Karina Cedeño   |   02/02/2023 16:13
Atualizada em 03/04/2023 22:31

96% das aéreas planejam aumentar investimentos em TI neste ano

Os CIOs das companhias querem garantir operações ágeis, resilientes e eficientes

iStock/Converse
Os CIOs das empresas aéreas querem garantir operações ágeis, resilientes e eficientes
Os CIOs das empresas aéreas querem garantir operações ágeis, resilientes e eficientes
Diante do aumento de interrupções, acúmulo de bagagens e falta de funcionários, aeroportos e companhias aéreas estão ampliando seus investimentos em tecnologia para digitalizar suas operações e agilizar a jornada dos passageiros, oferecendo mais opções de autoatendimento.

O relatório Transporte Aéreo - Insights em TI - 2022 da Sita, publicado na última terça (31), revela que, com a recuperação pós-pandemia, os CIOs das empresas aéreas querem garantir operações ágeis, resilientes e eficientes, focando em soluções de TI para impulsionar o setor.

Isso vem estimulando a aceleração da digitalização, com companhias aéreas e aeroportos buscando soluções-chave em tecnologia para fortalecer seus procedimentos contra interrupções, ao mesmo tempo em que automatizam a experiência dos passageiros.

A expectativa é que os investimentos em TI continuem com uma tendência de crescimento constante ano a ano, que vem sendo observada desde 2020, para suportar o avanço da digitalização. Com isso, 96% das companhias aéreas e 93% dos aeroportos planejam que as despesas com TI permaneçam as mesmas ou aumentem em 2023, em comparação com 2022. No ano passado, os gastos das empresas e dos aeroportos com essas tecnologias aumentaram para aproximadamente US$ 37 bilhões e US$ 6,8 bilhões, respectivamente.

"As viagens se recuperaram da pandemia mais rapidamente do que, inicialmente, qualquer profissional da área pudesse esperar, especialmente na Europa e nos EUA. Embora a retomada seja bem-vinda, aeroportos e companhias aéreas se depararam com alguns desafios: falta de colaboradores e de recursos. Este cenário gerou preocupação com as operações, resultando em um risco maior de superlotação, atrasos, cancelamentos e bagagens extraviadas. A digitalização é vista como a chave para enfrentar essas adversidades, proporcionando mais escalabilidade e flexibilidade", ressalta o CEO da Sita, David Lavorel.

Digitalizar operações para alcançar mais com menos
As companhias aéreas estão dando uma grande ênfase às ferramentas de TI, as quais gerenciam procedimentos irregulares e proporcionam a melhor experiência possível aos passageiros, mesmo em meio à carência de profissionais. Nos próximos três anos, 90% ou mais das aéreas investirão no aprimoramento do gerenciamento de serviços de TI e em sistemas de aviso de interrupção, além de iniciativas de inteligência de negócios para o monitoramento da rotatividade de aeronaves e processamento de passageiros e bagagens.

As soluções de inteligência de negócios também estão no topo das prioridades de investimento em TI para os aeroportos, com 93% ou mais planejando o uso dessas soluções para a gestão de ativos e operações de voo até 2025. A ênfase na agilidade, incluindo situações de interrupção, e comunicação imediata com clientes e stakeholders é evidente. Até 2025, metade dos aeroportos buscarão implementar alertas preventivos automatizados antes dos eventos de cancelamento de voos, além das iniciativas de inteligência de negócios que permitirão o escalonamento das operações com base na demanda.

Simplificando a jornada do passageiro
Companhias aéreas e aeroportos estão investindo em tecnologias-chave para otimizar a experiência dos passageiros em cada etapa da viagem, ajudando a reduzir os gargalos, além de permitir a redistribuição de funcionários, que podem atuar em áreas mais necessitadas. Por conta disso, as tecnologias biométricas e de autoatendimento estão recebendo grande destaque.

As companhias aéreas identificaram que as tecnologias de autoatendimento são fundamentais para auxiliar no gerenciamento de operações irregulares, por isso terão prioridade de investimento em 2022. Já as soluções sem contato físico e de gestão de identificação biométrica vêm em seguida dentre as preferências.
Para proporcionar um gerenciamento de bagagem eficaz e prover mais autonomia aos passageiros, após um período significativo de interrupções, a maioria das companhias aéreas planeja fornecer informações de rastreamento de bagagem em tempo real aos passageiros até 2025.

Os aeroportos também estão priorizando iniciativas de autoatendimento, dando amplo destaque às soluções de self check-in e autodespacho de bagagem, com 86% deles planejando a implementação desses serviços até 2025. Também é importante destacar que a aplicação de um único e seguro token biométrico, em todos os pontos de contato dos aeroportos, aumentou de apenas 3% em 2021 para 39% em 2022, com mais da metade planejando a implantação para os próximos três anos. Isso sinaliza um forte compromisso com uma experiência de viagem mais tecnológica, na qual os passageiros poderão navegar pelo aeroporto usando o rosto como cartão de embarque.

Quer receber notícias como essa, além das mais lidas da semana e a Revista PANROTAS gratuitamente?
Entre em nosso grupo de WhatsApp.

Tópicos relacionados