Reino Unido aumentará imposto de voos de longa distância
Iata critica e diz que é espantoso que o país queira, neste momento de retomada, aumentar o custo de voar
O governo do Reino Unido definiu um aumento de seu imposto de aviação, conhecido como imposto sobre o passageiro aéreo (Air Passenger Duty – APD), em voos de longa distância. O movimento é visto como altamente político, já que o país vai sediar a COP26 Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática na próxima semana.
Segundo informações do Skift, o destino “está fazendo mudanças para reduzir as emissões de carbono da aviação. A maioria das emissões vem da aviação internacional, em vez da doméstica, então está introduzindo uma nova medida, com uma taxa econômica de 91 libras esterlinas ($ 125)”.
O imposto vem à medida que os destinos estão cada vez mais se abrindo para os viajantes internacionais e as companhias aéreas ainda estão se recuperando da perda de receita dos voos de longo curso desde o início da pandemia de covid-19.
Atualmente, ele é cobrado em duas faixas: para destinos abaixo de 3,2 mil quilômetros e acima de 3,2 mil quilômetros. Os passageiros da classe executiva pagam mais e a taxa máxima deve subir para US$ 764 por voo a partir de abril de 2022. Em abril de 2023, o governo introduzirá três faixas de distância: 0 a 3,2 mil quilômetros; 3,2 mil a 8,8 mil quilômetros; e a nova faixa de ultralongo de mais de 8,8 mil quilômetros.
No entanto, o imposto sobre passageiros em voos domésticos de curta distância será reduzido. Este é um desenvolvimento contrário a muitos dos vizinhos europeus, que querem diminuir o número de voos para perto de casa. O motivo para esta redução seria para incentivar as viagens, em particular entre o norte e o sul, como parte de seu programa de “nivelamento” projetado para preencher a lacuna de riqueza entre as várias regiões.
Para a Iata, “mascarar essa captura de dinheiro como um imposto verde na semana anterior à COP26 é o cúmulo da hipocrisia política”. A entidade diz ainda que é espantoso que o país queira, neste momento de retomada das viagens, aumentar o custo de voar.
Veja abaixo a declaração completa do diretor geral da associação, Willie Walsh.
"Mascarar essa captura de dinheiro como um imposto verde na semana anterior à COP26 é o cúmulo da hipocrisia política de que as pessoas estão fartas. Há apenas duas semanas, o setor global de companhias aéreas se comprometeu a atingir as emissões líquidas de carbono zero até 2050. O objetivo é manter o voo acessível e sustentável. Um aumento de impostos não ajuda. Sabemos que nenhum dos bilhões de libras arrecadados será direcionado para investimentos verdes.
Além disso, colocar uma barreira financeira, como o APD, ainda maior entre o Reino Unido e o mundo ridiculariza a ambição da Global Britain ao desferir mais um golpe na competitividade do Reino Unido. A redução do APD doméstico nos diz que o governo entende a destruição econômica que o APD causa. Deve aplicar essa sabedoria à conectividade internacional e ter como objetivo aumentar a competitividade do Reino Unido, eliminando completamente o APD.
Francamente, é espantoso que o chanceler do Reino Unido pense que agora é a hora de aumentar o custo de voar."
Segundo informações do Skift, o destino “está fazendo mudanças para reduzir as emissões de carbono da aviação. A maioria das emissões vem da aviação internacional, em vez da doméstica, então está introduzindo uma nova medida, com uma taxa econômica de 91 libras esterlinas ($ 125)”.
O imposto vem à medida que os destinos estão cada vez mais se abrindo para os viajantes internacionais e as companhias aéreas ainda estão se recuperando da perda de receita dos voos de longo curso desde o início da pandemia de covid-19.
Atualmente, ele é cobrado em duas faixas: para destinos abaixo de 3,2 mil quilômetros e acima de 3,2 mil quilômetros. Os passageiros da classe executiva pagam mais e a taxa máxima deve subir para US$ 764 por voo a partir de abril de 2022. Em abril de 2023, o governo introduzirá três faixas de distância: 0 a 3,2 mil quilômetros; 3,2 mil a 8,8 mil quilômetros; e a nova faixa de ultralongo de mais de 8,8 mil quilômetros.
No entanto, o imposto sobre passageiros em voos domésticos de curta distância será reduzido. Este é um desenvolvimento contrário a muitos dos vizinhos europeus, que querem diminuir o número de voos para perto de casa. O motivo para esta redução seria para incentivar as viagens, em particular entre o norte e o sul, como parte de seu programa de “nivelamento” projetado para preencher a lacuna de riqueza entre as várias regiões.
Para a Iata, “mascarar essa captura de dinheiro como um imposto verde na semana anterior à COP26 é o cúmulo da hipocrisia política”. A entidade diz ainda que é espantoso que o país queira, neste momento de retomada das viagens, aumentar o custo de voar.
Veja abaixo a declaração completa do diretor geral da associação, Willie Walsh.
"Mascarar essa captura de dinheiro como um imposto verde na semana anterior à COP26 é o cúmulo da hipocrisia política de que as pessoas estão fartas. Há apenas duas semanas, o setor global de companhias aéreas se comprometeu a atingir as emissões líquidas de carbono zero até 2050. O objetivo é manter o voo acessível e sustentável. Um aumento de impostos não ajuda. Sabemos que nenhum dos bilhões de libras arrecadados será direcionado para investimentos verdes.
Além disso, colocar uma barreira financeira, como o APD, ainda maior entre o Reino Unido e o mundo ridiculariza a ambição da Global Britain ao desferir mais um golpe na competitividade do Reino Unido. A redução do APD doméstico nos diz que o governo entende a destruição econômica que o APD causa. Deve aplicar essa sabedoria à conectividade internacional e ter como objetivo aumentar a competitividade do Reino Unido, eliminando completamente o APD.
Francamente, é espantoso que o chanceler do Reino Unido pense que agora é a hora de aumentar o custo de voar."