Victor Fernandes   |   06/08/2020 17:38
Atualizada em 10/08/2020 10:56

Abeoc cobra data para retorno de eventos em carta de repúdio

A nota de repúdio aponta para uma falta de comprometimento com o setor e clama por atenção e apoio.

Divulgação
Fátima Facuri, presidente da Abeoc Brasil
Fátima Facuri, presidente da Abeoc Brasil
Hoje (6), a Associação Brasileira de Empresas de Eventos (Abeoc Brasil) comunicou sua frustração com os governos estaduais e municipais em carta assinada por sua presidente, Fátima Thereza Facuri Leirinha. A nota de repúdio aponta para uma falta de comprometimento com o setor e clama por atenção e apoio. A Abeoc Brasil pede por uma data para a retomada dos eventos, porque só assim passará a realizar planejamentos, ao invés de conviver com incertezas, como atualmente. Confira o texto completo abaixo.

"Há 150 dias a indústria de eventos brasileira fechava suas portas por conta da covid-19. Nesse ínterim, o setor buscou soluções para manter funcionários, pagar fornecedores e negociar contratos, ou seja, a sobrevivência. O cancelamento ou adiamento de eventos interrompeu uma cadeia de, ao menos, 52 segmentos, impactando vidas e a economia com a suspensão da arrecadação de R$ 305 bilhões de reais (2019) injetados nas finanças do País.

O apoio do Governo Federal foi condição imprescindível para manter abertas muitas dessas empresas de eventos, assim como o será para a recuperação de suas atividades. Mas, não queremos apenas sobreviver, queremos VIVER! A Associação Brasileira de Empresas de Eventos (Abeoc Brasil) repudia a falta de comprometimento dos Governos Estaduais e Municipais em relação ao setor. Todas as medidas protocolares para cuidados preventivos, que garantirão a saúde de equipes, expositores e público já foram tomadas. Aliás, protocolos não faltam. Todos se esmerando em cobrir cada detalhe de cada etapa envolvendo todos os tipos de eventos.

Nos causa espanto, principalmente, que cidades naturalmente turísticas, aliás, dependentes do Turismo, não estejam dando a devida atenção a um setor que impulsiona hospedagem, comércio, restaurantes, agências e transportes. A atual crise gerada pela covid-19 traz a triste marca de mais de 12 milhões de desempregados. Não seria hora desses governantes nos enquadrarem em uma das diversas faixas de retomada? Queremos e precisamos de um prognóstico, de datas.

Um grande evento não é organizado da noite para o dia. Uma data em 2020 possibilitará um planejamento para 2021. Sem isso, são apenas incertezas.

Literalmente fomos do tudo ao nada. É chegada a hora de recebermos a merecida atenção."

Quer receber notícias como essa, além das mais lidas da semana e a Revista PANROTAS gratuitamente?
Entre em nosso grupo de WhatsApp.

Tópicos relacionados