Marcel Buono   |   28/01/2019 12:52
Atualizada em 16/01/2020 10:39

Presidente da FBHA dá sugestões para melhorar carnaval do RJ

Alexandre Sampaio se preocupa com patrocínio à grande festa carioca

Os desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro estão marcados para começar no dia 1º de março com as agremiações do grupo de acesso ocupando a Sapucaí. Porém, mesmo com pouco mais de um mês para o início da folia, o clima não é de festa. De acordo com o presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), Alexandre Sampaio, o Carnaval carioca precisa de medidas para ser fortalecido.

Divulgação
Alexandre Sampaio, presidente da FBHA
Alexandre Sampaio, presidente da FBHA
“Estamos preocupados porque a verba destinada para o carnaval seria de R$ 1,5 milhão, mas a Uber, que iria arcar com parte, pulou fora do negócio, e a prefeitura, que falou que bancaria um terço desse valor, ainda não pagou. As escolas de samba estão minguando financeiramente, o sambódromo está caindo aos pedaços e o carnaval do Rio está ameaçado”, declarou Sampaio.

Segundo o presidente da entidade hoteleira, caso não haja uma união entre frentes públicas e privadas em prol do carnaval, empréstimos não serão honrados após as celebrações e a cidade se enfraquecerá para os próximos anos.

“Algumas escolas de samba devem improvisar com materiais mais baratos este ano e as escolas que contam com patrocinadores privados provavelmente farão melhores apresentações na avenida. Se a prefeitura não cumprir seu compromisso e liberar a subvenção, provavelmente teremos muitos empréstimos não honrados. Já a esperada profissionalização do carnaval com uma licitação híbrida, com a municipalidade da Liesa, será adiada mais uma vez”, explicou.

OCUPAÇÃO E SOLUÇÃO

Ainda de acordo com Sampaio, a procura de turistas por hospedagens na capital fluminense está abaixo das expectativas, principalmente em comparação com a alta procura vista durante a última virada do ano. Segundo dados da Sindhotéis Rio, a ocupação média carioca já passou a casa dos 62%.

“Até o momento, a semana do carnaval não está com uma taxa de ocupação forte. Caso os entraves com a Prefeitura persistam, teremos que caminhar para transformar o carnaval e o réveillon do Rio em espetáculos privados, sem patrocínios que possam ter recursos que não se sabe a origem. Há também a possibilidade de ter uma licitação, trazendo empresas sob a configuração da Lei Rouanet”, completou o presidente da FBHA.

Ainda de acordo com informações da Sindhotéis, a região central do Rio de Janeiro está entre as mais procuradas para o Carnaval, com média de 71% de ocupação. Leme e Copacabana aparecem na sequência, com 70%, enquanto Flamengo e Botafogo têm 58%, Barra da Tijuca e Recreio têm 52% e Ipanema e Leblon contam com 51%.

CONTRAPARTIDA

Em resposta enviada ao Portal PANROTAS, o presidente da ABIH-RJ, Alfredo Lopes, afirma que os números de 62% de ocupação de quartos de hotéis estão não somente adequados ao período, como mostrando tendência de incremento em relação ao ano passado.

“Esta apuração é uma primeira prévia, com as reservas confirmadas até o momento, e não se refere ao índice final. Tendo em vista os excelentes resultados do réveillon e a procura aquecida, a nossa expectativa é de ultrapassar os 86% registrados no carnaval passado” explicou.

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