, descendo ou subindo uma serra...ou melhor, em uma viagem qualquer, há sempre um mix de interesses e objetivos que faz o País andar. Que faz a nação crescer. Que viabiliza. Estimula. Inspira. Liga. Une. Gera.
Não importa se em família a lazer, ou para fechar um negócios, se para aprender ou ensinar, para compartilhar ou rever um parente, para vender ou comprar, para pagar uma promessa ou buscar a cura para uma doença, não importa se por uma noite ou por uma longa temporada, se gastando muito ou pouco, a indústria de Viagens e Turismo é um dos pilares de qualquer nação.
Dessa forma, na hora de distribuir verbas oficiais, de fazer leis, de investir, de buscar urgências para melhorias regionais ou mesmo de toda a nação, Viagens e Turismo precisa ser pensado como estratégicos. Aviação, Hospitalidade, Agenciamento de Viagens, Seguro Viagem, Locação de Veículos, Organização de Eventos, Gestão de Aeroportos, Operação de Viagens, Tecnologia, Distribuição, Receptivo, Alimentação, Comércio, Entretenimento, Recursos Naturais, Atrações, Destinos... Pense em um país sem tudo isso. Agora pense em um país investindo em tudo isso e tendo retorno imediato e multiplicado.
Temos um Ministério do Turismo (e voltamos ao book one, lesson one a cada mudança de titular, que geralmente vem de outro setor), temos técnicos, temos boa vontade, temos até um novo governo que promete gastar direito depois de tanta usurpação do dinheiro público nas gestões anteriores (e tendo ou não votado nele, temos de dar o benefício de esperar e ver o que virá)... por que então o Turismo (no caso o MTur e a Embratur) continua sendo negligenciado na hora de vermos recursos aportados para investimentos que gerarão frutos certeiros e rápidos. Basta perguntar a Marco Ferraz, Magda Nassar, Roberto Nedelciu, Carlos Prado, Rodrigo Cezar, Alexandre Sampaio, Alexandre Gehlen, Estela Farina e outros líderes... eles têm os números na ponta da língua. Eles têm a matemática simples e eficaz para justificar os investimentos (e aqui cabe um parênteses que fazia tempo que não tínhamos um dream team de líderes como esses e alguns outros não mencionados).
Há uma ameaça de redução do orçamento do MTur para 2020. Há uma ameaça até de fim da pasta (negada pelo ministro Marcelo Álvaro, thanks God). Há uma ameaça de continuarmos sendo tratados com visões míopes e parciais, de que Viagens e Turismo é “apenas” ir para a Disney e de que ir para a Disney não gera emprego (no Brasil), renda (para brasileiros), impostos (para nossa nação) e memórias para a vida (de nossos viajantes). Já disse que Turismo é mais que isso. E põe “mais que isso” nisso.
No Dia Mundial do Turismo, fica nosso apelo para mais investimentos (bem geridos, bem direcionados, bem investidos como promete o novo governo) em Viagens e Turismo e menos visões tóxicas dentro da própria comunidade do Turismo. Ou #SomosTodosTurismo ou não seremos Turismo em maiúscula.
Por exemplo, se cada um defender apenas um lado não teremos mais agências de viagens (ah, a Thomas Cook fechou), nem venda on-line (ah, a Amoma fechou), nem companhia aérea (ah, a Avianca Brasil fechou), nem destinos talvez, afinal, quantos Estados e municípios falidos devido à má gestão temos espalhados pelo Brasil? E uma boa gestão vem também da união citada acima... Se defender apontando o problema do setor concorrente nunca será a melhor solução.
Somos Todos Turismo?
*Artur Andrade, editor-chefe e CCO da PANROTAS