Leonardo Ramos   |   12/12/2018 12:50

Aéreas devem lucrar US$ 35,5 bilhões em 2019, alta de 10%

Após ano de redução de lucro, 2019 deve contar com uma melhora das companhias aéreas após baixa de gastos com combustível e aumento de passageiros

Divulgação GRU
Após ano de redução de lucro, 2019 deve contar com uma melhora das companhias aéreas após baixa de gastos com combustível
Após ano de redução de lucro, 2019 deve contar com uma melhora das companhias aéreas após baixa de gastos com combustível

Se a previsão da Iata para o lucro da indústria de aviação global em 2018 caiu, a expectativa para 2019 é de recuperação, principalmente com a aposta na redução dos elevados custos que atingiram o mercado neste ano. De acordo com relatório divulgado nesta quarta-feira (12), a estimativa para o próximo ano é de um lucro líquido de US$ 35,5 bilhões das companhias aéreas, 10% acima dos US$ 32,3 bilhões deste ano.

Em uma série de outros critérios os números também devem subir. A receita deve chegar a US$ 885 bilhões, alta de 7,7% contra os US$ 821 bilhões deste ano; o número de passageiros é previsto para 4,59 bilhões, aumento de 5,7% em relação aos 4,34 bilhões de 2018, enquanto a demanda em RPK deve crescer 6%.

Mas a principal aposta da Iata para recuperar os resultados em 2019 é uma queda no custo das operações aéreas globais. "Esperávamos que os custos crescentes enfraquecessem a rentabilidade em 2019, mas a queda acentuada nos preços do petróleo e as projeções de crescimento sólido do PIB proporcionaram um amortecedor", avaliou o CEO da Iata, Alexandre de Juniac.

O PIB deverá crescer 3,1% em 2019, pouco abaixo da expansão de 3,2% em 2018, mas que consolida, de acordo com a Iata, um "crescimento lento, mas ainda robusto, sendo um dos principais impulsionadores da lucratividade contínua e sólida" da aviação global.

QUEDA DO VALOR DO COMBUSTÍVEL

A previsão da Iata para 2019 é que o preço do petróleo caia para US$ 65 por barril, após a média de US$ 73 dólares observada em 2018, como consequência de um aumento da produção de petróleo dos Estados Unidos e o aumento dos estoques de petróleo.

A entidade observa a mudança como um "alívio bem-vindo" para as companhias aéreas, que têm visto os preços dos combustíveis de aviação cair. A previsão é que a média em 2019 fique em US$ 81,3 o barril, abaixo da média de US $ 87,6 observada em 2018.

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