Victor Fernandes   |   12/03/2021 14:53

Câmara de Turismo 4.0 realiza reunião inaugural on-line

A cooperação entre MTur e MCTI discute ações para fomentar a criação de destinos turísticos inteligentes

Roberto Castro/MTur
O secretário nacional de Desenvolvimento e Competitividade do Turismo do MTur, William França, durante vídeoconferência
O secretário nacional de Desenvolvimento e Competitividade do Turismo do MTur, William França, durante vídeoconferência
Ontem (11), uma videoconferência marcou a realização da primeira reunião da Câmara de Turismo 4.0, grupo formado a partir de um acordo de cooperação técnica firmado entre os ministérios do Turismo (MTur) e da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Durante o encontro, representantes dos órgãos detalharam as ações do colegiado, que definirá políticas públicas voltadas à digitalização e à criação de destinos turísticos inteligentes (DTIs) no Brasil.

Em um vídeo gravado veiculado no início da transmissão, o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, destacou a importância dos trabalhos para um melhor posicionamento do País. “Nada se compara ao nosso Brasil, tanto na parte gastronômica, como cultural e de natureza. Então, precisamos fazer a diferença, principalmente com destinos inteligentes. O mundo vai ter o Brasil na mão, e no pós-pandemia seremos um player real do Turismo mundial”, afirmou.

Os objetivos da Câmara de Turismo 4.0 incluem identificar gargalos para adoção de ferramentas tecnológicas e auxiliar no compartilhamento de informações. O secretário nacional de Desenvolvimento e Competitividade do Turismo do MTur, William França, destacou o empenho por avanços. “Esse é um dos nossos temas prioritários, precisamos avançar em planejamento e organização. A gente espera ter uma metodologia básica para ser modelo e disseminar”, explicou.

O colegiado é composto por três grupos de trabalho: de Desenvolvimento Profissional e Capital Humano, coordenado pelo MTur, que consolidará propostas de capacitação para a inovação; de Desenvolvimento de Destinos Turísticos Inteligentes, também a cargo do MTur, voltado ao fomento de instrumentos de transformação digital; e de Soluções e Tecnologias Digitais para Destinos Turísticos Inteligentes, sob a liderança do MCTI.

METAS

A Câmara de Turismo 4.0 tem ainda entre suas metas fomentar o desenvolvimento de novas tecnologias no setor turístico e incentivar a criação de startups voltadas ao segmento. A diretora do Departamento de Inteligência Mercadológica do MTur, Nicole Facuri, coordenadora do GT de Desenvolvimento de Destinos Inteligentes, apontou a importância de ações conjuntas para o sucesso da implantação de localidades do tipo.

“Pela primeira vez no MTur, a gente está trazendo esse importante conceito de destinos turísticos inteligentes. E é importante a gente dizer que um DTI só é feito a várias mãos, com a participação dos poderes público, privado e da sociedade. Enfim, a gente precisa ter um trabalho muito robusto de articulação para a implementação de um DTI. O nosso GT vai ter por objetivo justamente gerar insumos e trabalhar com a colaboração de todos”, comentou Nicole.

Também participaram da reunião a diretora do Departamento de Qualificação do Turismo do MTur, Andréa de Souza; a coordenadora de Destinos Inteligentes e Criativos do MTur, Bárbara Blaudt; o diretor do Departamento de Ciência, Tecnologia e Inovação Digital do MCTI, José Gontijo; e a coordenadora-geral de Transformação Digital do MCTI, Eliane Emediato, além de representantes da Embratur, do trade turístico, de Estados e municípios, entre outros.

MODELO

No início deste ano, a fim de promover o desenvolvimento de DTIs no Brasil, o MTur firmou parceria com o instituto argentino Ciudades del Futuro (ICF) e a Sociedade Mercantil Estatal para a Gestão da Inovação e as Tecnologias Turísticas (SEGITTUR), da Espanha, instituições pioneiras na área. Segundo a diretora Nicole Facuri, do MTur, a metodologia da SEGITTUR será adaptada à realidade brasileira pelo ICF e implementada em projetos-pilotos.

A colaboração prevê ainda o acompanhamento da adoção de soluções relacionadas à eficiência da governança, à correta utilização de recursos públicos, ao respeito às normas de acessibilidade e aos princípios de sustentabilidade, bem como a utilização da tecnologia a favor da valorização dos destinos nacionais e de seus respectivos patrimônios.

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