Protocolos revisados da Anvisa para cruzeiros devem seguir modelo do CDC

BRASÍLIA (DF) – As práticas e métodos de controle adotados pelo CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças) dos Estados Unidos devem servir de modelo para as novas regras da Anvisa na regulação dos cruzeiros no Brasil. Participando do 4º Fórum Clia Brasil, que acontece hoje (14), em Brasília, a assessora da gerência de Gestão da Qualidade e Risco Sanitário da Gerência Geral de Portos, Aeroportos e Fronteiras da Anvisa, Monica Cristina Antunes Figueiredo Duarte, antecipou que a agência norte-americana deve ser a inspiração para as novas regras, que visam, sobretudo, controlar os possíveis casos de covid-19 nas embarcações.

De acordo com a executiva, a nova normativa terá um padrão renovado de monitoramento, com atenção especial aos casos específicos e aos sintomas. Também fará parte do novo conjunto de regas um percentual maior de casos positivos necessários para que se configure um cenário de surto em navios.

Na temporada passada, segundo conta Monica, um único caso em tripulação ou hóspede era o suficiente para o cenário de surto ser configurado. "Vamos indicar um controle mais coerente e compatível com a população desses navios", diz.

Os detalhes e a íntegra das novas regras já foram estipuladas pela Anvisa e estão agora sob análise da procuradoria. A expectativa é que o texto seja aprovado ainda este mês, a tempo de entrar em vigor antes do início da temporada brasileira de navegações.

A representante da Anvisa participou do segundo painel do Fórum Clia, que tratou da regulação da operação de cruzeiros no País. Antes, o evento trouxe os executivos das armadoras falando sobre os desafios do cenário brasileiro.