Embora compreensível, antecipação de feriados prejudica setor
Avaliação é da principal associação de operadoras de viagens do Brasil, a Braztoa
A antecipação de feriados em São Paulo aplicada pela prefeitura municipal da capital nesta semana e com chance de acontecer novamente na próxima segunda-feira é compreensível em termos de estratégia de combate ao novo coronavírus, mas pode esfriar uma retomada que já é imprevisível e já seria diluída. Esta é a avaliação da principal associação de operadoras de viagens do Brasil, a Braztoa.
O Estado é o maior emissor de turistas do Brasil e, como se sabe, a maioria dos feriados é alta temporada para o mercado de Turismo. O presidente da Braztoa, Roberto Nedelciu, já tinha perspectiva de que tal medida ocorreria, mas faz ressalvas.
"Acreditávamos que isso seria feito de maneira mais organizada e com mais antecedência, para que as empresas, de todos os setores, pudessem se preparar. Entendemos o caráter emergencial do momento, mas a estratégia poderia ser melhor desenhada para ser mais assertiva", avalia Nedelciu.
O presidente da Braztoa e da Raidho lamenta mais esse golpe para o Turismo em um ano tão árduo para as operadoras e agências. "Para nós a medida não é boa. Feriados são oportunos para viagens curtas, para desestressar, combinação ideal para o momento de retomada. Especialmente esse de novembro poderia contribuir para as vendas no Turismo e para um impacto positivo nas economias das cidades que receberiam esses viajantes", conclui.
Ele se referiu ao feriado estadual da Consciência Negra (20 de novembro), que foi antecipado tal como o Corpus Christi (11 de junho). Para a próxima segunda, existe a possibilidade de adiamento do feriado estadual da Revolução Constitucionalista (9 de julho).