Com greve, ocupação nacional de hotéis cai 30% no feriado
Destinos de Minas Gerais que esperavam 100% de ocupação atingiram apenas 50%; São Paulo teve queda de 20%, mesmo Marcha para Jesus e Parada LGBT
Os efeitos da greve de caminhneiroso foram sentidos no feriado de Corpus Christi, na última quinta-feira (31), em boa parte da hotelaria nacional. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH Nacional), a ocupação do País sofreu uma queda de 30% na comparação com o mesmo período do ano passado, com alguns destinos sofrendo mais que outros.
Um exemplo é Minas Gerais. Antes com expectativa de 100% de ocupação em diversos destinos, a visitação no Estado foi fortemente prejudicada pela greve dos caminhoneiros, e o alto número de cancelamentos levou os índices a caírem - em alguns casos chegaram a apenas 50% de sua capacidade. Na cidade de São Paulo, mesmo com eventos como a Marcha para Jesus e a Parada LGBT, a ocupação teve uma queda de 20% na comparação ano a ano.
A cidade do Rio de Janeiro foi uma das poucas não prejudicadas - a ocupação ficou em 47% no feriado, mesmo índice do feriado no ano passado. Outros locais do Estado, porém, não tiveram a mesma sorte, como Visconde de Mauá (-30%) e a região dos Lagos (-20%).
Já Foz do Iguaçu, no Paraná, também sofreu com cancelamentos de reservas, mas em um grau menor devido à proximidade com a fronteira, o que facilitou o abastecimento. A capital Curitiba registrou uma queda de 30%, o mesmo índice de Brasília. Em Santa Catarina, a queda foi de 35% nas ocupações, e se considerar apenas as cidades litorâneas do Estado catarinense, a porcentagem atingiu 40%.
Salvador, onde historicamente a ocupação durante o feriado gira nos 70% de ocupação, neste ano atingiu apenas os 48%. Já em Pernambuco, Recife registrou 60% de ocupação nos hotéis durante o feriado; Porto de Galinhas, 75%. No Ceará, Fortaleza teve uma perda de 12% em relação ao ano passado, fechando o feriado com 50% de ocupação em seus hotéis.