Setor de cruzeiros perde US$ 7,2 trilhões até novembro
Grupos Carnival, Royal Caribbean e Norwegian são profundamente impactados pela pandemia
A indústria de cruzeiros segue como uma das mais impactadas pela crise da pandemia de covid-19. As grandes corporações globais somam perdas de mais de US$ 7 trilhões até novembro, um tombo de 72% na comparação com o mesmo período em 2019.
A Carnival Corporation, de Carnival, Costa, Princess, Seabourn e outras, teve prejuízo de US$ 2,9 bilhões no terceiro trimestre deste ano, de acordo com seus próprios relatórios. No terceiro trimestre de 2019, a receita da mesma Carnival Corp foi de US$ 6,53 bilhões, enquanto no mesmo período em 2020 esta cifra foi de US$ 31 milhões. Queda de quase 100%.
Por conta disso, o grupo deve eliminar 18 navios de sua frota e ficar com 12% de sua capacidade pré-pandemia. A Carnival ainda planeja vender US$ 1 bilhão em ações para melhorar sua liquidez.
Outra gigante com perdas no terceiro trimestre foi a Royal Caribbean. O grupo que também reúne Azamara, Celebrity, Silversea e outras, registrou perdas de US$ 1,2 bilhão no terceiro trimestre, resultado um pouco melhor do que no trimestre anterior, quando perdeu US$ 100 milhões a mais.
Segundo analistas da Stockapps, a ligeira melhora se deve ao fim das operações dos cruzeiros TUI na Alemanha. Além disso, a Royal Caribbean recebeu aprovações de Singapura para voltar a colocar o Quantum of the Seas nos mares.
Por fim, a Norwegian Cruise Holdings, que conta com Norwegian, Oceania e Regent Seven Seas, também amargou uma receita de apenas US$ 10,6 milhões no terceiro trimestre, contra US$ 1,91 bilhão no mesmo período em 2019.
Antes da pandemia, a indústria de cruzeiros era um dos mercados de mais rápido crescimento no mundo. De acordo com a KPMG, a demanda cresceu 20,5% neste setor entre 2015 e 2019.
De acordo com a Clia Internacional, a suspensão de cruzeiros custará mais de US$ 25 trilhões e 164 mil empregos só nos Estados Unidos.