Maksoud demite 153 colaboradores devido à pandemia
Hotel tem custo de R$ 1,5 milhão mensais e não resistiu ao ter de fechar as portas; veja comunicado
Um dos hotéis mais tradicionais de São Paulo, o Maksoud Plaza demitiu 153 de seus 316 funcionários. A pandemia obrigou o hotel a fechar suas portas pela primeira vez em 40 anos de história, e o impacto financeiro deste encerramento culminou no desligamento de colaboradores. O Maksoud reabriu no dia 4 de setembro após seis meses fechado, mas está com taxa de ocupação na casa dos 3%.
"A cada mês, fechado ou aberto, o hotel custa, em manutenção e folha de pagamentos, R$ 1,5 milhão. Durante todo o período de fechamento, usamos todos os nossos recursos para manter os empregos e os salários de nossa equipe e o edifício do Maksoud", aponta comunicado da empresa, localizada na região da avenida Paulista.
A nova gestão do hotel, iniciada em 2014, ainda aponta no mesmo comunicado que nestes sete anos tem trabalhado intensamente para reerguer o empreendimento.
"Neste período, nossa administração nunca atrasou os salários de funcionários. O período de inatividade provocado pela pandemia, porém, foi maior do que todos poderiam imaginar. Além disso, foram frustradas as expectativas do setor de Turismo de que poderia contar com o apoio de um anunciado, mas não concretizado, programa de apoio governamental. Diante deste cenário, o Maksoud não teve outra alternativa a não ser reduzir a sua equipe de colaboradores.
O Turismo de Negócios como é o de São Paulo, sofre um impacto de médio prazo que se estende além do longo período de fechamento forçado do setor hoteleiro, já tendo provocado o encerramento das atividades de grandes hotéis da cidade, alguns deles mantidos por redes internacionais. Feiras e eventos foram cancelados e muitos ainda não têm novas datas confirmadas.
Enquanto isso, nossa equipe trabalhará incansavelmente para manter a qualidade dos serviços ofertados a nossos hóspedes."
No comunicado, o Maksoud também ressalta novidades como o room office para atender a demanda por trabalho remoto.
"A gestão do Maksoud não medirá esforços para manter a saúde financeira da empresa, preservando assim o legado e a excelência de um hotel ícone de São Paulo e do Brasil."