Filip Calixto   |   20/03/2023 10:21

Embratur vê volta dos chineses como oportunidade de reconexão

Marcelo Feixo acredita que ser um momento para retomada de estudos sobre o mercado chinês

Embratur/Renato Vaz
Marcelo Freixo acredita que o Brasil está diante de uma oportunidade para a retomada de estudos sobre o mercado chinês e de relações entre as operadoras e agências de Turismo das duas nações
Marcelo Freixo acredita que o Brasil está diante de uma oportunidade para a retomada de estudos sobre o mercado chinês e de relações entre as operadoras e agências de Turismo das duas nações
Às vésperas da visita diplomática do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China (de 26 a 31 de março), o país asiático liberou viagens em grupo de turistas chineses para o Brasil. A medida entrou em vigor no último dia 15 e ocorreu após um longo período de lockdowns devido à pandemia de covid-19. De acordo com o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, trata-se de uma oportunidade para a retomada de estudos sobre o mercado chinês e de relações entre as operadoras e agências de Turismo dos dois países para que os destinos brasileiros sejam oferecidos como opções aos viajantes chineses.

"A flexibilização das regras de controle à covid-19 na China, associada à programada visita do presidente Lula ao país, naturalmente coloca o Brasil em evidência. Nós precisamos compreender qual a imagem do Brasil no país asiático para alinharmos ações promocionais com a demanda dos turistas chineses, que hoje buscam cultura e natureza, espaços abertos e com toda segurança sanitária. Faremos isso em diálogo com o mercado brasileiro", destaca Freixo.

A reabertura dos chineses para o Turismo no Brasil foi recebida com grande ânimo pelas operadoras de Turismo, segmento responsável por planejar e estruturar experiências e viagens comercializadas nas agências de viagens.

O retorno dos chineses às viagens internacionais traz impacto significativo ao mercado turístico. Segundo dados da Organização Mundial do Turismo (OMT), em 2019, os gastos de turistas da China em viagens internacionais ultrapassaram US$ 250 bilhões. Naquele mesmo ano, 68,5 mil chineses desembarcaram no Brasil, número que representou um movimento crescente nas últimas duas décadas.

A China é, desde 2009, o maior parceiro comercial do Brasil e uma das principais origens de investimentos em território brasileiro. Em 2022, a corrente de comércio atingiu recorde de US$ 150,5 bilhões. Brasil e China estabeleceram Parceria Estratégica em 1993, ampliando a relação para Parceria Estratégica Global em 2012. Os países comemorarão 50 anos do estabelecimento de relações diplomáticas em 2024.

ABERTURA PARA O MUNDO
Além do Brasil, a China liberou viagens para 39 países: Nepal, Brunei, Vietnã, Mongólia, Irã, Jordânia, Tanzânia, Namíbia, Ilhas Maurício, Zimbábue, Uganda, Zâmbia, Senegal, Cazaquistão, Uzbequistão, Geórgia, Azerbaijão, Armênia, Sérvia, Croácia, França, Grécia, Espanha, Islândia, Albânia, Itália, Dinamarca, Portugal, Eslovênia, Vanuatu, Tonga, Samoa, Chile, Uruguai, Panamá, Dominica, El Salvador e Bahamas.

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