Rodrigo Vieira   |   26/03/2024 13:32
Atualizada em 26/03/2024 16:13

Sem receber, ex-funcionários preparam ação coletiva contra Nova Operadora

Tudo o que temos são apenas promessas e prazos não cumpridos de maneira sistemática, diz o grupo

DeclanTM/Flickr
Nova Operadora fechou as portas em janeiro de 2024
Nova Operadora fechou as portas em janeiro de 2024

Com atividades suspensas desde janeiro, a Nova Operadora ainda não encerrou os vínculos empregatícios com seus ex-colaboradores. Ao menos é o que dizem as queixas dos supostos lesados.

Os ex-funcionários apontam que um grupo foi formado com cerca de 20 profissionais em busca de receber salários atrasados, além de benefícios e compensações rescisórias pendentes.

De acordo com o grupo, desde que a Nova Operadora anunciou o fechamento das portas a busca é por uma resolução amigável, o que não vem acontecendo.

"Tudo o que temos são apenas promessas e prazos não cumpridos de maneira sistemática. Todos trabalhamos em prol da empresa até o último dia e por isso queremos receber o que é de direito", apontam os ex-funcionários da Nova Operadora.

Os ex-funcionários relatam ter mantido diversas trocas de e-mails e mensagens com o presidente da Nova Operadora, André Pereira, e o suposto sócio Maurício Calasans, este último também sócio do Grupo Forma, onde a Nova Operadora originalmente nasceu, porém as respostas dos empresários são vagas e não oferecem soluções concretas.

Antes de emitir este comunicado ao Portal PANROTAS, o grupo alega ter realizado uma última tentativa de diálogo com Pereira e Calasans, porém não obteve uma resposta satisfatória para resolver definitivamente os problemas.

Diante dessa situação, o grupo optou por iniciar uma ação judicial coletiva, que deverá ser protocolada nos próximos dias.

“O descaso com os colaboradores é evidente e, na nossa visão, desrespeitoso. Os sócios da empresa não podem mais ignorar o fato de que são responsáveis por essa situação. O que exigimos é que nossos salários e direitos sejam honrados. Nada mais que isso", concluem os ex-colaboradores da Nova Operadora, em nota.

As dívidas da Nova Operadora giram em torno de R$ 250 mil para com funcionários; entre R$ 2 milhões e R$ 3 milhões para com agentes de viagens; e R$ 4 milhões para com fornecedores. As informações são de ex-funcionários que alegam ter valores a receber da empresa.

Forma Turismo reforça que sociedade foi desfeita

A Forma Turismo, em nota enviada a pedido do Portal PANROTAS, "esclarece que a sociedade com a Nova Operadora foi desfeita em 2018 e deixou de fazer parte do grupo desde então, portanto, sem qualquer ingerência sobre a empresa. A Forma não interfere em qualquer ação de seus sócios, enquanto pessoa física, e desconhece qualquer relação entre as partes".

O Portal PANROTAS entrou em contato com André Pereira, Maurício Calasans e tão logo respostas sejam obtidas, atualizaremos o caso.

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