Dólar: mesmo com alta, brasileiro planeja viagens para fora
Planejadas com antecedência, as viagens são pagas em real e parceladas sem juros
As altas do dólar e do euro na semana passada e nas anteriores assustaram muitos viajantes, preocupados com os valores acima de R$ 4 e R$ 5, respectivamente. Apesar disso, para quem vende pacotes de viagens, sobretudo internacionais, a situação não se mostrou totalmente “fora da curva”.
“Independentemente das flutuações câmbios, o ano é atípico para os brasileiros: teremos a Copa do Mundo e as eleições. São dois eventos que, por si só, acabam por impactar nas viagens — mesmo que não de maneira acentuada”, salienta o diretor de Produtos Nacionais e Operações da Flytour MMT, Daniel Firmino.
Para o executivo, embora a alta das moedas estadunidense e europeia tenha sido mais acentuada nas últimas semanas, a tendência ascendente tem sido contínua nos últimos meses.
“Quem já comprou a viagem, e já esteja pagando por ela, não vai deixar de viajar por conta disso. Mas, claro, o montante destinado às compras ou outros gastos na viagem, podem sofrer reduções”, destaca Firmino.
Em nota, a CVC afirma que os consumidores costumam planejar a viagem internacional com antecedência de quatro a seis meses da data de embarque, e preferem absorver a variação da moeda no parcelamento, que é convertido para reais no ato da compra.
A oscilação da moeda, porém, acaba dificultando o planejamento financeiro do quanto ele levará para gastos extras no destino. “Por isso, a CVC orienta os clientes a fazerem o câmbio em diversas épocas antes da viagem para ter um valor médio da moeda”, afirma. Muitas operadoras congelam o câmbio por um período, para estimular os consumidores indecisos.
MAIS CAUTELA
Embora quem já tenha comprado pacotes não irá desistir a essa altura do campeonato de viajar, quem ainda está planejando, contudo, tem mantido a cautela.
“As solicitações de cotação e análise de pacotes não tiveram uma queda alarmante nas últimas semanas, longe disso. O brasileiro está, sim, engajado a viajar, mas tem sido mais precavido na hora de efetivar a compra”, revela a diretora da Orinter Tour, Ana Maria Berto.
A diretora ainda destaca que há uma parcela de viajantes que está aguardando pela possibilidade de o dólar tornar a cair, porém, há quem esteja apenas adaptando as viagens. “Há uma camada que considera as viagens como um item de primeira necessidade e, independente da alta da moeda, eles irão viajar — podendo ou não postergar o fechamento da compra.”
SOLUÇÕES PARA A CRISE
É parte da realidade do viajante brasileiro comprar os pacotes de viagens com pagamento parcelado, sem juros e com a moeda nacional. Porém, para a diretora da Trade Tours, Magda Nassar, para além de mudar a categoria da hospedagem, replanejar tours ou diminuir a duração de estada, há alternativas que também tornam a alta das moedas estrangeiras menos impactantes no bolso.
“Existe a opção de os viajantes já incluírem nos pacotes o transfer, aluguel de carros, reserva de restaurante, ingressos, entre outros serviços, e fazerem o pagamento parcelado, em real e com o câmbio congelado”, destaca Magda.
Segundo ela, as pessoas tendem a se preocupar com a macroeconomia, quando, na realidade, é a microeconomia que realmente será determinante na hora das viagens.
“É nessa hora que o papel do consultor é extremamente importante. Bem orientado, o cliente vai perceber que, apesar da alta, juntando todas as despesas da viagem e parcelando-as, o valor será diluído e o preço sofrerá uma alta relativamente pequena. Cabe, então, ao viajante ficar de olho no câmbio na hora de fazer as compras extras nos destinos, e isso está fora da alçada dos agentes de viagens e operadoras”, brinca, sabendo da boa fama de comprador dos brasileiros.
“Independentemente das flutuações câmbios, o ano é atípico para os brasileiros: teremos a Copa do Mundo e as eleições. São dois eventos que, por si só, acabam por impactar nas viagens — mesmo que não de maneira acentuada”, salienta o diretor de Produtos Nacionais e Operações da Flytour MMT, Daniel Firmino.
Para o executivo, embora a alta das moedas estadunidense e europeia tenha sido mais acentuada nas últimas semanas, a tendência ascendente tem sido contínua nos últimos meses.
“Quem já comprou a viagem, e já esteja pagando por ela, não vai deixar de viajar por conta disso. Mas, claro, o montante destinado às compras ou outros gastos na viagem, podem sofrer reduções”, destaca Firmino.
Em nota, a CVC afirma que os consumidores costumam planejar a viagem internacional com antecedência de quatro a seis meses da data de embarque, e preferem absorver a variação da moeda no parcelamento, que é convertido para reais no ato da compra.
A oscilação da moeda, porém, acaba dificultando o planejamento financeiro do quanto ele levará para gastos extras no destino. “Por isso, a CVC orienta os clientes a fazerem o câmbio em diversas épocas antes da viagem para ter um valor médio da moeda”, afirma. Muitas operadoras congelam o câmbio por um período, para estimular os consumidores indecisos.
MAIS CAUTELA
Embora quem já tenha comprado pacotes não irá desistir a essa altura do campeonato de viajar, quem ainda está planejando, contudo, tem mantido a cautela.
“As solicitações de cotação e análise de pacotes não tiveram uma queda alarmante nas últimas semanas, longe disso. O brasileiro está, sim, engajado a viajar, mas tem sido mais precavido na hora de efetivar a compra”, revela a diretora da Orinter Tour, Ana Maria Berto.
A diretora ainda destaca que há uma parcela de viajantes que está aguardando pela possibilidade de o dólar tornar a cair, porém, há quem esteja apenas adaptando as viagens. “Há uma camada que considera as viagens como um item de primeira necessidade e, independente da alta da moeda, eles irão viajar — podendo ou não postergar o fechamento da compra.”
SOLUÇÕES PARA A CRISE
É parte da realidade do viajante brasileiro comprar os pacotes de viagens com pagamento parcelado, sem juros e com a moeda nacional. Porém, para a diretora da Trade Tours, Magda Nassar, para além de mudar a categoria da hospedagem, replanejar tours ou diminuir a duração de estada, há alternativas que também tornam a alta das moedas estrangeiras menos impactantes no bolso.
“Existe a opção de os viajantes já incluírem nos pacotes o transfer, aluguel de carros, reserva de restaurante, ingressos, entre outros serviços, e fazerem o pagamento parcelado, em real e com o câmbio congelado”, destaca Magda.
Segundo ela, as pessoas tendem a se preocupar com a macroeconomia, quando, na realidade, é a microeconomia que realmente será determinante na hora das viagens.
“É nessa hora que o papel do consultor é extremamente importante. Bem orientado, o cliente vai perceber que, apesar da alta, juntando todas as despesas da viagem e parcelando-as, o valor será diluído e o preço sofrerá uma alta relativamente pequena. Cabe, então, ao viajante ficar de olho no câmbio na hora de fazer as compras extras nos destinos, e isso está fora da alçada dos agentes de viagens e operadoras”, brinca, sabendo da boa fama de comprador dos brasileiros.