Edge é o mais vendido da Celebrity no País; veja como vender

Leonardo Ramos

Fort Lauderdale - O Celebrity Edge já é o navio mais vendido da armadora Celebrity Cruises no Brasil. Isso que o navio, o primeiro da marca Edge, ainda nem realizou sua viagem inaugural, marcada para o dia 9 de dezembro deste ano para rota pelo Caribe.

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Quem revelou o fato foi o CEO da R11, revendedora oficial de todo grupo Royal Caribbean Cruises Ltda (RCL) no País. E sua expectativa é grande: a previsão é que a venda dos navios Celebrity no Brasil cresçam 10% com a chegada do Edge no mercado, navio que atuará no Caribe e no Mediterrâneo em seus primeiros dois anos de operação.

Mas se considerar que o brasileiro é o terceiro maior mercado para a marca Royal Caribbean, onde o público maior são as famílias, a grande questão que fica é como fazer o Celebrity Edge rescer no mesmo patamar dentro do mercado nacional, onde o objetivo é que o navio se torne tão relevante quanto são os navios da Royal.

"Queremos para isso aproveitar o fato de sermos responsáveis por 50% de todos os brasileiros que realizam cruzeiros fora do Brasil. Levamos, anualmente, quase 100 mil brasileiros para viagens de navio em marcas do grupo RCL, e se pensar que, de acordo com a Clia, 90% dos cruzeiristas retornam para o mesmo navio em no máximo dois anos, temos um público enorme para ser convencido de que a experiência do Celebrity vale o investimento", resumiu Amaral para o Portal PANROTAS.

PARA QUEM?
O primeiro passo, lembra Ricardo Amaral, é saber que tipo de público pode ser atraído para um navio de categoria modern luxury como é o Celebrity Edge. E ser marcado pelas experiências exclusivas, gastronomia requintada e atrações disruptivas faz da nova embarcação um produto ideal não para as famílias, cliente mais comum da Royal Caribbean, mas sim para quem aprecie uma viagem mais pessoal, reservada, íntima - nisso entram casais, de todas as idades, e, claro, o público maduro, de maior idade e tradicional viajante que retorna aos navios da rede.



E o uso da proximidade com as dezenas de milhares de viajantes da marca Royal Caribbean entram nesse ponto. O papel da R11 - e, em consequência, dos agentes que vendem seus produtos - é mostrar ao casal ou viajante de maior idade responsável pela compra das viagens de família, a exclusividade e experiência inovadora que o Celebrity Edge é capaz de oferecer.

"O brasileiro que compra Celebrity fora do País já viajou com os navios da Royal, e quer uma experiência diferente, que saia dos métodos tradicionais que existem nas embarcações de hoje. Claro, para ir com crianças o Symphony of the Seas é sensacional, mas quem quer fugir do comum, ter uma aventura própria, intimista, com boa gastronomia, atendimento completamente personalizado e espetáculos imersivos e interativos que não fazem parte do dia a dia de outros navios, vai se interessar pelo Celebrity Edge", resume Amaral.

DESTINOS AJUDAM
Não será fácil igualar o Celebrity à posição já consolidada da Royal Caribbean, velho conhecido do público brasileiro. Ajudará nisso, porém, os destinos que o primeiro navio da marca Edge atuará.

O brasileiro mais "requintado", nas palavras do CEO da R11, busca o mediterrâneo, próximo destino do Celebrity Edge. "Eles procuram o destino, e veem o navio que vai estar lá na temporada de cruzeiros. E esse é exatamente o público que o Edge, focado no luxo moderno, quer conquistar. Usar esse desejo do brasileiro de fazer viagens de cruzeiro no mediterrâneo pode ser a chave para fazer o novo navio da Celebrity Cruises cair nas graças do público nacional

ATÉ MILLENNIALS NA MIRA
Um público difícil neste ramo, os millennials entraram na mira de Ricardo Amaral para ser um novo público do mercado de cruzeiros. Com atrações pensadas exatamente para saírem do comum e serem disruptivas, para assim atraírem um público que busca experiências inovadoras - entram nisso o Magic Carpet, o Eden e o Rooftop Garden, por exemplo - , o Celebrity Edge seria, para Amaral, o passe para conquistar os jovens de 20 a 35 anos para o ramo de navios de luxo.


"É difícil pois parece que uma geração sempre quer fugir do que a geração passada fazia nas férias. Nosso principal público são exatamente os país dos millennials - ou seja, isso os afasta, em parte, do nosso produto. E a ideia agora é acabar com isso: mostrar que os navios podem sair da mesmice que foram por tantos anos, para atrair outro público", argumenta o CEO da R11.

Resta agora ver se o público brasileiro de fato abraçará a ideia de Ricardo Amaral, da R11, da Royal Caribbean e da Celebrity Cruises, para fazer do Edge e seu modern luxury inovador e disruptivo um possível caminho de abertura para que uma geração inteira passe a ocupar o potencial que representa no mercado de cruzeiros - global e nacional.

O Portal PANROTAS viaja a convite da R11