Mato Grosso do Sul investirá em mais voos e privatizações
Bruno Wendling segue à frente do Fundtur-MS, prevê áreas de interesse turístico para atrair iniciativa privada, menos feiras e redução do ICMS para atrair voos
A nova gestão de Reinaldo Azambuja à frente do governo de Mato Grosso do Sul, reeleito nas últimas eleições nacionais, significa para o Turismo do Estado a manutenção de Bruno Wendling na presidência Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (Fundtur), entidade máxima do segmento.
Wendling, que assumiu em março de 2017 em suas palavras para "reposicionar o destino nas vitrines, resultado alcançado alcançado com sucesso", tem agora novo objetivo em mente: enxugar o gasto em feiras, priorizando apenas algumas maiores e estratégicas (Abav Expo e WTM Latin America na lista), e trabalhar pesado na atração de investidores para melhorar a estrutura de seus diversos turísticos - muitos ainda subaproveitados.
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Os métodos para isso vão desde melhorar o portfólio de tais espaços para oferecer à iniciativa privada até, em longo prazo, criar as áreas especiais de interesse turístico. A lógica é clara: mais benefícios fiscais, menos custos e, assim, maior investimento na estrutura e promoção turística do Mato Grosso do Sul.
"Percebemos que as feiras são importantes apenas para manter nossa imagem, nos manter na vitrine, não fechar negócios. Assim o interesse se vira para promovermos e desenvolvermos a estrutura do destinos. Hoje já temos três macrorregiões gerenciadas pela iniciativa privada: Pantanal e Bonito; Campo Grande e arredores; e ainda a Rota Norte, novo produto que engloba a cidade de Costa Rica e estamos apresentando ao mercado com foco no Turismo de natureza e aventura", exemplificou Bruno Wendling ao Portal PANROTAS, adiantando que o local é uma das apostas para a nova gestão.
"E a privatização é justamente para que mudanças políticas não interfiram na evolução turística nessas regiões", acrescenta. "Novos investidores podem surgir se dermos mais informações do potencial turístico destes locais, e se conseguirmos torná-los áreas de interesse turístico, isso será muito mais fácil."
Questionado se deixar as feiras significaria um afastamento do trade, o político deixa claro que é justamente o oposto. Um dos planos de seu mandato será se aliar às operadoras na promoção dos destinos turísticos, em canais tanto on-line quanto off-line.
O Observatório do Turismo de Mato Grosso do Sul, criado pela Fundtur, foi pensado neste intuito. O órgão deve reunir dados mensais do Turismo estadual e, assim, ajudar as empresas de agenciamento a atingirem seu público final.
A ideia de Wendling é ampliar a estratégia já adotada de redução da alíquota de ICMS para o querosene de aviação. Hoje, por exemplo, a Azul Linhas Aéreas paga apenas 1% no imposto, muito menor que o praticado em outros Estados nacionais, entre 12% e 25%. A Gol, também beneficiada, voará para Bonito, um dos principais destinos sul-mato grossenses, a partir deste ano.
"Nesta alta temporada conseguimos 80 frequências adicionais com esta prática. Além de Azul e Gol, temos companhias estrangeiras na lista para atrair para o Estado. É algo que tem funcionado, mas tem muito a melhorar, e com a redução do ICMS para outras empresas captação de voos é só uma questão de tempo", avalia Bruno Wendling.
Bruno Wendling é especialista em Ecoturismo pela Universidade Federal de Lavras-MG (UFLA) e em Planejamento e Gestão Público e Privado do Turismo pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul. Atua há 15 anos no Turismo, período em que já comandou a secretaria de Turismo de Cairu e Morro de São Paulo, na Bahia, e foi consultor do Ministério do Turismo.
Wendling, que assumiu em março de 2017 em suas palavras para "reposicionar o destino nas vitrines, resultado alcançado alcançado com sucesso", tem agora novo objetivo em mente: enxugar o gasto em feiras, priorizando apenas algumas maiores e estratégicas (Abav Expo e WTM Latin America na lista), e trabalhar pesado na atração de investidores para melhorar a estrutura de seus diversos turísticos - muitos ainda subaproveitados.
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Os métodos para isso vão desde melhorar o portfólio de tais espaços para oferecer à iniciativa privada até, em longo prazo, criar as áreas especiais de interesse turístico. A lógica é clara: mais benefícios fiscais, menos custos e, assim, maior investimento na estrutura e promoção turística do Mato Grosso do Sul.
"Percebemos que as feiras são importantes apenas para manter nossa imagem, nos manter na vitrine, não fechar negócios. Assim o interesse se vira para promovermos e desenvolvermos a estrutura do destinos. Hoje já temos três macrorregiões gerenciadas pela iniciativa privada: Pantanal e Bonito; Campo Grande e arredores; e ainda a Rota Norte, novo produto que engloba a cidade de Costa Rica e estamos apresentando ao mercado com foco no Turismo de natureza e aventura", exemplificou Bruno Wendling ao Portal PANROTAS, adiantando que o local é uma das apostas para a nova gestão.
"E a privatização é justamente para que mudanças políticas não interfiram na evolução turística nessas regiões", acrescenta. "Novos investidores podem surgir se dermos mais informações do potencial turístico destes locais, e se conseguirmos torná-los áreas de interesse turístico, isso será muito mais fácil."
Questionado se deixar as feiras significaria um afastamento do trade, o político deixa claro que é justamente o oposto. Um dos planos de seu mandato será se aliar às operadoras na promoção dos destinos turísticos, em canais tanto on-line quanto off-line.
O Observatório do Turismo de Mato Grosso do Sul, criado pela Fundtur, foi pensado neste intuito. O órgão deve reunir dados mensais do Turismo estadual e, assim, ajudar as empresas de agenciamento a atingirem seu público final.
REDUÇÃO DO ICMS = MAIOR CONECTIVIDADE AÉREA
Seguem a mesma lógica os benefícios fiscais para atrair mais voos, considerado hoje um dos gargalos cruciais a serem solucionados pelo presidente da Fundtur para fazer o Turismo do Estado crescer - principalmente quando se pensa em turistas estrangeiros, com acesso reduzido.A ideia de Wendling é ampliar a estratégia já adotada de redução da alíquota de ICMS para o querosene de aviação. Hoje, por exemplo, a Azul Linhas Aéreas paga apenas 1% no imposto, muito menor que o praticado em outros Estados nacionais, entre 12% e 25%. A Gol, também beneficiada, voará para Bonito, um dos principais destinos sul-mato grossenses, a partir deste ano.
"Nesta alta temporada conseguimos 80 frequências adicionais com esta prática. Além de Azul e Gol, temos companhias estrangeiras na lista para atrair para o Estado. É algo que tem funcionado, mas tem muito a melhorar, e com a redução do ICMS para outras empresas captação de voos é só uma questão de tempo", avalia Bruno Wendling.
Bruno Wendling é especialista em Ecoturismo pela Universidade Federal de Lavras-MG (UFLA) e em Planejamento e Gestão Público e Privado do Turismo pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul. Atua há 15 anos no Turismo, período em que já comandou a secretaria de Turismo de Cairu e Morro de São Paulo, na Bahia, e foi consultor do Ministério do Turismo.