Beatrice Teizen   |   01/07/2020 12:52

Demanda de passageiros em maio mostra leve melhora

Queda de 91,3% representa um leve aumento em relação ao declínio anual de 94%, registrado em abril

De acordo com a Iata, a demanda de passageiros em maio caiu 91,3% em relação ao mesmo mês de 2019. O número foi um leve aumento em relação ao declínio anual de 94% registrado em abril deste ano. A melhoria foi impulsionada pela recuperação em alguns mercados domésticos, principalmente na China.

Unsplash/Dominik Scythe
Queda de 91,3% representa um leve aumento em relação ao declínio anual de 94%, registrado em abril
Queda de 91,3% representa um leve aumento em relação ao declínio anual de 94%, registrado em abril
“Maio não foi tão terrível quanto abril. Conforme previsto, as primeiras melhorias na demanda de passageiros estão ocorrendo nos mercados domésticos. O tráfego internacional permaneceu praticamente parado em maio. Estamos apenas no início de uma recuperação longa e difícil e há uma tremenda incerteza sobre o impacto que um ressurgimento de novos casos de covid-19 em mercados importantes poderia ter”, diz o diretor geral e CEO da entidade, Alexandre de Juniac.

MERCADOS INTERNACIONAIS
A demanda internacional de passageiros de maio caiu 98,3% em relação a maio de 2019, praticamente inalterada em comparação com a queda de 98,4% registrada em abril. A capacidade despencou 95,3% e o fator de carga caiu 51,9 pontos percentuais, indo para 28,6% e apontando que um pouco mais de um quarto dos assentos, em média, foi ocupado.

  • Aéreas europeias: a demanda em maio contraiu 98,7% em relação ao ano passado, praticamente inalterada em relação à queda de 98,9% em abril, em relação ao ano anterior, e ao pior declínio entre as regiões. A capacidade caiu 97,5% e, a taxa de ocupação, 41,7 pontos percentuais, indo para 42,4%.
  • Aéreas da Ásia-Pacífico: o tráfego em maio despencou 98% em relação ao período do ano anterior, também em linha com os 98,2% registrados em abril. A capacidade caiu 95,1% e o fator de carga encolheu 46,6 pontos percentuais, indo para 32,1%.
  • Aéreas do Oriente Médio registraram uma contração de tráfego de 98% em maio, em comparação com uma queda de demanda de 97,3% em abril. A capacidade caiu 93,9% e o fator de carga foi para 23,9%, uma queda de 49,1 pontos percentuais em relação ao período do ano anterior.
  • Aéreas norte-americanas: tiveram um declínio de tráfego de 98,2% em maio, que pouco mudou de uma queda de 98,4% em abril. A capacidade despencou 94,5% e o fator de carga caiu 56,7 pontos percentuais, chegando a 27,2%.
  • Aéreas latino-americanas registraram uma queda de demanda de 98,1% em maio em comparação com o mesmo mês do ano passado, contra uma queda de 98,2% em abril. A capacidade caiu 96,6% e a taxa de ocupação diminuiu 38,1 pontos percentuais, indo para 45,9%, a melhor taxa entre as regiões.
  • Aéreas africanas: o tráfego afundou 98,2% em maio, melhorando fracamente de um declínio de 98,7% em abril. A capacidade contraiu 77,8%, a menor redução de oferta entre as regiões, e o fator de carga caiu 61,8 pontos percentuais, tendo apenas 5,3% dos assentos ocupados, o menor entre as regiões.

MERCADOS DOMÉSTICOS

O tráfego doméstico caiu 79,2% em maio. Esta foi uma melhoria em comparação com uma queda de 86,2% em abril. A capacidade doméstica diminuiu 69,2% e a taxa de ocupação caiu 27,2 pontos percentuais, indo para 56,9%.

As transportadoras da China registraram um declínio anual de 49,9% no tráfego em maio, melhorando significativamente em relação à queda de demanda de 64,6% em abril. No entanto, a melhoria foi interrompida mais recentemente por cancelamentos de voos de e para Pequim, em meio a um aumento no número de novas infecções na cidade.

O tráfego doméstico das companhias aéreas norte-americanas caiu 89,5% em maio, uma melhoria em relação ao declínio de 95,6% ocorrido em abril. Apesar disso, o recente aumento nas taxas de infecção nos principais estados dos EUA após a suspensão das restrições de bloqueio pode afetar negativamente a recuperação emergente.

“Parece que estamos nos estágios iniciais de uma recuperação nas viagens aéreas, mas a situação é frágil. Precisamos que os governos apoiem e fortaleçam o reinício implementando rapidamente as diretrizes globais da ICAO para restaurar a conectividade aérea”, finaliza de Juniac.

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