Aviação no Brasil: 40% menos receita e 61 mil demissões em 2020
A projeção acaba de ser divulgada pela Iata, por meio de seu vice-presidente para as Américas, Peter Cerda
A aviação brasileira sofrerá um impacto negativo de US$ 7,7 bilhões em 2020 por conta da crise causada pela pandemia do coronavírus. O valor representa 40% de redução na receita na comparação com 2019. A projeção acaba de ser divulgada pela Iata, por meio de seu vice-presidente para as Américas, Peter Cerda.
Mais de 61 mil empregos diretos devem ser perdidos neste cenário e, levando em consideração os indiretos, mais de 223 mil brasileiros serão demitidos em 2020, em decorrência da crise do covid-19.
"Há muitos outros setores que dependem sua sobrevivência à aviação comercial, e é por isso que voltamos a pedir toda ajuda possível dos governos locais. E agora, pois precisamos de apoio com urgência", afirma Cerda. Linhas de crédito facilitadas, alívio de taxas e impostos e injeção direta de capital nas companhias aéreas são algumas das medidas mencionadas pelo vice-presidente da Iata nas Américas.
A variação no impacto do valor bruto na aviação nacional será de US$ 1,69 bilhão em termos diretos e de US$ 4,65 bilhões indiretamente, segundo cálculos da Iata.
O Brasil está os países latinos mais impactados no setor de aviação nesta crise sem precedentes na história do Turismo. No momento, o País, ao lado do México, são os únicos com voos domésticos pontuais que podem ser considerados pela Iata. Internacionalmente os voos são remotos na América Latina. Com as aeronaves em terra, os prejuízos são enormes.
O VP ainda afirmou que não sabe até onde a crise vai, mas, como outras autoridades já previram, ela já é maior do que a causada pelo Sars e a H1N1. "A conectividade aérea internacional entre os países da América Latina estão em praticamente zero. No panorama doméstico, Brasil e México, os maiores países da região, operam voos domésticos pontuais", resume Cerda.