Nathalia Ribeiro   |   02/03/2022 11:51

Iata divulga desempenho de segurança aérea de 2021

A pesquisa mostrou reduções no número total de acidentes, na taxa de acidentes e fatalidades no último ano

Pixabay
A pesquisa mostrou reduções no número total de acidentes, na taxa de acidentes e fatalidades no último ano
A pesquisa mostrou reduções no número total de acidentes, na taxa de acidentes e fatalidades no último ano
A Iata divulgou dados de desempenho de segurança de 2021 para o setor de aviação comercial, mostrando forte melhora em várias áreas em comparação com 2020 e com os cinco anos de 2017-2021. Os destaques incluem as reduções no número total de acidentes, na taxa de acidentes e fatalidades, além de nenhum acidente de excursão de pista/táxi, pela primeira vez em pelo menos 15 anos.

“A segurança é sempre nossa maior prioridade. A forte redução no número de voos no ano passado em comparação com a média de cinco anos ampliou o impacto de cada acidente quando calculamos as taxas. No entanto, diante de vários desafios operacionais em 2021, o setor melhorou em métricas importantes de segurança. Ao mesmo tempo, está claro que temos muito trabalho pela frente para levar todas as regiões e tipos de operações aos níveis globais de desempenho de segurança”, disse o diretor geral da associação, Willie Walsh.

O aumento geral do risco de fatalidade em 2021 para 0,23 deve-se ao crescimento dos acidentes fatais com turboélices. Houve um acidente fatal envolvendo aeronaves a jato no ano passado e o risco de fatalidade de jatos em 2021 foi de 0,04 por milhão de setores, uma melhora em relação à média de cinco anos de 0,06. O risco geral de fatalidade de 0,23 significa que, em média, uma pessoa precisaria pegar um voo todos os dias por 10.078 anos para se envolver em um acidente com pelo menos uma fatalidade.

Taxas de perda de casco de jato por região (por 1 milhão de partidas)
A taxa média global de perda de casco de jato diminuiu ligeiramente em 2021 em comparação com a média de cinco anos (2017-2021). Cinco regiões viram melhorias ou nenhuma deterioração em comparação com a média de cinco anos.

Cinco regiões mostraram melhora ou nenhuma deterioração na taxa de perda de casco de turboélice em 2021 quando comparada à média de cinco anos. As únicas regiões que registraram aumentos em comparação com a média de cinco anos foram a Comunidade de Estados Independentes (CEI) e a África.

Embora os setores pilotados por turboélices representassem apenas 10,99% do total de setores, os acidentes envolvendo aeronaves turboélices representaram 50% de todos os acidentes, 86% dos acidentes fatais e 49% das fatalidades em 2021.

“As operações de turboélice serão uma área de foco para identificar formas e meios de reduzir o número de incidentes relacionados a certos tipos de aeronaves”, disse Walsh.

Segurança na CEI e na África
As companhias aéreas sediadas na região da CEI não sofreram acidentes fatais em 2021 pelo segundo ano consecutivo. No entanto, houve quatro acidentes turboélice. Três deles resultaram em 41 mortes, representando mais de um terço das mortes em 2021. Nenhuma das companhias aéreas envolvidas estava no registro Iosa - padrão global da indústria para auditorias de segurança operacional de companhias aéreas e um requisito para ser membro da Iata, é usado por várias autoridades em seus programas de segurança regulatória.

Já as companhias aéreas sediadas na África subsaariana sofreram quatro acidentes em 2021, todos com aeronaves turboélice, três dos quais resultaram em 18 mortes. Nenhum dos operadores estava no registro Iosa. Não houve acidentes com perda de casco de jato em 2021 ou 2020.

Confira a tabela abaixo

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