Janize Colaço   |   03/04/2018 15:43

Visitas ao Brasil têm crescido pouco ante vizinhos sul-americanos

O estudo da Euromonitor teve por objetivo mostrar o panorama do Turismo latino-americano e destaca baixo desempenho do Brasil

Jhonatan Soares
A research analyst da Euromonitor, Marilia Borges
A research analyst da Euromonitor, Marilia Borges

O Brasil tem perdido espaço no cenário latino-americano quando o assunto é atração de turistas. De acordo com um recente levantamento da Euromonitor, apresentado durante o primeiro dia da WTM Latin America, ainda que na segunda colocação como escolha dos visitantes internacionais - atrás do México -, alguns vizinhos sul-americanos demonstraram uma tendência ascendente maior entre 2012 e 2017.

"Países como Chile e Colômbia investiram neste período em programas de promoção ao Turismo, cujas iniciativas tendem a turbinar a performance regional", pontua a research analyst da Euromonitor, Marília Borges. Ainda que Chile e Colômbia ocupem a terceira e nona posições, respectivamente, a analista destaca que os crescimentos obtidos no período de cinco anos foram os maiores.

Em relação às cidades mais visitadas, apesar de todo o apelo que o Rio de Janeiro captou com os Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo, a cidade não conseguiu ir além da 34ª colocação quando o assunto é crescimento de visitas. Em contrapartida, seis entre as dez primeiras cidades sul-americanas são chilenas.

PERFIL DOS VISITANTES
Ainda de acordo com o levantamento, sobretudo advindos dos Estados Unidos, Canadá, França, Reino Unido e Espanha, a maioria dos visitantes escolhem a América Latina tanto por terem preços mais acessíveis quanto por ainda considerarem a região exótica. Outro apontamento é que os turistas, em geral, gastam pouco nos destinos visitados.

"Muitos visitantes europeus escolhem a América Latina e o Brasil por conta dessas características. O destaque vai para a China, que tem exibido um crescimento além do padrão. O corporativo e a classe média chinesa têm ganhando expressão e se mostrado disposta a gastar mais", pontua.

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