Filip Calixto   |   12/04/2021 14:31
Atualizada em 12/04/2021 14:33

Programas de fidelidade têm queda anual e recuperação no 4T20

Números da ABEMF mostram, contudo, que o faturamento das empresas associadas registrou crescimento


Unsplash/MBM
No saldo anual, foram 236,7 bilhões de pontos/milhas acumulados, representando uma queda de 23,2% em relação ao ano anterior
No saldo anual, foram 236,7 bilhões de pontos/milhas acumulados, representando uma queda de 23,2% em relação ao ano anterior
Índices apurados pela ABEMF (Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização) mostram que o mercado de fidelidade percorreu uma trajetória de queda e recuperação ao longo do ano de 2020. Números da organização mostram que, no saldo anual, foram 236,7 bilhões de pontos/milhas acumulados, representando uma queda de 23,2% em relação ao ano anterior, e 173,9 bilhões resgatados, número 34,4% menor na comparação com 2019.

Há um fator de crescimento, contudo, quando se analisam os dois últimos trimestres. No 4T20 o número de pontos/milhas emitidos chegou a 68 bilhões, um crescimento de 23,2%, na comparação com 3T20. O aumento que também pôde ser visto nos pontos/milhas resgatados, foram 52,3 bilhões no quarto trimestre, um aumento de 26,2% na comparação com o período anterior.

Os dados, segundo avalia a associação, representam uma recuperação importante do setor, que, assim como outros, sofreu os efeitos da pandemia ao longo do ano pela paralisação de alguns serviços.

Ainda segundo informa a ABEMF, o faturamento das empresas associadas registrou crescimento. A alta na comparação entre os dois últimos trimestres chegou a 35,4%, alcançando a marca de R$ 1,5 bilhão no 4T20 e ao total anual de R$ 5,3 bilhões - valor 29,9% menor que em 2019.

Quanto ao número de inscritos nos programas de fidelidade, a associação registrou 161,6 milhões de cadastros, um crescimento de 6,1% na comparação com o terceiro trimestre, em relação ao mesmo período de 2019, a alta chegou a 9,6%.

“Os indicadores positivos, especialmente no último trimestre do ano, demonstram a capacidade de adaptação dos programas às mudanças de realidade do mercado e às diferentes demandas dos participantes. E isso só foi possível devido ao grande investimento das empresas do setor na diversificação de atuação, algo essencial em momentos de crise, bem como em tecnologias que permitem uma maior personalização e flexibilização das ofertas, para uma melhor experiência do consumidor", explica o presidente da ABEMF, João Pedro Paro Neto.

RESGATES
A mudança de comportamento citada pelo executivo pode ser observada no momento de troca dos pontos/milhas por produtos e serviços. Os resgates que já tinham chegado a 100% para produtos do varejo, no momento mais crítico das medidas de isolamento social, passaram para 33% no 4T20. E as passagens aéreas voltaram a representar a maior parte desses resgates nos últimos meses do ano, com 67% do total, mostrando que muitos participantes retomaram o planejamento de viagens futuras.

Vale ressaltar que, antes da pandemia, o percentual de pontos/milhas trocados por bilhetes aéreos ficava mais próximo dos 80%. Até o momento, os destinos Internacionais mais resgatados foram Lima, Orlando-Flórida e Santiago, os nacionais preferidos dos participantes foram São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

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