Qual a diferença entre comprar Visual e CVC?
Operadora de 30 anos foi comprada pelo grupo CVC Corp em 2017 e agora é desafiada a se diferenciar
A CVC Corp bateu o martelo pela Visual Turismo em novembro de 2017 e, daquele momento e diante os agentes de viagens que compravam com a operadora de Afonso Louro ficaram com um ponto de interrogação na cabeça. Afinal, o que será de uma operadora de três décadas que agora faz parte do time de sua maior concorrente? As operações serão conjuntas? A empresa fundada por Afonso Louro deixará de existir?
Toda grande aquisição leva tempo para ser ajustada, como vem sendo no caso da Esferatur, e, dois anos depois, o tempo da Visual parece ter chegado. Mudança para o ABC, em outubro de 2019, seguida da contratação do diretor geral Cleiton Feijó, e agora a Visual tem sua cara. É a Visual tradicional com o share dominante no doméstico, mas que ganha uma nova feição e promete oferecer um serviço de ponta no internacional. É assim que o próprio Feijó, "feliz e com todo gás", descreve o momento.
"Nós não viramos CVC. Se assim fosse, a CVC Corp não compraria cerca de dez empresas. Somos e seremos concorrentes saudáveis, com fornecedores e propostas diferentes em cada destino. Temos perfis distintos de atuação no mercado", esclarece, ainda que reconheça que a dúvida por parte do trade seja legítima. "A Visual é estritamente B2B. Dependemos do negócio do agente de viagens e, neste início de trabalho, quando falo isso ao agente, eu vejo que a dúvida existia e ainda existe, mas estamos reconstruindo e, juntos, criando uma nova Visual."
E a nova Visual enxerga um "oceano de oportunidades" no internacional. A ideia é levar o método de trabalho do doméstico para além das fronteiras nacionais. Em curso, o roadshow com a Disney, agora que é operadora Seleta, é um dos exemplos.
"Quando o agente começar a experimentar a Visual no internacional, ele vai ver que estamos no páreo com as outras operadoras. Nosso 'algo a mais' são detalhes que vão encantar os passageiros. Está tudo pronto, falta comunicar." E a responsável por tal comunicação é a ex-Flytour Maryane Giacometi, contratada em janeiro pela Visual. "Acreditamos no potencial dos nossos produtos e vamos intensificar a comunicação. Vamos mostrar que temos nichos como roteiros gastronômicos, esqui, lua de mel, casamento, viagens diferenciadas no nacional e no inter", afirma a executiva. "A venda customizada carece de conversa, entendimento, mostrar o que o cliente quer. A própria Disney, como nós vemos nos workshops iniciados, gera dúvidas no agente... Vamos transmitir isso, pois potencial nós temos."
Maryane também fala nos eventos que vêm por aí. O Workshop Visual será revivido, ainda que em formato diferente, e deve acontecer no interior de São Paulo, com direito a premiação e participação ativa de fornecedores. Ainda há um megafam para cerca de 80 agentes confirmados para este ano, mas o destino ainda é negociado. Outra novidade para 2020 é o lançamento do novo portal, que está previsto para julho e deve incluir o internacional.
EQUIPE DA VISUAL TURISMO
A empresa dispõe de aproximadamente 90 atendentes em nove bases espalhadas pelo Brasil (São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Campinas, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Goiânia e Campo Grande).- Raphael Magalhães cuida de São Paulo e interior: raphaelmagalhaes@vistualturismo.com.br
- Hugo Lagares, baseado em Belo Horizonte, cuida da capital mineira, Porto Alegre Rio de Janeiro e Curitiba: hugo.lagares@visualturismo.com.br
- Vinicius Ribeiro, de Goiânia, toma conta do restante das bases: vinicius.ribeiro@visualturismo.com.br
Além deles, respondem direto a Feijó: a gerente Thais Machado, gerente de Produtos; Maryane Giacometi, gerente de Marketing; Andrea Trindade, gerente de Operações; Claudia Gonçalves, gerente de Cruzeiros; Fernando Meo, gerente de Aéreo; e José Dias, gerente de Tecnologia.