Para onde está indo a hotelaria? Respostas na entrevista exclusiva
Orlando de Souza, do Fohb, e Daniel Pereira, da Reed Exhibitions, respondem a 15 perguntas da PANROTAS
Pesquisa global da GBTA aponta uma recuperação do setor de viagens corporativas somente em 2025. Algumas previsões indicam que um terço desse segmento não volta mais. Some-se a isso um ano em que provavelmente as viagens internacionais seguirão bastante limitadas (ou seja, menos estrangeiros no Brasil) e uma vacinação lenta que deve atrasar a volta dos eventos e temos um cenário ainda bastante preocupante para a hotelaria, especialmente a de rede, dependente de eventos e do corporativo.
Especialistas da hotelaria e do setor de eventos, como Orlando de Souza, presidente do Fohb, e Daniel Pereira, gerente de Produto da Equipotel, da Reed Exhibitions respectivamente, deram entrevista exclusiva à Revista PANROTAS e responderam se concordam com essas previsões ou se veem algo mais promissor no Brasil. Também disseram como os hotéis devem enfrentar esse ano ainda cheio de restrições e limitações.
O que é possível fazer hoje para o corporativo? Que tipo de eventos? Que tipo de produtos no hotel? Como a hotelaria abraçou tendências como o staycation, o room office e o desejo de escapadas que podem unir lazer e trabalho ainda em isolamento?
Veja abaixo a previsão dos dois executivos para os próximos meses:
ORLANDO DE SOUZA – A pandemia nos ensinou que todas as previsões, por enquanto, são mais palpites do que previsões. Mas após esses dez meses podemos dizer que, para o setor de viagens corporativas, incluída aí a hotelaria, o primeiro semestre de 2021 vai ser tão ruim quanto o foi o semestre passado. Certamente esse setor está refém da vacina, pois é a única ferramenta que poderá virar a chave para um período de retomada. Quando vai começar a retomada de fato? De novo podemos ser desmentidos pela pandemia, mas arrisco dizer que não será em 2021, que considero o ano da vacinação, e o ano em que os hotéis terão que trabalhar para sobreviverem – os que conseguirem – e também sobreviverem com algum grau de consistência, para que , talvez, a partir de 2022 começarem de fato um processo de retomada. Não acho que será só em 2025, mas não será antes de 2023.
DANIEL PEREIRA – Acredito que uma das formas de retomada e recuperação de qualquer economia, principalmente a do Brasil, passa pelo Turismo. Somos uma nação que vem se adaptando e se reerguendo das crises já faz algum tempo, respeito os dados globais, mas enxergo que a cadeia produtiva do setor tem se mostrado muito resiliente a uma perspectiva de retomada ainda este ano, principalmente no Turismo interno. Na minha visão, o brasileiro buscará mais opções internas de viagens nos próximos anos.
Os especialistas não fugiram de nenhuma das 15 questões da Revista PANROTAS e você acompanha uma por uma na leitura da edição digital, que pode ser acessada aqui: