Lazer puxa retomada da hotelaria no Brasil, diz STR
STR mostra dados da hotelaria no Brasil e no mundo em webinar
Com 95% de sua oferta reaberta, a hotelaria brasileira se apoia nas viagens de lazer num momento de evolução da retomada. Dados levantados pela STR e divulgados hoje (9), em webinar, apontam para um movimento ainda lento de recuperação do setor mas com destaque para o desempenho de propriedades especializadas em receber o viajante que busca descanso e diversão. São eles os principais responsáveis pela ocupação média de 34% que o País tem atualmente.
A gerente da STR no Brasil, Patrícia Zulato, foi quem apresentou os números e deu ênfase para as propriedades de lazer, destacando os resorts, neste momento. “Notamos picos mais acentuados de ocupação quando aparecem os feriados prolongados, aos finais de semana e quando os índices de contaminação pela covid-19 diminuem”, informa.
O crescimento dos índices de viagens em finais de semana e feriados pode ser visto quando olhadas de perto as perfomances dos resorts nos últimos meses. Numa análise feita durante outubro, a STR revela que tanto hotéis urbanos quanto resorts anotaram queda de ocupação em relação a 2019. A retração nos empreendimentos corporativos, porém, foi de 51%, enquanto nos resorts foi de 44%. No quesito diária média, os hotéis corporativos registraram diminuição de 10% ao passo que os resorts conseguiram alta de 17%.
Na comparação com propriedades internacionais, o desempenho dos resorts brasileiros também pode ser considerado bom, segundo a STR. Empreendimentos de Caribe e Cancun anotaram quedas da 52% e 51% em ocupação, respectivamente, e a diária média subiu menos de 8% nos dois casos.
Dentro da oferta interna de resorts, já houve mudança de demanda desde que os meios de hospedagem voltaram a abrir as portas. De acordo com os números da consultoria, as propriedades situadas no litoral, que eram as mais buscadas antes da pandemia, foram ultrapassadas pelos resorts do interior em meados de julho e agosto mas voltaram a ser os preferidos em setembro, quando as temperaturas voltaram a subir. Atualmente, os resorts de interior têm média de 28% na ocupação. Os litorâneos anotam média de ocupação de 41%.
A união de bons números dos resorts, segundo observou Patrícia, é um claro efeito da vontade ainda presente de viajar e da tendência de viagens domésticas, que aa pandemia e suas limitações impõem. “Vemos uma baixa dependência de Turismo internacional a partir e no Brasil, o que pode ser positivo para explorar a demanda doméstica. Isso pode impulsionar várias categorias, inclusive luxo e upscale”, acredita. A executiva também mostrou que as propriedades de alto padrão são aquelas que mostram recuperação de diária média menos lenta.
MANUTENÇÃO DOS INVESTIMENTOS
Outro dado trazido pela STR foi a tendência de manutenção nos investimentos para novas propriedades e uma possível nova configuração no mercado.
A fotografia do pipeline da hotelaria brasileira em outubro deste ano mostra 121 projetos de novos hotéis em andamento e com inauguração prevista para os próximos cinco anos. Segundo informa a consultoria, apenas 10% dos projetos que havia antes da pandemia foram abortados.
A consultoria, ainda aponta uma outra tendência: a conversão de hotéis independentes em unidades de rede. Para Patrícia, esse é um movimento que ganha força com os efeitos financeiros da pandemia sobre pequenos empresários. Para ela, é possível que vejamos nos próximos meses, hotéis independentes passando a ser controlados por redes.
VACINA E CONTROLE DA PANDEMIA
Os números da STR ainda deixam claro a elação direta que há entre os números da hotelaria e a dinâmica da pandemia por aqui. Assim como acontece nos Estados Unidos, o mercado brasileiro de hospedagem responde às ondas de contaminação com crescimento ou diminuição no revpar. Nos dois casos, em tempos de alta nos indicativos da doença, o resultado hoteleiro cai.
As notícias do desenvolvimento e agora aplicação de vacinas pelo mundo, contudo, podem ser um alento. “A vacina está chegando e, apesar de ainda não ser uma solução imediata por aqui, aparece como uma luz no fim do túnel”, aponta Patrícia.
A gerente da STR no Brasil, Patrícia Zulato, foi quem apresentou os números e deu ênfase para as propriedades de lazer, destacando os resorts, neste momento. “Notamos picos mais acentuados de ocupação quando aparecem os feriados prolongados, aos finais de semana e quando os índices de contaminação pela covid-19 diminuem”, informa.
O crescimento dos índices de viagens em finais de semana e feriados pode ser visto quando olhadas de perto as perfomances dos resorts nos últimos meses. Numa análise feita durante outubro, a STR revela que tanto hotéis urbanos quanto resorts anotaram queda de ocupação em relação a 2019. A retração nos empreendimentos corporativos, porém, foi de 51%, enquanto nos resorts foi de 44%. No quesito diária média, os hotéis corporativos registraram diminuição de 10% ao passo que os resorts conseguiram alta de 17%.
Na comparação com propriedades internacionais, o desempenho dos resorts brasileiros também pode ser considerado bom, segundo a STR. Empreendimentos de Caribe e Cancun anotaram quedas da 52% e 51% em ocupação, respectivamente, e a diária média subiu menos de 8% nos dois casos.
Dentro da oferta interna de resorts, já houve mudança de demanda desde que os meios de hospedagem voltaram a abrir as portas. De acordo com os números da consultoria, as propriedades situadas no litoral, que eram as mais buscadas antes da pandemia, foram ultrapassadas pelos resorts do interior em meados de julho e agosto mas voltaram a ser os preferidos em setembro, quando as temperaturas voltaram a subir. Atualmente, os resorts de interior têm média de 28% na ocupação. Os litorâneos anotam média de ocupação de 41%.
A união de bons números dos resorts, segundo observou Patrícia, é um claro efeito da vontade ainda presente de viajar e da tendência de viagens domésticas, que aa pandemia e suas limitações impõem. “Vemos uma baixa dependência de Turismo internacional a partir e no Brasil, o que pode ser positivo para explorar a demanda doméstica. Isso pode impulsionar várias categorias, inclusive luxo e upscale”, acredita. A executiva também mostrou que as propriedades de alto padrão são aquelas que mostram recuperação de diária média menos lenta.
MANUTENÇÃO DOS INVESTIMENTOS
Outro dado trazido pela STR foi a tendência de manutenção nos investimentos para novas propriedades e uma possível nova configuração no mercado.
A fotografia do pipeline da hotelaria brasileira em outubro deste ano mostra 121 projetos de novos hotéis em andamento e com inauguração prevista para os próximos cinco anos. Segundo informa a consultoria, apenas 10% dos projetos que havia antes da pandemia foram abortados.
A consultoria, ainda aponta uma outra tendência: a conversão de hotéis independentes em unidades de rede. Para Patrícia, esse é um movimento que ganha força com os efeitos financeiros da pandemia sobre pequenos empresários. Para ela, é possível que vejamos nos próximos meses, hotéis independentes passando a ser controlados por redes.
VACINA E CONTROLE DA PANDEMIA
Os números da STR ainda deixam claro a elação direta que há entre os números da hotelaria e a dinâmica da pandemia por aqui. Assim como acontece nos Estados Unidos, o mercado brasileiro de hospedagem responde às ondas de contaminação com crescimento ou diminuição no revpar. Nos dois casos, em tempos de alta nos indicativos da doença, o resultado hoteleiro cai.
As notícias do desenvolvimento e agora aplicação de vacinas pelo mundo, contudo, podem ser um alento. “A vacina está chegando e, apesar de ainda não ser uma solução imediata por aqui, aparece como uma luz no fim do túnel”, aponta Patrícia.