Filip Calixto   |   11/12/2019 19:22
Atualizada em 12/12/2019 14:12

Entidades levam reivindicações setoriais a Brasília

Representantes das principais associações do setor do Turismo participaram hoje de um café da manhã, em Brasília, com Deputados Federais e Senadores.

Divulgação
Abracorp, Abav Nacional, Braztoa, Clia participaram da reunião
Abracorp, Abav Nacional, Braztoa, Clia participaram da reunião
Representantes de algumas das principais associações do setor do Turismo participaram hoje (11) de um café da manhã, em Brasília, com deputados federais, senadores e secretários de Estado. O evento foi organizado pela Frente Parlamentar Mista em Defesa do Turismo (Frentur) e buscou debater medidas e ações que fomentem o segmento em 2020, aproximando o trade e parlamentares.

Presente na reunião, o presidente da Braztoa, Roberto Nedelciu, salienta a boa possibilidade que o Turismo tem de crescer nos próximos anos e o impacto já existente na economia nacional. "O Turismo já é responsável por 8% do PIB brasileiro e gera empregos para mais de sete milhões de trabalhadores. Para que esses números cresçam, é preciso que tenhamos mudanças como a atualização da Lei Geral do Turismo e a isenção do IRRF sobre as vendas de pacotes para o Exterior, que podem significar perda de competitividade e de empregos", aponta Nedelciu.

O presidente da Clia, Marco Ferraz, representado no evento pelo diretor de relações institucionais da entidade, Flavio Peruzzi, aposta nos cruzeiros marítimos como motor de atração a mais turistas nacionais e internacionais. "É essencial que os parlamentares tenham ciência da importância do nosso setor, que deve crescer 6% e gerar um impacto econômico de R$ 2,2 bilhões nessa temporada. Entretanto, esses números podem ser muito maiores nos próximos anos se conseguirmos melhorar o ambiente de negócios para atrair mais navios de cruzeiro e criar as condições para desenvolver novos destinos, gerando ainda mais empregos e renda para as comunidades".

Já o presidente do Conselho de Administração da Abracorp, Carlos Prado, ressalta a necessidade de um ambiente de negócios mais justo para todos. De acordo com o dirigente, "todas as agências de viagens e turismo respondem judicialmente por problemas gerados por uma companhia aérea". Exemplo disso foi o fechamento da Avianca Brasil, que gerou efeitos que reverberam até hoje em agências que respondem por reembolsos aos clientes. "Para isso, precisamos de regulamentação mais justa", afirma.

A presidente da Abav Nacional, Magda Nassar, apresentou aos parlamentares os números do faturamento consolidado das 2,3 mil agências de viagens associadas, que totalizou R$ 31 bilhões em 2018. "Somos a maior entidade de agenciamento do País. Nossos associados, juntos, respondem por 80% das vendas do mercado, mas têm sido sobrecarregados com impostos e bitributações que precisam ser ajustados. A cobrança do IRRF, por exemplo, vai custar o emprego de 615 mil pessoas. Os 7,9% conseguidos com a MP 907 não nos atendem, mas é um alívio diante do que poderia ser se voltássemos aos 25%", comenta.

Representante do Estado na reunião, o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, destacou o esforço conjunto do trade, entidades, representantes e autoridades para que o turismo atingisse números expressivos este ano. "Os resultados em 2019 só foram possíveis por uma série de fatores, como a união de esforços do trade, da Embratur, do Congresso. E isso nos anima ainda mais para o ano de 2020", assegura. Já o presidente da Frentur, deputado federal Herculano Passos, destacou demandas do setor que já estão em pauta no Congresso Nacional, como a alteração da forma como o ISS é cobrado para agências de turismo, incidindo sobre o valor da comissão recebida e não mais sobre todo o pacote comercializado, e a inclusão do PDC 1101/2018, que dá concordância à convenção sobre trabalho marítimo estabelecida em Genebra.

Quer receber notícias como essa, além das mais lidas da semana e a Revista PANROTAS gratuitamente?
Entre em nosso grupo de WhatsApp.

Tópicos relacionados