As curiosidades da área de Segurança e Operações da Gol
A área de Operações da Gol é muito centralizada em analytics, isto é, na utilização de dados, análises e raciocínio para seguir em um processo de tomada de decisão
A segunda das quatro capas PANROT45 - comemorativa dos 45 anos da editora – traz uma entrevista exclusiva com o chairman de Segurança da Gol Linhas Aéreas, Sérgio Quito.
Em 15 de janeiro de 2001, a Gol Linhas Aéreas Inteligentes deu início a suas operações e trazia ao País pela primeira vez o conceito low cost, modelo este que teve um papel essencial na democratização do setor no Brasil, ampliando o acesso ao transporte aéreo entre os brasileiros. A segurança, assim como em todas as outras empresas aéreas, tem uma importância significativa quando o assunto é operação, investimentos e pessoas.
O executivo, que tem mais de 40 anos de aviação, começou a voar em 1973, tornando-se piloto profissional três anos depois. No final de 1979, após passar em um concurso público, Quito ingressou na Vasp, que naquela época ainda era estatal. “Voei como co-piloto do 737-200 e depois, em 1982, fui para o A300. Fiz cursos na fábrica da Airbus e diversos outros treinamentos. Me tornei comandante e depois fui um dos seniores do MD-11, até o phaseout do equipamento”, conta ele, visivelmente emocionado ao relembrar sua trajetória.
“Não olhamos a segurança como um setor e sim como algo entregável ao cliente. Entregamos diariamente mais de 800 voos seguros, com tripulações bem treinadas, aviões com a melhor manutenção que você pode imaginar e diversos outros indicadores que nos colocam em evidência quando o assunto é segurança operacional”, explica ele.
OS BASTIDORES
A área de Operações da Gol é muito centralizada em analytics, isto é, na utilização de dados, análises e raciocínio para seguir em um processo de tomada de decisão mais eficiente. Um exemplo de como isso é feito é a inspeção que o time faz nas aeronaves. Uma das análises preditivas em manutenção está na monitoria da temperatura dos motores dos aviões.
“Nestes processos, conseguimos identificar o momento ideal da troca do motor antes que ele venha apresentar falha em voo, embora o avião seja previsto para voar com um só motor”, revela Quito.
Prova disso são as call diárias, fruto do benchmarking com parceiras, que os colaboradores se atualizam e entendem as necessidades e dificuldades de determinada área naquele dia. Com duração de 30 a 40 minutos, as reuniões contam com a participação de pelo menos um funcionário de cada departamento.
Quito ainda comentou sobre o processo de recertificação do Boeing 737 Max, os prós e contras de uma companhia operar uma frota padronizada e muito mais.
Leia abaixo matéria na edição on-line da Revista PANROTAS
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