Alta do dólar altera destinos e estilos de câmbio no Brasil
Agências de viagens focam em pacotes de viagens nacionais para não perderem receitas
A escalada do preço do dólar em relação ao real atingiu seu pico anual no dia 18 de maio, quando o câmbio comercial fechou em R$ 3,73. O período de alta não caiu bem para brasileiros que pensavam em viagens internacionais, nem para as agências de viagens, que viram a procura pelo Exterior diminuir. Por outro lado, a desvalorização da moeda nacional acaba impulsionando o Turismo doméstico, como também aconteceu nos últimos anos de crise.
“Percebemos uma desaceleração nas vendas de viagens internacionais, já que o consumidor, apreensivo por conta do sobe e desce da moeda, acabou postergando a decisão da compra. No entanto, quem decidiu manter o planejamento da viagem internacional encontra inúmeras promoções de companhias aéreas e redes hoteleiras para fazer com que a viagem continue cabendo no bolso do consumidor”, contou o head de Vendas da Visual Turismo, Edson Akabane.
No caso dos clientes da Visual, 70% estão optando por destinos domésticos, enquanto apenas 30% mantiveram suas preferências de viagens fora do Brasil. Situação semelhante acontece com a plataforma on-line de compras locais Peixe Urbano Groupon, que passou a vender mais opções de rotas que não utilizam o dólar ou o euro como moeda oficial.
DESTINOS ALTERNATIVOS
“Temos vendido muito menos pacotes de Estados Unidos, Europa, Ásia e Oriente Médio em relação aos de América do Sul, Caribe e resorts nacionais. A plataforma melhorou algumas ofertas de Caribe, Buenos Aires, Santiago e Bariloche, por exemplo, para oferecer preços mais atrativos, mesmo com o câmbio desfavorável ao brasileiro”, comentou o diretor comercial do Peixe Urbano Groupon, Vagner Wolfart.
Além de mudanças em relação aos destinos escolhidos, a alta do dólar provoca outras alterações comportamentais nos turistas brasileiros, que muitas vezes estabelecem um valor-limite de gastos e buscam a melhor relação custo x benefício antes de efetuar uma compra. Diminuir os dias de hospedagem ou escolher acomodações que comportam maior número de pessoas também são alternativas para quem está trocando a “viagem dos sonhos” por uma viagem que cabe no bolso.
DIFÍCIL PREVISÃO
Prever o futuro da variação do câmbio é uma tarefa praticamente impossível, principalmente em ano de eleições presidenciais no Brasil, quando o “humor” do mercado funciona de acordo com os candidatos que despontam nas pesquisas de intenções de votos. Por isso, algumas táticas podem ser úteis para evitar frustrações na hora de trocar reais por dólares.
“É muito difícil saber a data ideal para comprar dólares. Ninguém sabe quando e quanto o dólar vai subir ou cair em relação ao real. Uma dica é comprar a moeda de maneira espaçada. Por exemplo, se você vai levar US$ 2 mil para uma viagem, compre US$ 500 por semana. Assim, possíveis perdas por causa da volatilidade são amenizadas e você não corre o risco de fazer todo o câmbio necessário em uma data ruim”, sugeriu o diretor da empresa de câmbio Cotação, Alexandre Fialho, que também destacou opção de compra via cartão de crédito com IOF praticado para operações no Brasil.
Apesar da instabilidade econômica do País e do próprio mercado internacional, os entrevistados acreditam em dias melhores daqui para frente. “A crise já está dando sinais de reversão. As pessoas estão mais dispostas a viajar e gastar dinheiro. Em termos de receita global da empresa, esperamos evoluir. A expectativa é que o dólar se estabilize nos próximos 30 ou 40 dias para daqui seis meses voltar ao patamar anterior. Vai muito do humor do mercado”, comentou Wolfart.
“A economia dos Estados Unidos influencia demais o resto do mundo, temos que ficar atentos em como eles vão lidar com a questão dos juros”, completou Fialho.
“Percebemos uma desaceleração nas vendas de viagens internacionais, já que o consumidor, apreensivo por conta do sobe e desce da moeda, acabou postergando a decisão da compra. No entanto, quem decidiu manter o planejamento da viagem internacional encontra inúmeras promoções de companhias aéreas e redes hoteleiras para fazer com que a viagem continue cabendo no bolso do consumidor”, contou o head de Vendas da Visual Turismo, Edson Akabane.
No caso dos clientes da Visual, 70% estão optando por destinos domésticos, enquanto apenas 30% mantiveram suas preferências de viagens fora do Brasil. Situação semelhante acontece com a plataforma on-line de compras locais Peixe Urbano Groupon, que passou a vender mais opções de rotas que não utilizam o dólar ou o euro como moeda oficial.
DESTINOS ALTERNATIVOS
“Temos vendido muito menos pacotes de Estados Unidos, Europa, Ásia e Oriente Médio em relação aos de América do Sul, Caribe e resorts nacionais. A plataforma melhorou algumas ofertas de Caribe, Buenos Aires, Santiago e Bariloche, por exemplo, para oferecer preços mais atrativos, mesmo com o câmbio desfavorável ao brasileiro”, comentou o diretor comercial do Peixe Urbano Groupon, Vagner Wolfart.
Além de mudanças em relação aos destinos escolhidos, a alta do dólar provoca outras alterações comportamentais nos turistas brasileiros, que muitas vezes estabelecem um valor-limite de gastos e buscam a melhor relação custo x benefício antes de efetuar uma compra. Diminuir os dias de hospedagem ou escolher acomodações que comportam maior número de pessoas também são alternativas para quem está trocando a “viagem dos sonhos” por uma viagem que cabe no bolso.
DIFÍCIL PREVISÃO
Prever o futuro da variação do câmbio é uma tarefa praticamente impossível, principalmente em ano de eleições presidenciais no Brasil, quando o “humor” do mercado funciona de acordo com os candidatos que despontam nas pesquisas de intenções de votos. Por isso, algumas táticas podem ser úteis para evitar frustrações na hora de trocar reais por dólares.
“É muito difícil saber a data ideal para comprar dólares. Ninguém sabe quando e quanto o dólar vai subir ou cair em relação ao real. Uma dica é comprar a moeda de maneira espaçada. Por exemplo, se você vai levar US$ 2 mil para uma viagem, compre US$ 500 por semana. Assim, possíveis perdas por causa da volatilidade são amenizadas e você não corre o risco de fazer todo o câmbio necessário em uma data ruim”, sugeriu o diretor da empresa de câmbio Cotação, Alexandre Fialho, que também destacou opção de compra via cartão de crédito com IOF praticado para operações no Brasil.
Apesar da instabilidade econômica do País e do próprio mercado internacional, os entrevistados acreditam em dias melhores daqui para frente. “A crise já está dando sinais de reversão. As pessoas estão mais dispostas a viajar e gastar dinheiro. Em termos de receita global da empresa, esperamos evoluir. A expectativa é que o dólar se estabilize nos próximos 30 ou 40 dias para daqui seis meses voltar ao patamar anterior. Vai muito do humor do mercado”, comentou Wolfart.
“A economia dos Estados Unidos influencia demais o resto do mundo, temos que ficar atentos em como eles vão lidar com a questão dos juros”, completou Fialho.