CNC vê década de 2010 pior que a de 1980 no Brasil
Recente recessão resultou em uma recuperação lenta da economia, com reflexos negativos em indicadores de mercado de trabalho e concentração de renda
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) publicou uma pesquisa indicando que a década de 2010 causou mais prejuízos econômicos ao Brasil do que a de 1980, chamada por muitos de “Década Perdida”. De acordo com o estudo, a recessão vivida entre 2015 e 2016 resultou em uma recuperação lenta da economia, com reflexos negativos em indicadores relacionados ao mercado de trabalho e à concentração de renda.
"Ambas as décadas tiveram impactos contundentes nas empresas e trabalhadores, como o aumento do desemprego e a ampliação da má distribuição e concentração de riqueza, ocasionando uma piora significativa nas condições de vida dos brasileiros", afirmou o presidente da CNC, José Roberto Tadros.
Em relação à evolução do Produto Interno Bruto (PIB), durante os anos 1980, o Brasil cresceu, em média, 2,9% ao ano, acumulando 33,3% ao longo de dez anos. Já entre 2010 e 2019, o crescimento acumulado foi de 14,1%, com média anual de 1,3%.
"O cenário é bem diferente do que o observado nos anos 1980, quando, mesmo com as recessões de 1981 e 1983, verificou-se forte capacidade de recuperação, evidenciada pelo ritmo de crescimento econômico durante a segunda metade da década", comentou o economista da CNC responsável pelo estudo, Antonio Everton.
Nos anos 1980, a produção brasileira recuou 7,2%, enquanto nos anos 2010 a contração foi de 6,9%. Segundo a CNC, a primeira crise aconteceu em decorrência da vulnerabilidade do Brasil em relação ao pagamento da dívida externa, o que gerou volatilidade cambial e inflação elevada. Já a última deveu-se a ajustes financeiros do setor público que reduziram gastos e investimentos, principalmente a partir da segunda metade da década.
"A lentidão da recuperação durante os anos de 2010 pode ser atribuída à menor capacidade do setor público em realizar investimentos, assim como do setor privado em capitanear o crescimento. Enquanto o resto do mundo se ajustava às alternâncias do mercado global, o Brasil optava por fazer justamente o contrário. O País andou a reboque da economia internacional, atrasando o seu desenvolvimento”, concluiu o economista.
Para ter acesso ao estudo completo da CNC, clique aqui.
"Ambas as décadas tiveram impactos contundentes nas empresas e trabalhadores, como o aumento do desemprego e a ampliação da má distribuição e concentração de riqueza, ocasionando uma piora significativa nas condições de vida dos brasileiros", afirmou o presidente da CNC, José Roberto Tadros.
Em relação à evolução do Produto Interno Bruto (PIB), durante os anos 1980, o Brasil cresceu, em média, 2,9% ao ano, acumulando 33,3% ao longo de dez anos. Já entre 2010 e 2019, o crescimento acumulado foi de 14,1%, com média anual de 1,3%.
"O cenário é bem diferente do que o observado nos anos 1980, quando, mesmo com as recessões de 1981 e 1983, verificou-se forte capacidade de recuperação, evidenciada pelo ritmo de crescimento econômico durante a segunda metade da década", comentou o economista da CNC responsável pelo estudo, Antonio Everton.
Nos anos 1980, a produção brasileira recuou 7,2%, enquanto nos anos 2010 a contração foi de 6,9%. Segundo a CNC, a primeira crise aconteceu em decorrência da vulnerabilidade do Brasil em relação ao pagamento da dívida externa, o que gerou volatilidade cambial e inflação elevada. Já a última deveu-se a ajustes financeiros do setor público que reduziram gastos e investimentos, principalmente a partir da segunda metade da década.
"A lentidão da recuperação durante os anos de 2010 pode ser atribuída à menor capacidade do setor público em realizar investimentos, assim como do setor privado em capitanear o crescimento. Enquanto o resto do mundo se ajustava às alternâncias do mercado global, o Brasil optava por fazer justamente o contrário. O País andou a reboque da economia internacional, atrasando o seu desenvolvimento”, concluiu o economista.
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