Turismo supera adversidades e fecha 1º semestre com otimismo
Agências de viagens e de alugueis de carros, redes hoteleiras, companhias aéreas e náuticas passaram da primeira metade do ano com bons números
O primeiro semestre de 2018 não foi dos mais tranquilos para a economia brasileira. A greve dos caminhoneiros em maio, a desvalorização do real em relação ao dólar e a Copa do Mundo, que está sendo realizada na Rússia neste ano, não foram fatores que ajudaram a impulsionar os negócios por aqui, muito pelo contrário. Porém, apesar do cenário, as atividades relacionadas ao Turismo mostraram força diante das adversidades, registrando crescimentos importantes e gerando otimismo para o segundo semestre.
A CVC Corp, por exemplo, revelou vendas de R$ 3,1 bilhões durante o segundo trimestre do ano, o que representou um aumento de 5,7% em relação ao mesmo período de 2017. Na soma dos seis primeiros meses, a empresa acumulou R$ 6,24 bilhões, o que significou um crescimento de 9,1% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Dentro do valor considerado, R$ 3,5 bilhões vieram de viagens de Lazer (CVC Operadora e Visual), R$ 2,4 bilhões de viagens corporativas (Rextur Advance e Trend) e R$ 342 milhões de outros segmentos (Experimento e Submarino Viagens). As taxas de crescimento em relação ao ano passado foram de 8,5%, 7% e 40%, respectivamente.
O número de passageiros embarcados pela empresa também superou os do primeiro semestre de 2017. Neste ano, mais de cinco milhões de pessoas já viajaram pela CVC, quantidade 15,2% superior que a registrada entre janeiro e junho do ano passado.
"Algumas estratégias foram adotadas para fazer com que as viagens continuassem cabendo nos bolsos das pessoas. Câmbio reduzido, que varia conforme o destino e a cotação de mercado, parcelamento de até 12 vezes sem juros, entrada para 60 dias no boleto bancário e promoções, como segundo passageiro grátis, principalmente para destinos nacionais, foram algumas delas", contou o diretor geral da CVC, Emerson Belan.
Já para a Abracorp (Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas), os números do primeiro trimestre mostraram um crescimento de 17,48% nas vendas em comparação com o mesmo período em 2017, o que pode ser comparado com um aumento médio de 6% ao mês.
NO MAR
A MSC Cruzeiros também revelou ótimos números durante o primeiro semestre: 214 mil brasileiros viajaram em seus navios e a taxa de ocupação das cabines atingiu os 100% (com base na ocupação dupla). Em comparação com o mesmo período do ano passado, as vendas tiveram um aumento de cerca de 5% e, para a próxima temporada, a expectativa é de uma oferta 13% maior que a anterior.
“Nossa política comercial, que contempla a oferta de todos os nossos cruzeiros em reais, com a possibilidade de parcelamento em até dez vezes, sem juros, é extremamente positiva para o brasileiro. Além disso, disponibilizamos a compra antecipada de experiências extras, como pacotes de spa, bebidas, restaurantes, planos de internet e excursões também em reais, com parcelamento junto ao cruzeiro. Com isso, protegemos o consumidor de variações cambiais e possibilitamos que ele organize suas férias com tranquilidade, planejamento e segurança”, explicou o diretor geral da MSC, Adrian Ursilli.
O Brasil é um dos mercados estratégicos para a MSC e um segmento que vem crescendo é o Mice. Os navios permitem eventos para públicos que variam entre 30 e mais de cinco mil pessoas, com possibilidade até de fretamento total. Praticidade e custo-benefício são algumas das vantagens destacadas pela armadora quando o assunto é viagem corporativa.
Segundo dados da Abracorp, no primeiro trimestre do ano, as vendas de cruzeiros marítimos nacionais subiram 159,46% na comparação com o mesmo período do ano passado. Em valores, este crescimento representou um salto de R$ 445.098,59 para R$ 1.154.840,56 para as associadas.
NO AR
Os combustíveis foram os principais vilões para as companhias aéreas neste ano. A alta dos preços afetou os negócios no mundo inteiro, mas no Brasil a situação foi ainda pior em decorrência da greve dos caminhoneiros. A Gol estima que a paralisação tenha resultado em um impacto direto de aproximadamente R$ 29 milhões nas receitas operacionais.
Durante o primeiro semestre do ano, a companhia investiu em novas rotas e ampliação de frequências nacionais e internacionais. Voos diários e diretos para as cidades de Miami e Orlando, nos Estados Unidos, foram anunciados em janeiro e já estão à venda para viagens a partir de novembro. Em maio, um novo hub foi criado em Fortaleza em parceria com a Air France-KLM, possibilitando a conexão do Norte e Nordeste do Brasil à Europa. A aérea aumentou em 35% os voos para Fortaleza e anunciou que as novas ligações para os EUA serão operadas em code-share com a Delta.
Para promover um equilíbrio apropriado entre oferta e demanda durante o segundo trimestre do ano, que é considerado um período de baixa temporada para as companhias aéreas, a Gol reduziu em 11% sua oferta doméstica em comparação com o primeiro trimestre.
A empresa estima uma margem operacional de 1% a 1,5% no último trimestre, mesmo nível em relação ao mesmo trimestre de 2017, que foi de 1%. O fluxo de caixa operacional foi estimado entre R$ 500 milhões e R$ 550 milhões nos três meses que terminaram em junho. Segundo a Gol, a receita unitária por passageiro (PRASK) foi superior cerca de 8% em comparação com o mesmo período do ano passado, enquanto a receita unitária (RASK) teve aumento registrado entre 6% e 6,5%.
Já na Latam, considerando apenas o mês de junho, a demanda de passageiros aumentou 1,3%, enquanto a oferta teve um incremento de 6,4%. A taxa de ocupação sofreu redução de 4,1 pontos percentuais, fechando em 80,3%. O tráfego internacional de passageiros representou, aproximadamente, 59% do tráfego total no mês.
O tráfego de passageiros consolidado (RPK) da Azul também foi positivo, subindo no último mês do semestre 21% em relação a junho de 2017, frente a um aumento de 24,7% na capacidade (ASK). Como resultado, a taxa de ocupação foi de 78,8%, o que significou uma redução de 2,4 pontos percentuais em comparação com o mesmo período do ano passado.
“Nós terminamos o trimestre com 15 Airbus A320 neos, que continuam apresentando significativa expansão de margem nos mercados em que operam. Embora a taxa de ocupação tenha sido impactada por eventos não recorrentes, incluindo a greve dos caminhoneiros e a Copa do Mundo, nós acreditamos que na segunda metade do ano a demanda será robusta”, disse o CEO da Azul, John Rodgerson.
NA TERRA
O mercado de aluguel de veículos também apresentou crescimento nos primeiros meses do ano. A Localiza Hertz, por exemplo, teve um aumento de 53,3% no volume de diárias na comparação entre o primeiro trimestre de 2018 com o de 2017. Sua rede também foi ampliada e agora conta com 591 agências, sendo 521 em território brasileiro.
“No segundo trimestre do ano, mesmo com uma base comparativa forte e o efeito da greve dos caminhoneiros, os nossos esforços para manter o crescimento se mantiveram. No 1º tri, além dos resultados operacionais extremamente positivos, ampliamos nossa participação no mercado. Considerando o faturamento bruto da unidade de aluguel de carros, incluindo franqueados, aumentamos a participação de mercado em três pontos percentuais no período, obtendo 32,3% de market share”, comemorou o diretor de Vendas da Localiza Hertz, Paulo Henrique Pires.
“Todo investimento que estamos fazendo na experiência do cliente está dando resultado. As empresas estão considerando o aluguel de carros como solução de mobilidade para seus negócios e nós temos conseguido mostrar as vantagens em relação aos custos e à operação. Também ajudamos agências de viagens a aumentarem suas receitas a partir do aumento do uso de locações em viagens. Quando um cliente viaja, ele sempre precisa de uma alternativa de mobilidade. O aluguel de carro, além de ser uma excelente solução, remunera o agente de viagens”, completou o executivo.
NOS QUARTOS
A Brazil Hospitality Group (BHG), que administra marcas como Royal Tulip, Golden Tulip e Tulip Inn, também fechou o primeiro semestre do ano com otimismo. O grupo teve um incremento de 23% em relação ao ano anterior e um aumento de 12% em relação às receitas, mas vê a segunda metade de 2018 com cautela, uma vez que eleições gerais podem causar grandes mudanças de cenário.
“As expectativas para o período foram superadas até agora. Nos primeiros meses do ano, nos focamos no fortalecimento do lazer e numa forte relação comercial com os clientes intermediários do mercado corporativo. Os hotéis da rede tiveram uma forte ocupação no Nordeste, retomada de negócios em Brasília e outras cidades corporativas, como São Paulo e Vitória, que foram muito bem”, comentou o diretor de Marketing e Vendas da BHG, Tomás Ramos.
“Estamos com boa previsão para agosto e setembro, mas com panorama ainda indefinido para outubro e novembro, por conta das eleições. Para a alta temporada, estamos fazendo acordos sólidos de promoção com operadoras e agentes de viagem para o mercado de lazer e, até 2020, mais de 190 unidades pelo mundo passarão por mudanças, apresentando uma nova identidade baseada no conceito bleisure”, completou o executivo.
De acordo com dados da Abracorp, a hotelaria nacional cresceu 31,29% no primeiro trimestre de 2018, enquanto a internacional registrou aumento de 42,62%. Já o Fohb (Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil) divulgou números referentes aos cinco primeiros meses do ano, registrando acréscimos nos três indicadores: 6,3% na taxa de ocupação, 0,8% na diária média e 7,2% no Revpar.
Na performance por região, a taxa de ocupação registrou acréscimos em todas, variando entre 4,4% no Sul e 21,3% no Norte. Para a diária média, somente a região Norte expressou variação negativa, com queda de 6,9% em relação a 2017. Em relação ao Revpar, houve variações positivas em todas as regiões: 5,6% no Sul, 6,4% no Sudeste, 8,4% no Centro-Oeste, 12% no Nordeste e 12,9% no Norte.
Quanto ao desempenho por categoria hoteleira, as três apresentaram incrementos na taxa de ocupação: 4,9% no Econômico, 8,3% no Midscale e 4,8% no Upscale. Para a diária média, os segmentos Econômico e Upscale registraram acréscimos de 1% e 2,8%, respectivamente, enquanto que o Midscale teve queda de -0,2%.
Já quando o assunto são resorts brasileiros, nos três primeiros meses do ano a taxa de ocupação, analisada pela ABR em conjunto com o Senac-SP foi de 74,4%, o que representou um acréscimo de 10,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Janeiro foi o mês de maior destaque, com 82,1% de ocupação.
O desempenho dos resorts também foi positivo em relação às receitas. O Revpar médio apresentou crescimento de 10,17%, alcançando o valor de R$ 1.059,33, enquanto o Trevpar registrou valor médio de R$ 787,92, representando um aumento de 28,76% em comparação com o primeiro trimestre de 2017.
“Com a retração da economia nacional, os viajantes perceberam que as opções brasileiras proporcionam experiências altamente diferenciadas e todos esses ótimos números confirmam que nossas expectativas de retomada dos resorts são reais”, comentou o presidente da ABR, Alberto Cestrone.
A CVC Corp, por exemplo, revelou vendas de R$ 3,1 bilhões durante o segundo trimestre do ano, o que representou um aumento de 5,7% em relação ao mesmo período de 2017. Na soma dos seis primeiros meses, a empresa acumulou R$ 6,24 bilhões, o que significou um crescimento de 9,1% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Dentro do valor considerado, R$ 3,5 bilhões vieram de viagens de Lazer (CVC Operadora e Visual), R$ 2,4 bilhões de viagens corporativas (Rextur Advance e Trend) e R$ 342 milhões de outros segmentos (Experimento e Submarino Viagens). As taxas de crescimento em relação ao ano passado foram de 8,5%, 7% e 40%, respectivamente.
O número de passageiros embarcados pela empresa também superou os do primeiro semestre de 2017. Neste ano, mais de cinco milhões de pessoas já viajaram pela CVC, quantidade 15,2% superior que a registrada entre janeiro e junho do ano passado.
"Algumas estratégias foram adotadas para fazer com que as viagens continuassem cabendo nos bolsos das pessoas. Câmbio reduzido, que varia conforme o destino e a cotação de mercado, parcelamento de até 12 vezes sem juros, entrada para 60 dias no boleto bancário e promoções, como segundo passageiro grátis, principalmente para destinos nacionais, foram algumas delas", contou o diretor geral da CVC, Emerson Belan.
Já para a Abracorp (Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas), os números do primeiro trimestre mostraram um crescimento de 17,48% nas vendas em comparação com o mesmo período em 2017, o que pode ser comparado com um aumento médio de 6% ao mês.
NO MAR
A MSC Cruzeiros também revelou ótimos números durante o primeiro semestre: 214 mil brasileiros viajaram em seus navios e a taxa de ocupação das cabines atingiu os 100% (com base na ocupação dupla). Em comparação com o mesmo período do ano passado, as vendas tiveram um aumento de cerca de 5% e, para a próxima temporada, a expectativa é de uma oferta 13% maior que a anterior.
“Nossa política comercial, que contempla a oferta de todos os nossos cruzeiros em reais, com a possibilidade de parcelamento em até dez vezes, sem juros, é extremamente positiva para o brasileiro. Além disso, disponibilizamos a compra antecipada de experiências extras, como pacotes de spa, bebidas, restaurantes, planos de internet e excursões também em reais, com parcelamento junto ao cruzeiro. Com isso, protegemos o consumidor de variações cambiais e possibilitamos que ele organize suas férias com tranquilidade, planejamento e segurança”, explicou o diretor geral da MSC, Adrian Ursilli.
O Brasil é um dos mercados estratégicos para a MSC e um segmento que vem crescendo é o Mice. Os navios permitem eventos para públicos que variam entre 30 e mais de cinco mil pessoas, com possibilidade até de fretamento total. Praticidade e custo-benefício são algumas das vantagens destacadas pela armadora quando o assunto é viagem corporativa.
Segundo dados da Abracorp, no primeiro trimestre do ano, as vendas de cruzeiros marítimos nacionais subiram 159,46% na comparação com o mesmo período do ano passado. Em valores, este crescimento representou um salto de R$ 445.098,59 para R$ 1.154.840,56 para as associadas.
NO AR
Os combustíveis foram os principais vilões para as companhias aéreas neste ano. A alta dos preços afetou os negócios no mundo inteiro, mas no Brasil a situação foi ainda pior em decorrência da greve dos caminhoneiros. A Gol estima que a paralisação tenha resultado em um impacto direto de aproximadamente R$ 29 milhões nas receitas operacionais.
Durante o primeiro semestre do ano, a companhia investiu em novas rotas e ampliação de frequências nacionais e internacionais. Voos diários e diretos para as cidades de Miami e Orlando, nos Estados Unidos, foram anunciados em janeiro e já estão à venda para viagens a partir de novembro. Em maio, um novo hub foi criado em Fortaleza em parceria com a Air France-KLM, possibilitando a conexão do Norte e Nordeste do Brasil à Europa. A aérea aumentou em 35% os voos para Fortaleza e anunciou que as novas ligações para os EUA serão operadas em code-share com a Delta.
Para promover um equilíbrio apropriado entre oferta e demanda durante o segundo trimestre do ano, que é considerado um período de baixa temporada para as companhias aéreas, a Gol reduziu em 11% sua oferta doméstica em comparação com o primeiro trimestre.
A empresa estima uma margem operacional de 1% a 1,5% no último trimestre, mesmo nível em relação ao mesmo trimestre de 2017, que foi de 1%. O fluxo de caixa operacional foi estimado entre R$ 500 milhões e R$ 550 milhões nos três meses que terminaram em junho. Segundo a Gol, a receita unitária por passageiro (PRASK) foi superior cerca de 8% em comparação com o mesmo período do ano passado, enquanto a receita unitária (RASK) teve aumento registrado entre 6% e 6,5%.
Já na Latam, considerando apenas o mês de junho, a demanda de passageiros aumentou 1,3%, enquanto a oferta teve um incremento de 6,4%. A taxa de ocupação sofreu redução de 4,1 pontos percentuais, fechando em 80,3%. O tráfego internacional de passageiros representou, aproximadamente, 59% do tráfego total no mês.
O tráfego de passageiros consolidado (RPK) da Azul também foi positivo, subindo no último mês do semestre 21% em relação a junho de 2017, frente a um aumento de 24,7% na capacidade (ASK). Como resultado, a taxa de ocupação foi de 78,8%, o que significou uma redução de 2,4 pontos percentuais em comparação com o mesmo período do ano passado.
“Nós terminamos o trimestre com 15 Airbus A320 neos, que continuam apresentando significativa expansão de margem nos mercados em que operam. Embora a taxa de ocupação tenha sido impactada por eventos não recorrentes, incluindo a greve dos caminhoneiros e a Copa do Mundo, nós acreditamos que na segunda metade do ano a demanda será robusta”, disse o CEO da Azul, John Rodgerson.
NA TERRA
O mercado de aluguel de veículos também apresentou crescimento nos primeiros meses do ano. A Localiza Hertz, por exemplo, teve um aumento de 53,3% no volume de diárias na comparação entre o primeiro trimestre de 2018 com o de 2017. Sua rede também foi ampliada e agora conta com 591 agências, sendo 521 em território brasileiro.
“No segundo trimestre do ano, mesmo com uma base comparativa forte e o efeito da greve dos caminhoneiros, os nossos esforços para manter o crescimento se mantiveram. No 1º tri, além dos resultados operacionais extremamente positivos, ampliamos nossa participação no mercado. Considerando o faturamento bruto da unidade de aluguel de carros, incluindo franqueados, aumentamos a participação de mercado em três pontos percentuais no período, obtendo 32,3% de market share”, comemorou o diretor de Vendas da Localiza Hertz, Paulo Henrique Pires.
“Todo investimento que estamos fazendo na experiência do cliente está dando resultado. As empresas estão considerando o aluguel de carros como solução de mobilidade para seus negócios e nós temos conseguido mostrar as vantagens em relação aos custos e à operação. Também ajudamos agências de viagens a aumentarem suas receitas a partir do aumento do uso de locações em viagens. Quando um cliente viaja, ele sempre precisa de uma alternativa de mobilidade. O aluguel de carro, além de ser uma excelente solução, remunera o agente de viagens”, completou o executivo.
NOS QUARTOS
A Brazil Hospitality Group (BHG), que administra marcas como Royal Tulip, Golden Tulip e Tulip Inn, também fechou o primeiro semestre do ano com otimismo. O grupo teve um incremento de 23% em relação ao ano anterior e um aumento de 12% em relação às receitas, mas vê a segunda metade de 2018 com cautela, uma vez que eleições gerais podem causar grandes mudanças de cenário.
“As expectativas para o período foram superadas até agora. Nos primeiros meses do ano, nos focamos no fortalecimento do lazer e numa forte relação comercial com os clientes intermediários do mercado corporativo. Os hotéis da rede tiveram uma forte ocupação no Nordeste, retomada de negócios em Brasília e outras cidades corporativas, como São Paulo e Vitória, que foram muito bem”, comentou o diretor de Marketing e Vendas da BHG, Tomás Ramos.
“Estamos com boa previsão para agosto e setembro, mas com panorama ainda indefinido para outubro e novembro, por conta das eleições. Para a alta temporada, estamos fazendo acordos sólidos de promoção com operadoras e agentes de viagem para o mercado de lazer e, até 2020, mais de 190 unidades pelo mundo passarão por mudanças, apresentando uma nova identidade baseada no conceito bleisure”, completou o executivo.
De acordo com dados da Abracorp, a hotelaria nacional cresceu 31,29% no primeiro trimestre de 2018, enquanto a internacional registrou aumento de 42,62%. Já o Fohb (Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil) divulgou números referentes aos cinco primeiros meses do ano, registrando acréscimos nos três indicadores: 6,3% na taxa de ocupação, 0,8% na diária média e 7,2% no Revpar.
Na performance por região, a taxa de ocupação registrou acréscimos em todas, variando entre 4,4% no Sul e 21,3% no Norte. Para a diária média, somente a região Norte expressou variação negativa, com queda de 6,9% em relação a 2017. Em relação ao Revpar, houve variações positivas em todas as regiões: 5,6% no Sul, 6,4% no Sudeste, 8,4% no Centro-Oeste, 12% no Nordeste e 12,9% no Norte.
Quanto ao desempenho por categoria hoteleira, as três apresentaram incrementos na taxa de ocupação: 4,9% no Econômico, 8,3% no Midscale e 4,8% no Upscale. Para a diária média, os segmentos Econômico e Upscale registraram acréscimos de 1% e 2,8%, respectivamente, enquanto que o Midscale teve queda de -0,2%.
Já quando o assunto são resorts brasileiros, nos três primeiros meses do ano a taxa de ocupação, analisada pela ABR em conjunto com o Senac-SP foi de 74,4%, o que representou um acréscimo de 10,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Janeiro foi o mês de maior destaque, com 82,1% de ocupação.
O desempenho dos resorts também foi positivo em relação às receitas. O Revpar médio apresentou crescimento de 10,17%, alcançando o valor de R$ 1.059,33, enquanto o Trevpar registrou valor médio de R$ 787,92, representando um aumento de 28,76% em comparação com o primeiro trimestre de 2017.
“Com a retração da economia nacional, os viajantes perceberam que as opções brasileiras proporcionam experiências altamente diferenciadas e todos esses ótimos números confirmam que nossas expectativas de retomada dos resorts são reais”, comentou o presidente da ABR, Alberto Cestrone.