Accor oferecerá seus serviços a moradores locais

A Accor Hotels se estabeleceu como um dos maiores grupos hoteleiros do mundo. Como se não bastasse a presença em centenas de países do globo, e a estimativa de chegar a 500 hotéis na América do Sul em dois anos, o conglomerado francês agora investirá em serviços para a vizinhança local para além da hospedagem no Brasil.

O investimento da vez é o Accor Local, um aplicativo que conecta o residente de um bairro ao hotel com a possibilidade de acessar seus produtos em um Ibis, Mercure, Novotel, entre outras marcas. Por meio dele, os hoteleiros determinam quais facilidades e o preço a ser disponibilizado para cada região.

Os moradores de um local com hotel Accor podem, sem a necessidade de reservar um quarto, ter acesso a restaurantes spas, piscinas, academia, espaço de trabalho colaborativo etc. Mas não é apenas isso, pois um morador pode utilizar uma propriedade da rede francesa como endereço de entrega de um produto on-line.

Em entrevista à reportagem, a vice-presidente de Marketing para América do Sul, Roberta Vernaglia, declara que a busca por novos clientes não irá criar uma rivalidade com os comerciantes locais. Em suas palavras, é "oferecer mais opções onde há um hotel Accor" e, eventualmente, em um bairro mais carente de algum tipo de serviço.

Para ela, trata-se de uma chance única para os empreendimentos da rede. “O grupo conecta a conveniência do digital à sua experiência em hospitalidade e à experiência local para introduzir uma nova maneira de interação entre os hotéis, a comunidade que vive nas proximidades e empresas locais”, destacou.

O Accor Local chegará no Brasil a partir do segundo semestre, com previsão para setembro de 2018, além de outros lugares não revelados. Até o momento, o aplicativo funciona apenas na França há pouco mais de seis meses. São cerca de 1,8 mil usuários ativos que desfrutam serviços em 250 hotéis em diferentes cidades do país.

Sem apresentar muitos detalhes, a executiva afirma que a maior parte das facilidades estará aberta ao público não hóspede independentemente do horário. Os hotéis funcionam 24 horas por dia durante os sete dias da semana, mas restaurantes e salas de exercício físico, por exemplo, fecham as portas à noite, por exemplo.

De acordo com Roberta, aulas de ginástica e ioga têm tido grande apelo lá fora. “Sempre olhamos para o macro com o objetivo de atingir todas as categorias ampliando o portfólio oferecendo opções completas em luxo, midscale e econômico. Ainda há muito espaço para investimentos e estamos sempre buscando outros modelos de negócios no setor de hospitalidade”, avisa ela.