Marcos Martins   |   31/08/2018 23:48

Aroldo Schultz explica por que não adota dólar congelado

Grupo mantém hedge cambial que oferece margem de segurança, mas limita promoções


Marcos Martins
Aroldo Schultz durante encontro comercial
Aroldo Schultz durante encontro comercial
CURITIBA - Grupos como a Tui Brasil, Ancoradouro e Rextur Advance chamaram atenção nos últimos dias ao congelar o dólar em meio a uma situação de instabilidade econômica no Brasil. No entanto, esta prática não é um dos objetivos da Schultz, que comemora o fato de não ter prejuízos ou déficit, mas lamenta a situação financeira do País.

“Não fazemos esse tipo de ação e temos a nossa compra de dólares baseada nas nossas vendas. A variação cambial é um problema imenso no setor porque vendemos moedas estrangeiras e recebemos em reais, mas trabalhamos há muito tempo com o hedge cambial, que nos dá segurança e ao mesmo tempo nos limita, pois não permite que a gente faça descontos, porque o valor já está comprometido”, afirma o presidente Aroldo Schultz, ao Portal PANROTAS.

O emprexário afirma que não pode falar, especificamente, de nenhuma outra empresa, mas que essas ações tornam-se possíveis por conta de um valor de caixa muito alto ou compra de dólares reservados. “Há grupos que precisam vender para pagar as contas de imediato, a qualquer preço, e lá se sabe o que será do futuro, mas não estou citando nomes”, desconversa.

BOM RESULTADO
Mesmo com o dólar e euro nas alturas, as vendas de produtos internacionais permanecem fortes na Schultz com destaque para os roteiros da Europamundo, Small Groups em Portugal e, no doméstico, os resorts ganharam força. “Há dois anos estamos trabalhando mais forte o nacional com cerca de três mil hotéis na nossa base de dados e, a cada dia que passa, estamos crescendo com hotéis chegando a 150% e 200% de alta”, comemora.

O Portal PANROTAS viaja a convite da Schultz

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