Larissa Faria   |   27/06/2019 13:01
Atualizada em 27/06/2019 13:11

Cresce o interesse dos brasileiros por navios estrangeiros

Os navios estrangeiros estão cada vez mais na mira dos brasileiros que já conhecem os roteiros nacionais de cruzeiros. Veja as tendências para viagens no setor.


Raphael Silva
O yatch club do MSC Seaview está entre as opções de roteiros com luxo e exclusividade
O yatch club do MSC Seaview está entre as opções de roteiros com luxo e exclusividade


Os cruzeiristas brasileiros já habituados aos roteiros nacionais estão cada vez mais em busca de novidades em águas internacionais. Os especialistas deste mercado, inclusive, aconselham que conhecer o produto e o seu cliente são essenciais durante as vendas.

Cruzeiros fluviais, Europa e Sul da Ásia devem crescer entre os brasileiros, segundo Marco Ferraz, presidente da Clia Brasil. Ele considera que “o trade tem que colocar isso no seu radar, na prateleira, saber vender, saber itinerários, saber as companhias”.


Segundo a Clia, 52% dos cruzeiristas na América do Sul, Central e Caribe em 2018 eram brasileiros. Eles viajaram 14,6% a mais em 2017, sendo 510 mil dos 986 mil embarques. Cerca de 61,8% escolheram cruzeiros pela América do Sul. No período, porém, 21,9% escolheram o Caribe, o Mediterrâneo, transatlânticos ou voltas ao mundo.


Para Estela Farina, diretora geral da Norwegian Cruise Line no Brasil, há um número relevante de brasileiros escolhendo os roteiros internacionais. Ela conta que Báltico e Ilhas Gregas, este ano, tiveram um aumento de dois dígitos no público da NCL, que pretende. inaugurar 11 embarcações até 2027.


DIFERENCIAIS E ESTRATÉGIAS

Mas, afinal, como atrair os passageiros que nunca entraram em um navio? Uma opção são as saídas temáticas, já consolidadas neste mercado, e que podem ser um atrativo para quem nunca navegou, como o musical Energia na Véia, com 13 edições já promovidas pela Promoação.

“É um público que fecha a viagem com o intuito de participar de uma festa, mas não necessariamente já conhece o cruzeiro como produto”, conta Bruno Ribeiro, gestor da Promoação. A empresa chega a investir de R$ 10 milhões a R$ 13 milhões em cada saída, sempre em parceria com a MSC.


A MSC, inclusive, atribui seu crescimento a algumas estratégias, como reserva de aéreo e hotel em sua plataforma, fretamentos aéreos para Martinica e pacotes com terrestre e aéreo em Roma e Dubai. Agora, os EUA estão na mira da empresa, que realizou convenções de vendas na Flórida.

Para o diretor geral da MSC no Brasil, Adrian Ursilli, luxo e exclusividade são diferenciais. “Por isso criamos o yacht club e estamos desenvolvendo novos navios, como os ultra-luxo, que serão lançados em breve. Até 2027, serão investidos 13,6 bilhões de euros em 29 navios. Além da NCL e da MSC, há a Costa, que pretende lançar sete novos navios até 2023 com investimento superior a seis bilhões de euros.


Leia mais sobre o mercado de cruzeiros abaixo, na edição desta semana da PANROTAS:


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