Henrique Santiago   |   17/05/2018 14:30

Acordo de aéreas dos EUA e árabes traz nova polêmica; entenda

O material não menciona a validade para voos com parada em outros destinos, chamados no jargão da indústria de Fight Freedom

O aparente fim de uma guerra de anos entre as aéreas dos Estados Unidos e do Golfo Pérsico levantou uma nova polêmica. Após os Emirados Árabes seguirem o exemplo do Catar e assinarem o acordo de céus abertos com os norte-americanos, as aéreas Emirates, Etihad e Qatar não têm mais restrições de voo ao destino.

Mas o documento assinado pelo governo árabe abre espaço para uma questão importante. O material não menciona a validade para voos com parada em outros países, chamados no jargão da indústria de Fight Freedom (Quinta liberdade, em tradução livre), como pontuou o site Travel Weekly.

Por exemplo, a Emirates decola de Dubai para Atenas, capital da Grécia, e depois voa para Newark, em Nova Jérsei. O caminho similar é feito a partir da cidade dos Emirados para Milão e Nova York.

Valentin Chesneau/Flickr
Em nota, o Departamento de Estado norte-americano afirmou no início da semana que “não tem planos de fazer mudanças nos serviços de Fifth Freedom que eles operam aos Estados Unidos.”

A Embaixada dos Emirados Árabes Unidos em Washington observou que a transportadora de carga Fedex mantém uma base de Dubai e opera essas rotas sob um acordo entre ambos os países.

"Todos os direitos atuais e futuros das companhias aéreas de ambos os países para voar em todos os voos, incluindo os voos de Fifth Freedom, permanecem como resultado das discussões. As companhias aéreas dos dois países estão livres para continuar a adicionar, reduzir ou ajustar voos e serviços compatíveis com as amplas disposições do acordo de transporte aéreo de 2002."

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